segunda-feira, 30 de julho de 2007

Maratona do Porto: O início da caminhada.

Boas!!!

Depois de um período em que estive ausente da blogosfera, hoje apeteceu-me vir cá escrever umas palavrinhas, até porque a data merece ser assinalada!

Durante cerca de um mês, "tirei o pé do acelerador" abrandando o ritmo e a frequência dos treinos. Assim, durante a semana, descansei sempre dois dias, deixei de fazer "séries", limitando-me apenas a corrida contínua a ritmos suaves, ou seja, tentei fazer o que os "técnicos" designam por descanso activo.

O calendário lembra-me que faltam 12 semanas para a Maratona do Porto. Portanto, hoje dou início à longa caminhada de preparação para que no dia 21 de Outubro esteja nas melhores condições de correr mais uma vez a distância mítica do atletismo.

Quem acompanha as minhas aventuras no mundo da corrida, sabe que apesar de não ter sido muito feliz na última maratona que corri, esta distância é aquela em que o desafio é maior, portanto a que me dá mais gozo de preparar e correr.

Vão ser, certamente, 12 semanas de muito treino, muitos quilómetros nas pernas, mas também de convivência alegre e sadia, porque nesta aventura terei como companheiros mais 6 "dependentes da corrida", pelo que não irá faltar matéria para escrever nas minhas crónicas.

Bons treinos!

terça-feira, 3 de julho de 2007

S. Pedro encerra ciclo de romarias e corridas.


Póvoa de Varzim é terra de mar e de pescadores. No final do séc. XVII, uma pequena comunidade piscatória dedicada à pesca do alto mar e ao negócio da salga começa a desenvolver-se e a prosperar. No século seguinte, a Póvoa de Varzim transforma-se na maior praça de pescado do norte de Portugal. Nessa época, todos os dias, um batalhão de recoveiros usando bestas de carga, percorria montes e vales para fazer chegar às províncias do interior o saboroso peixe da Póvoa. Os seus pescadores eram conhecidos em toda a costa como os mais laboriosos, desembaraçados e sabedores dos mares; a bravura e o destemor com que enfrentavam o perigoso porto de abrigo, deu origem à figura lendária do "Poveiro".

Naturalmente, o padroeiro desta terra só podia ser S. Pedro. As festividades têm a marca dos pescadores, através dos desfiles e rusgas pelos bairros da cidade e pela hospitalidade que transmitem aos inúmeros visitantes anónimos. Assim, na noitada de S. Pedro as ruas enchem-se de gente até à madrugada, para cantar, dançar e comer sardinhas assadas em volta das fogueiras, num ambiente onde, rapidamente, se passa do estatuto de desconhecido a conviva cúmplice na folia da noite.

Num post anterior, referi-me à Povoa de Varzim e às páginas de encanto que escrevi na minha memória, desde a infância à juventude. Talvez estas recordações inspirem o meu desempenho, pois sempre que aí me desloco para fazer uma corrida, tenho de anotar os resultados na tabela das minhas melhores marcas! No passado mês de Março, alcancei aqui o meu melhor tempo na meia-maratona. Recentemente, em Maio bati o meu record dos 10 km no Grande Prémio da Marginal Vila do Conde - Póvoa de Varzim e este domingo no Grande Prémio de S. Pedro, estabeleci novo record dos 10 km, fixado agora em 36m25s. Desta forma, posso também dizer que por estas bandas as pernas deslizam alegremente no asfalto e 'escrevem belas páginas' no livro dourado da 'minha corrida'.

Nos últimos nove fins-de-semana, fiz oito provas, cujos resultados excederam as minhas melhores expectativas. Encerra-se assim um ciclo em que as minhas pernas cumpriram a 'peregrinação da corrida' em várias localidades onde as romarias populares fazem o povo transbordar de alegria. Também eu transpirei contentamento no final de cada corrida! Agora vou fazer uma pequena pausa. Em Setembro regressarei à competição, uma vez que as pernas precisam de algum descanso, para aparecerem no Outono mais frescas e com garra para alcançarem novos objectivos.

Quanto às crónicas hão-de aparecer, sempre que precisar de levar as palavras a dar um passeio ou quando sentir a necessidade de exercitar os dedos através da escrita!