tag:blogger.com,1999:blog-22093674987655105772024-03-05T16:58:14.577+00:00Pernas Para Que Te QueroCrónicas de um dependente da corrida.José Capelahttp://www.blogger.com/profile/11921934988240038629noreply@blogger.comBlogger93125tag:blogger.com,1999:blog-2209367498765510577.post-38659841204487042382012-09-08T21:25:00.003+01:002013-04-11T14:40:43.457+01:00CORRER PARA CRIANÇAS - De Guimarães a Santiago de Compostela.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvlZiiB0cpafWLfyzmBf3cXaDy1Rr9b1YN9cnXcVvthEIk1K6QGqO2NYBWAibqmgjFCXdxk2s5S9lsmtw_zTaMHHZvLZx6K9fgMd41g_Xl8YZB2y8gTFp7IzuaRxdfXiK_yzC8Sb0plWp1/s1600/DSC_0088.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"></a> </div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZ8oa5lUSk4tfjSLUZym8KAwCPr2XFwHg1odRc-STSoW3H3NZQ2l5CWiMZJlU6_cZ9CkkBZ1vvIXMuxBTlmj2-n6-p9puL0smgAZ06Me2sXy4GgfvsMSuXimf_lUtEwBdYwl0bMUOfAiJG/s1600/ExperienciaCasaCrian...jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="133" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZ8oa5lUSk4tfjSLUZym8KAwCPr2XFwHg1odRc-STSoW3H3NZQ2l5CWiMZJlU6_cZ9CkkBZ1vvIXMuxBTlmj2-n6-p9puL0smgAZ06Me2sXy4GgfvsMSuXimf_lUtEwBdYwl0bMUOfAiJG/s400/ExperienciaCasaCrian...jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"> </span><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">“O Caminho começa na porta da tua casa.”</span></div>
<div align="center" class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 1em 0px; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGfrw0ztvzlt4npdndO_VT-br7u0l2eCNi_NCmK7nowOdIPohp6-BgVDs2dRq0hANxyGPe2NPo82v4-_U2EDXTyU15DwM7BpVa8VNgrBDaoZfI8pLaY-Q9zrg0E5LGCNL7DsTF6LZkRgDl/s1600/DSC_0041.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGfrw0ztvzlt4npdndO_VT-br7u0l2eCNi_NCmK7nowOdIPohp6-BgVDs2dRq0hANxyGPe2NPo82v4-_U2EDXTyU15DwM7BpVa8VNgrBDaoZfI8pLaY-Q9zrg0E5LGCNL7DsTF6LZkRgDl/s400/DSC_0041.JPG" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin: 1em 0px; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Segunda-Feira,20 de Agosto.
</b></span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Pouco passava das oito horas da manhã quando cheguei à Casa da Criança. Uma colaboradora convidou-me a entrar, cumprimentou-me simpaticamente e desafiou-me a subir, porque a casa já tinha acordado e as crianças já estavam nas suas rotinas - acordar, tomar banho, vestir e tomar o pequeno-almoço. Acompanhei-a enquanto ia abrindo as janelas dos quartos e saudava de bom dia todos os petizes que já estavam acordados e bem despertos para a brincadeira.Numa das salas, já de banho tomado e a ser hidratada, estava uma menina de sorriso traquina, olhos escuros, pele de ébano e cabelos aos caracóis - <strong><em>a pequena Diana. Entusiasmada, liderou o diálogo:<br />- Olá! Tu para onde vais?<br />- Eu vou correr, Diana!<br />- Ahhh! Eu vou para a piscina! Eu sei dar muitas cambalhotas, sabes?!<br />- Muito bem, Diana!</em></strong></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Pouco depois da badalada das oito e meia da Igreja de
Nossa Senhora da Oliveira, em pleno centro histórico de Guimarães, iniciei a
minha viagem rumo à Catedral de Santiago de Compostela. Subi a rua D. Maria,
passei no Largo da Mumadona, subi pela parte lateral do Castelo de Guimarães seguindo
pela estrada nacional até entrar na ciclovia, construída na antiga linha do
caminho-de-ferro que ligava Guimarães a Fafe. Estava um dia de sol bonito, que
prometia calor, ainda com poucos kms nas pernas e já adaptado aos <st1:metricconverter productid="4 kg" w:st="on">4 kg</st1:metricconverter> que carregava às costas na
mochila, tinha já uma certeza enorme<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;">: A pequena Diana também ia na bagagem e ia
