
Não sou propriamente um bairrista, mas não é por isso que deixo de afirmar que gosto de morar nesta terra. Aqui tenho as minhas raízes familiares e além de ter sido

Invariavelmente, de segunda a sexta ao fim da tarde e ao fim-de-semana de manhã, o parque de lazer da vila é ponto de encontro de vários atletas que ali se reúnem
para mais um treino, também pretexto para animadas conversas. Este saudável convívio é uma preciosa terapia para quebrar a rotina dos dias de trabalho e aliviar o stress provocado pela agitação dos tempos modernos. No princípio não passávamos de meia dúzia, mas aos poucos o grupo foi aumentando. Alguns de nós a título individual, uma vez por outra corríamos em provas que se disputavam aqui pelo Norte de Portugal, até que foi lançada a ideia de passarmos a correr colectivamente. Assim nasceu o NAT - Núcleo de Atletismo das T
aipas, um clube sem formação estatutária, de raiz popular na sua associação, cujo espírito é cultivar a amizade entre os membros, aliado ao prazer da corrida comum a todos, mas praticada em grupo é muito mais saborosa. Desde 2002, o clube tem crescido e actualmente conta com 38 atletas, entre os quais é de louvar a presença de 4 elementos femininos. Das Taipas a Lisboa, participamos nas mais variadas provas, desde 10 km a meias-maratonas e até temos alguns atletas que se aventuram na maratona. Cada um tem o seu ritmo, mas todos temos a certeza que ganhámos saúde e o sorriso estampado no rosto ao terminar as provas, atesta a felicidade que a corrida nos proporciona.
A segunda edição da Corrida das Caldas das Taipas, ainda revelou algumas debilidades organizativas no registo de tempos e elaboração das classificações, mas melhorando um pouco em termos de corte de trânsito em relação ao ano anterior. Contudo, o número de atletas a participar no evento a rondar os 250 entre os quais 20 femininos, confirmou a excelente adesão por parte dos clubes da região e dos muitos atletas do pelotão locais. Em termos competitivos a prova beneficiou com a presença de três atletas Quenianos, que se juntaram a um lote de atletas nacionais de créditos firmados. Os Quenianos venceram, naturalmente, tanto em masculinos como em femininos. O NATaipas apresentou-se na partida com 30 corredores, ajudando assim a promover o atletismo na terra. As minhas pernas a "correrem em casa" estiveram à altura, concluí os 9.600 metros do sinuoso percurso em 35m20s, o que se traduziu num 40º. lugar na classificação geral e um 5º. em veteranos 45-50 anos. Nada mau!!!
A avaliar pelo entusiasmo gerado entre os atletas e o público local que assistia à corrida, a edição do próximo ano parece-me garantida. Como diria Chico Buarque: "Foi bonita a festa, pá!"
Em plena corrida. Com a minha mãe e os seus lindos 80 anos!
1 comentário:
Parabéns Zé!
Pela prestação na prova (já estamos habituados)
Pela rica e enternecedora descrição da prova e da terra (também já nos habituamos)
E Parabéns e um beijinho à tua Mãe! Está magnífica!
E a tua terra mostra-se muito bonita também!
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