ser minha companhia nesta longa peregrinação.<o:p></o:p></i></b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Depois de chegado a Fafe, abalei por estradas
secundárias <st1:personname productid="em direcção a Lagoa" w:st="on">em
direcção a Lagoa</st1:personname> e decidi fazer uma pausa, junto à Capela da
Senhora das Neves, pois já contabilizava quase 30 kms - estava na hora do
almoço e temperatura já era superior a 30 graus! <o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Aviei uma sopa de couves, uma massinha com carne e
duas maçãs numa mesa de pedra que tinha debaixo de uma árvore, já que o
interior do ‘snack-tasco’ estava repleto de emigrantes que comunicavam entre si
aos gritos num dialecto que era uma mistura de português e francês, com
predominância dos típicos palavrões do norte de Portugal. <o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">No terreiro da Senhora das Neves preparavam com afinco
a romaria da santa que se iria realizar no fim de semana, sendo que nos
altifalantes colocados junto aos sinos da capela o Quim Barreiros, com os
decibéis no máximo, lá cantarolava o “ponho o carro, tiro o carro, à hora que
eu quiser… que garagem apertadinha, que doçura de mulher…” - o Minho no seu
melhor! </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<o:p></o:p><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"> </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Eram umas quatro e meia, o calor ainda era muito, mas
aquela sonoridade que poluía os meus ouvidos não era a melhor, pelo que resolvi
arrancar rumo a Salto. Num ápice cheguei a Aboim e depois ia enfrentar uns 15
kms desertos, abasteci-me bem de água e enfrentei a serra, onde vi ovelhas,
cabras, cavalos selvagens, mas pessoas nada! Depois de ter chegado novamente à
civilização, ou seja, ao atravessar a estrada nacional Póvoa de Lanhoso –
Cabeceiras de Basto, passei pela Igreja de S. Nicolau, em Gondarém e fiz uma
breve pausa numa mercearia, para me abastecer de água e comer umas bananas que
a senhora simpaticamente ofereceu, dizendo que estavam demasiado maduras e que
se iriam estragar. </span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"></span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"></span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"></span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><div style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;">
<img border="0" height="179" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPNE5jsD6PoEaLVmfI2Dkad1I7kndGpVsd6-s9rdymgP_Cw9hDFPUrpUaEWAE3LX7KvBsDpmbArwwnTuz2S2bsYfPbHrQD4KSjLEa30fz1oQeG-_whH7ugNKZVdYf4LGoEWN98fEmK9BWy/s320/DSC_0054.JPG" width="320" /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS";">Depois desta aldeia ia enfrentar mais uns 10 kms desertos subindo até Busteliberne. O calor continuava mas o arvoredo junto aos caminhos municipais atenuava um pouco o estio. Depois desta escalada, continuei
a correr a um ritmo moderado, apreciando o quanto é maravilhoso estar no alto
da serra e ver o mundo de cima. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;">Lembrei-me da pequena Diana e que talvez ela
gostasse de dar cambalhotas ali no alto!</i></b> Com estes pensamentos e
entusiasmado por esta mágica visão, estava a chegar a uma aldeia que eu julgava
ser Torrinheiras, mas encontro uma placa a dizer Porto de Olho! Por sorte
estava um lavrador junto a um casebre, dirigi-me a ele e perguntei como ia para
Torrinheiras e quantos kms distanciava de ali. Apontou-me a direcção, porque
nas aldeias ninguém diz se é direita ou esquerda e disse que seriam uns 3 kms.
Numa primeira fase fiquei aborrecido com o engano, mas depois até achei que
valeu a pena, pois Porto de Olho era um nome fantástico e que definia na
perfeição a bela paisagem com que os meus olhos eram brindados! Finalmente, cheguei
a Torrinheiras, desci até à estrada nacional Montalegre – Cabeceiras de Basto,
a noite começava a cair, mas estava apenas a 6 kms de Salto e do Restaurante
Borda D’Água, onde a Dª. Maria me ia dar comida e dormida.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">O primeiro dia estava concluído com 66 kms nas pernas
e <st1:personname productid="padre português" w:st="on"><st1:metricconverter productid="8 litros" w:st="on">8 litros</st1:metricconverter></st1:personname>
de água consumidos! Depois de um duche retemperador e de ter comido umas
quantas batatas cozidas com peixe grelhado atirei-me para a cama para o
merecido descanso!</span></span><br />
</div>
<div style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Terça-Feira,
21 de Agosto.<o:p></o:p></span></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Acordei bem cedo como aliás é meu hábito. Preparei a
mochila e estava pronto para logo que a Dª. Maria abrisse o estabelecimento eu
pudesse tomar o pequeno- almoço e fazer-me à estrada. Todavia às sete horas
ainda estava fechado e tudo muito silencioso. Como no dia anterior, na
passagem, tinha visto uma padaria fui para trás ao seu encontro. Aviei quatro
pães com <i style="mso-bidi-font-style: normal;">nutella</i> molhados por um chá
e a seguir tomei um café. Neste entretanto, os clientes que aí chegavam tinham
uma opção de pequeno-almoço bem diferente - ou era cerveja com <i style="mso-bidi-font-style: normal;">croissants</i> ou vinho do porto fresco com
bolas de berlim!<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Acertadas as contas com a Dª. Maria e depois desta me
ter dado uma data de maluco por ir a correr até Boticas, eram umas oito e um
quarto quando dei início ao segundo dia da viagem. A estrada de Salto a Boticas
é um carrossel de subidas e descidas, tem um bom piso, mas é quase totalmente
deserta de casas - não fossem os carros dos emigrantes que de vez em quando
passavam, a estrada estava por minha conta. Por artes do progresso as
auto-estradas chegaram a Trás-os-Montes e a crise ainda não devolveu o trânsito
às estradas nacionais. Num ritmo controlado, porque o calor começava a apertar,
fui galgando kms e kms, sempre com a preocupação de me hidratar bem. Com cerca
de 24 kms nas pernas e a temperatura a rondar os 30 graus a água começou a
escassear, mas estava confiante que iria aparecer a qualquer momento uma casa
ou um café na beira da estrada para eu poder abastecer os cantis da mochila.
Mas nada, deserto autêntico, apenas o alcatrão que rasgava a serra do Barroso! <b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;">Saltou-me
à memória mais uma vez a pequena Diana e que, seguramente, com aquela tenra
idade já tinha ultrapassado dificuldades muito piores!</i></b><o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Estava entretido com os meus pensamentos até que, ao
longe enquanto descia, avistei um pequeno tractor na berma da estrada. Alto -
ali deve haver gente! Quando me aproximei estava um rapaz a tomar conta de umas
vacas que por ali andavam. Perguntei-lhe se havia algum café junto à estrada
ali próximo – ele respondeu que havia um restaurante a seguir a um altinho, mas
que ainda faltavam uns 3 kms! A notícia não podia ser melhor pois estava mesmo
a ficar nas lonas de água! Lá fui controlando os kms à espera do altinho e do
fim dos 3 kms, no entanto para um transmontano, um ‘altinho´ é uma subida
generosa e o meu informador enganou-se num km. Menos mal!!<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Entrei no restaurante, bebi uma água, abasteci os
cantis e perguntei ao senhor que estava atrás do balcão quantos kms eram até
Boticas. Disse-me que eram seis mas que já não subia mais, que aliás até ia
começar a descer muito, pelo que eu em 20 minutos me punha lá e ainda apanhava
fresquinho na cara! Tive de lhe esclarecer que vinha de Salto a correr, que
não estava de bicicleta!<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">- <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Porra</i>!
Você é maluco! Olha a correr com este calor, aproveite a boleia aqui de um
cliente que vai sair agora para Boticas e “num seja doudo”!<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">- Obrigado por tudo mas vou fazer-me novamente à
estrada!<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Nem arrisquei dizer-lhe que ia até Santiago de
Compostela! Lá fui avistando Boticas do alto e fui descendo com cautela, a
descida era demasiado acentuada que até cheguei a pensar que se calhar o melhor
era subir!<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Parei na Câmara Municipal de Boticas com 33 kms nas
pernas, um escaldão valente no lombo e quatro horas e quinze minutos de
corrida!<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Entrei no primeiro restaurante e perguntei o que tinha
para comer.<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">- Sabe? Já passa um bocadinho da hora do comer, mas
ainda temos jardineira.<o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjTCiMKtFdLm636OlAMAiA8p5ALlKmjCKovgSbrNkMmWHzujXn9LHGc-o5IqtuYEPCjgUExtuFx38aAK7E8wcVXzTx1qN1M_vLImgFOmV14fAHe4ooiHqKvDfsNE6MBvaPnl2LW1SO4eftX/s1600/DSC_0066.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjTCiMKtFdLm636OlAMAiA8p5ALlKmjCKovgSbrNkMmWHzujXn9LHGc-o5IqtuYEPCjgUExtuFx38aAK7E8wcVXzTx1qN1M_vLImgFOmV14fAHe4ooiHqKvDfsNE6MBvaPnl2LW1SO4eftX/s320/DSC_0066.JPG" width="320" /></a><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Marchou a jardineira e depois fui para uma sombra
descansar. Mas mesmo à sombra estava quente, 35 graus disseram-me depois!
Sentado na relva ia observando a praça envolvente, até que numa casa antiga
vejo escrito Biblioteca Municipal. Nem hesitei, entrei na biblioteca e pedi à
menina que estava no atendimento se podia descansar ali um bocadinho.
Expliquei-lhe para onde ia e que estava a fazê-lo também por uma causa. Recebi
o primeiro elogio e indicou-me um corredor que tinha um sofá muito confortável
junto à sala infantil.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;">Mais uma vez a pequena Diana assolou-me ao pensamento
- podia ler-lhe uma história ou ela rabiscar um desenho para mim</i></b><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">!</b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"></b><o:p><strong></strong></o:p></span><br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Por ali descansei deliciosamente durante 3 horas, sem
esquecer a imprescindível hidratação! Para tentar minorar os efeitos do calor,
arranquei pouco passava das cinco e meia. Pelas minhas contas para chegar a
Chaves eram 20 kms e tinham-me dado a informação que era ‘plaino’ pelo que ia
gerir o esforço e controlar o ritmo de modo a completar a etapa em cerca de
três horas. Curioso é que como a malta agora só anda de carro, não faz a mínima
ideia do que é subir e descer, aliás os primeiros 4 kms foram sempre a subir e
depois ora subia, ora descia, obviamente nada de grandes oscilações - mas daí
até ser “plaino” ia uma diferença muito grande!<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Cheguei a Chaves a noite estava a cair e em vez dos 20
kms anunciados tive que correr mais 2,5 Kms, nada de grande importância para
quem totalizou no fim desta jornada quase 56 kms, muitos deles num clima
bastante adverso! Arranjei rapidamente poiso e depois do duche tomado, também
foi simples encontrar uma pizzaria para comer uma boa dose de esparguete, para
de seguida cair na cama para dar o justo descanso ao corpo!<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"></span><br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<o:p><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Quarta-Feira,
22 de Agosto.<o:p></o:p></span></b></o:p></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">O despertador tocou às seis e meia da manhã e às sete já estava numa padaria a comer umas três sandes de pão com marmelada, regadas com chá de cidreira e para rematar um café. Estava determinado em começar bem cedo – atleta escaldado do calor tem medo! Sabia que este dia seria mais calmo e com menos kms que os dias anteriores, no entanto ainda faltavam mais de 200 kms para chegar a Santiago.</span><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0eU-BwJDJb9ofwDu360sug4U2atHU5t1EatBhbY_TJKtwxkW2jG4NWkRnk-i1EXHZNavm5jG0R8prf9VcxIUyDlizqjQJSHvSi9UdztLQv4RXT3DXWOn_QKPnER2Z1e3SHgcDRw2BJKoF/s1600/DSC_0072.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><img border="0" height="179" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0eU-BwJDJb9ofwDu360sug4U2atHU5t1EatBhbY_TJKtwxkW2jG4NWkRnk-i1EXHZNavm5jG0R8prf9VcxIUyDlizqjQJSHvSi9UdztLQv4RXT3DXWOn_QKPnER2Z1e3SHgcDRw2BJKoF/s320/DSC_0072.JPG" width="320" /></span></a><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">
A partir de Chaves já existiam as setas amarelas do
caminho, mas convinha não me deixar levar pelo entusiasmo e embarcar em ritmos
muito fortes! Não havia sol, o tempo estava fresco, segui por um caminho
pedestre em terra de um parque junto ao rio Tâmega e fui deixando a cidade para
trás. Entrei em estradas municipais em direcção à aldeia de Vilarelho da Raia
que, como o nome deixa adivinhar, fica a dois passos de Espanha. Nesta povoação
parei num centro comunitário onde me colocaram um carimbo na minha credencial e
pela primeira vez ouvi as palavras - Bom Caminho!
<span style="line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;">Já em
território espanhol vejo no caminho o primeiro marco em pedra com o azulejo da
concha indicando o caminho.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span normal="normal" style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><strong><em>Uma
vez mais a pequena Diana ocupou-me o pensamento e transportou-me até à minha
infância - Como eu gostava de ir a Espanha com os meus pais comprar aqueles
caramelos que se pagavam aos dentes!</em></strong></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">O sol só abriu quando eu já tinha uns 17 kms nas
pernas pelo que já estava mais de meio caminho andado nesta etapa. A construção
das auto-pistas provoca danos no caminho, retiram a sinalização e não a
recolocam! Senti-me um bocadinho perdido, mas acabei por encontrar sempre o
rumo certo. O progresso é inimigo do caminho, mas Santiago ajuda! Finalmente,
cheguei ao Albergue de Verin percorrendo 29 kms em cerca de 3 horas desde Chaves,
confesso que sem grande desgaste! <o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<o:p><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"> </span></o:p></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Depois de um almoço de<i style="mso-bidi-font-style: normal;"> patatas cocidas<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"> </b></i>e uma<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"> </i></b><i style="mso-bidi-font-style: normal;">chuleta de ternera</i>, fui descansar para
um parque junto ao rio Tâmega, que ficava nas proximidades do albergue, local
por onde iria continuar o caminho. Deitei-me na relva, à sombra de uma árvore e
antes da partida ainda estive com as pernas de molho nas águas do rio. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;">Observando
as crianças que no rio <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>chapinhavam
alegremente, recordei novamente a pequena Diana e o seu sorriso quando me disse
que ia para a piscina!</i> </b>Como a etapa não ia ser muito longa, parti
quando eram umas seis e meia e o sol já não queimava tanto. Os primeiros 6 kms
foram percorridos numa estrada nacional, mas depois entrei em caminhos
agrícolas, em terra umas vezes, por entre milheirais, outras por entre montes,
o que me deu um certo gozo e um cheirinho a trail!<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Já tinha ultrapassado os 10 kms quando me cruzei com
um agricultor e num portunhol irrepreensível perguntei-lhe quanto faltava para
Laza. Respondeu: 7 kms! Ao que retorqui<i style="mso-bidi-font-style: normal;">: Gracias</i>!
300 metros mais à frente cruzei-me com outro agricultor e repeti a mesma
pergunta, sendo que a resposta deste foi: 5 kms! Nestes casos o melhor é fazer
a média, pensei para as minhas pernas! Cheguei ao Albergue de Laza ainda era
bem de dia, em cerca de duas horas e meia para cobrir os 19 kms da etapa da
tarde. Assim, neste terceiro dia contabilizei 48 kms e a meio desta aventura
tinha já um acumulado de 169 kms, faltava quase outro tanto até chegar a
Santiago.<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Neste albergue, encontrei três italianos que estavam
muito reservadamente a escrever, duas húngaras um bocadinho mais comunicativas
e dois polacos, estes sim muito extrovertidos, que fizeram questão de me
oferecer uma cerveja, depois de saber de onde vinha e qual a causa que me fazia
correr! Depois de tomar a cerveja com eles, disse-lhe que amanhã seria a minha
vez de pagar em Orense. Gargalhadas da parte deles, pois diziam que nem no dia
seguinte iriam chegar a Orense e isentaram-me desde logo de lhes oferecer a
cerveja!<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Laza é uma terra pequena pelo que foi fácil arranjar
onde comer e em pouco tempo já estava no albergue a descansar. Sentia-me muito
bem, a jornada do dia foi relaxante, mas sabia que os dois próximos dias iriam
ser complicados - as distâncias iam aumentando e os percursos iriam ser muito
sinuosos.<o:p></o:p></span></div>
<o:p> </o:p><br />
<div style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Quinta-Feira,
23 de Agosto.<o:p></o:p></span></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Às seis horas e meia, quando ainda era bem de noite,
fui acordado por um toque de telemóvel com o som harmonioso de sinos de igreja!
Os italianos tinham mesmo pinta de pessoas ligadas ao clero e que estavam a
peregrinar com muita devoção, sendo que o toque de telemóvel confirmou as
minhas suspeitas! Saíram os italianos, saíram as húngaras e só depois eu
fui preparar as minhas coisas para ir para o centro da aldeia, tomar o
pequeno-almoço e meter de novo as pernas ao caminho. Estava até de certa forma
relaxado, pois apesar da jornada do dia prometer dureza, a meteorologia
anunciava céu muito nublado, possibilidades de chuva e temperaturas na ordem
dos 20 graus, o que para mim era uma excelente notícia. Assim, quando abalei
faltava apenas um quarto de hora para as nove da manhã (obviamente pela hora
espanhola), que já tinha devidamente actualizado. Esta etapa tinha a extensão
de cerca de 33 kms e como o percurso iria ter um grau de dificuldade elevado
tinha estimado 5 horas para a concluir. Os primeiros kms são por pequenas
estradas de asfalto, mas a partir de Tamicelas as subidas com forte inclinação
começam a surgir, percorrendo caminhos similares a corta-fogos, com vistas
deslumbrantes sobre os vales - puro trail!<o:p></o:p></span></div>
<div align="justify" class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhg5kZ-PyjEWXKTY5We1gw8K5rVYpszihaWPFsV14JlS4W1Cl2cGfH4G1SxdBu4J4J4uTzV-CtaRMABWvWOsbP2DA86Aqe4bk5hyphenhyphenBf8nrOjw-Q7mf_KYj-FPY_fngfV-D-ky25siHXD_rbs/s1600/DSC_0088.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhg5kZ-PyjEWXKTY5We1gw8K5rVYpszihaWPFsV14JlS4W1Cl2cGfH4G1SxdBu4J4J4uTzV-CtaRMABWvWOsbP2DA86Aqe4bk5hyphenhyphenBf8nrOjw-Q7mf_KYj-FPY_fngfV-D-ky25siHXD_rbs/s320/DSC_0088.JPG" width="320" /></a><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Ao passar numa terra de nome Albergaria é obrigatório
parar no <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Rincon del Peregrino</i>, um
pequeno estabelecimento decorado com milhares de conchas de Santiago,
autografadas pelos romeiros que passam. O senhor Luís cumprimentou-me, demos
duas de treta de conversa, abasteci-me de água, ele carimbou-me a credencial e
passou-me para a mão uma concha e um marcador para eu rubricar. Além da
rubrica, desenhei o logótipo da Casa da Criança e escrevi CORRER PARA CRIANÇAS.
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;">Este
gesto trouxe-me à memória a pequena Diana e como ela iria gostar daquelas
conchas e de fazer um desenho numa!</i></b> Tirei duas fotos e fiz-me de novo
ao caminho, quando 300 metros mais à frente verifico que me tinha esquecido lá
do telemóvel, voltei para trás e ainda não tinha chegado, já o senhor Luís
estava a entrar para a sua velha Seat Terra para me alcançar e entregar-mo! O
caminho é solidário!<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Com 15 kms nas pernas, no monte Talarino passo diante
da famosa cruz de madeira, que me era familiar das fotos dos meus amigos que
praticam BTT e que já tinham feito este percurso de bicicleta. Por volta dos 20
kms e dentro do tempo que tinha estipulado, chego a Vilar de Barrio, paro
apenas para carimbar a credencial no albergue desta localidade e sigo viagem.
Atravesso longos caminhos em terra batida, mas planos, até chegar a Bobadela e
antes de chegar a esta localidade ainda existem vestígios da calçada romana de
uma via que ligava Bracara Augusta (Braga) a Asturica Augusta (Astorga). A
partir daqui é um sobe e desce num piso onde existe muita pedra, muito bom para
treinar técnica de </span><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">trail! Por fim, chego a Xunqueira
de Ambía, onde terminava a etapa da manhã, assinalando o meu cronómetro
32,5 kms e quatro horas e cinquenta minutos, portanto dentro do que tinha
delineado para esta etapa e sem grande desgaste físico, pois o tempo era ameno
e de feição para a corrida! <i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>“Dios, ayuda e Santiago Intercede</i>!”<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJ4axrRgB6T9UvhhQXAhzjNANonxR2QJeQgIulSNT_2fuIjmPCWfVqAcXohHyP7A0hBAZO4stVvbqIgJzJo4xG253LheO7Ih6Mt_DziPigF93jBr9tpaslgkQXnIQwEEIEeSW44AJa8Ba4/s1600/DSC_0092.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJ4axrRgB6T9UvhhQXAhzjNANonxR2QJeQgIulSNT_2fuIjmPCWfVqAcXohHyP7A0hBAZO4stVvbqIgJzJo4xG253LheO7Ih6Mt_DziPigF93jBr9tpaslgkQXnIQwEEIEeSW44AJa8Ba4/s320/DSC_0092.JPG" width="320" /></a><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Xunqueira de
Ambía é uma bonita localidade com uma
igreja românica, mas que infelizmente estava fechada, pelo que só pude apreciar
o seu exterior. Tinha estipulado fazer uma paragem de três horas, que era mais
que suficiente para almoçar, descansar e abastecer-me do necessário para a
viagem até Orense. O objectivo era chegar a Orense por volta das nove horas da
noite, portanto com o dia a cair. Para cobrir os cerca de 20 kms que tinha para
fazer e analisando a altimetria do terreno, achava que iria precisar de umas
duas horas e meia, já entrando em regime de poupança para a difícil etapa que
me esperava no dia seguinte. Arranquei pouco passava das seis da tarde e como o
percurso era quase feito no alcatrão de estradas nacionais, recordei os longos
treinos que fazia na companhia dos meus amigos do N.A.T. (Núcleo de Atletismo
das Taipas), aquando da preparação das maratonas. Este percurso é aborrecido,
pois além do alcatrão, às portas de Orense atravessa-se um parque industrial,
onde o ruído e o barulho dos carros me incomodou solenemente, para quem gosta
de correr no</span> <span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">silêncio da montanha, isto é uma tortura! <b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;">Lembrei-me que a pequena Diana de
quem guardo a imagem de uma cara sorridente, que de vez em quando também é
capaz de fazer a sua birra! </i></b>Já no interior da cidade vemo-nos forçados
a correr por cima de passeios e desviar de pessoas, além de identificar as
setas do caminho, o que faz com que seja uma tarefa mais complicada. Pelo meio
destas contrariedades lá cheguei a uma enorme rotunda, onde uma seta para
esquerda indicava o Caminho de Santiago e outra para a direita o albergue.
Parei ali! Contas feitas 21,3 kms, em pouco mais de duas horas e meia! Fui
caminhando seguindo as indicações do albergue, mas daquela rotunda até ao dito
cujo, ainda foi mais de 1 km numa avenida larga, muito movimentada e com uma
ligeira subida. A minha intenção era chegar ao albergue antes das nove, mas tal
não foi possível, só por volta das nove e um quarto é que estava lá. Ainda tive
que esperar uns 10 minutos pelo responsável do albergue para me carimbar a
credencial e indicar-me a camarata onde ia pernoitar. Fui jantar a um
restaurante por ali perto e tinha a esperança de encontrar um supermercado
ainda aberto para comprar uns cereais para o pequeno- almoço do dia seguinte,
pois precisava de algo muito nutritivo para enfrentar a dura jornada que me
esperava. Vi uma farmácia aberta e por sorte, além dos cereais para crianças,
tinham também para venda uma gama destes produtos para adultos. Escolhi uns à
base de aveia que eu tanto gosto e muito energéticos. Mais uma vez <i style="mso-bidi-font-style: normal;">D.A.Y.S.I</i>! Jantei salada de tomate,
esparguete com um bife de boi e às dez e meia já estava a entrar no albergue.<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Na cozinha encontrei o Rodrigo que estava a preparar
umas coisas para comer - um andaluz que já estava a fazer a via da prata há 25
dias. Ele perguntou-me de onde eu vinha e lá lhe estive a explicar que estava a
fazer o caminho a correr e a causa pela qual o fazia. Felicitou-me e deu-me os
parabéns, além de elogiar a minha condição física para fazer tantos kms por
dia! Sinceramente, gostei de ouvir! A jornada seguinte ia ser dura e receber
uma dose de moral nunca fez mal a ninguém!<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Sexta-Feira,
dia 24 de Agosto.</b><o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Esta era a jornada em que eu estimava que iria precisar de umas nove horas de corrida para chegar ao destino – Silleda. Sendo que a etapa da manhã, com uma extensão</span> de <span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">aproximadamente 38 kms eram quase na
totalidade feitos a subir! Acordei cedo, como de costume e preparei uma papa
com os cereais comprados na véspera, aos quais adicionei água quente. Comi duas
tigelas bem cheias e ainda duas bananas que tinha trazido da noite anterior do
restaurante. Equipei-me e fui descendo a avenida até à rotunda que tinha a
indicação do Caminho de Santiago. Tomei um café e às oito horas estava de partida.
O céu estava carregado de nuvens, não havia sinais de sol e a temperatura era
muito agradável para correr. Os primeiros 2 kms, ainda dentro de Orense, foram
bastante agradáveis, mas depois de passar a ponte romana sobre o rio Minho, e à
medida que a cidade ficava para trás, começou uma verdadeira escalada de 3 kms
que até a caminhar custava…19% de inclinação!</span> <span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Chamavam a isto o Caminho Real -
foi na verdade uma real estopada! Fui correndo quando podia e caminhando quando
me deparava com <i style="mso-bidi-font-style: normal;">pendientes muy fuertes</i>.
</span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><span style="clear: left; float: left; font-family: "Trebuchet MS", sans-serif; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgtuVMsAebCG6sFECNMpEyB9LSiW2Hpui2ZnPDHuk8msdZI4d3XLuv4tP4rx1Fe71bOD9v-p-OkYD8PYyueiI3w-MoWbJVTt0-lOHj9kWBJ3VBg6eiwtd2SIHvjJGu2Fo929pjUhqUGjfVZ/s320/DSC_0098.JPG" width="320" /></span>No entanto a paisagem era agradável por entre um bosque de carvalhos e castanheiros. </span><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Cerca dos 14/15 kms aparece a aldeia de Bouzas e onde me detive na parada do peregrino.</span><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Subi umas escadas e escutei uma voz que dizia: “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Viene un portugués corriendo</i>!<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"> </b>Apareci de repente e exclamei: “Sou
eu!!!!” Era o Rodrigo que estava a comentar com o senhor Gonzalez! O Rodrigo
fez umas fotos comigo, bebi dois goles de água, abasteci os cantis e fiz-me de
novo ao caminho que ainda tinha muito que palmilhar! Em duas horas e quinze
tinha apanhado o Rodrigo que tinha saído ainda de noite, hora e meia antes de
mim - nada mau! As dificuldades continuaram porque as subidas eram uma
constante, mas lá fui seguindo num ritmo confortável. Entretanto começa a
chuviscar - primeiro até achei que tinha sido uma bênção, mas quando a chuva
começou a engrossar e eu a ficar molhado, sentindo algum frio próprio da
montanha e a constatar que a roupa que trazia na mochila também ia ficar
molhada, não considerei que tenha sido uma graça dos deuses. Neste momento
lembrei-me de uma expressão que relembro aos meus companheiros quando estes se
escusam de correr à chuva – Chuva é vitamina para atleta! <b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;">Saltou-me mais uma vez à memória
a pequena Diana e pensei se ela gostaria de apanhar chuva nos seus caracóis!
Pareceu-me que a ouvi dizer que sim!</i></b> Engolindo os kms como podia e
</span><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">moralizado por estes pensamentos cheguei a San Cristovo de Cea, encharcado pela
chuva, mas com a alma lavada! Fiz uma ligeira pausa no albergue, apenas para
carimbar a credencial e imediatamente meti as pernas ao caminho, pois não
queria arrefecer! Faltavam cerca de 14 kms para Dozon, mas atendendo às
dificuldades climatéricas que entretanto foram molhando as pedras do caminho e
tornando-o escorregadio e à altimetria do percurso, calculei que iria precisar
de umas duas horas. Continuei por entre bosques de carvalhos e castanheiros,
nos quais as folhas iam caindo com o vento que de vez em quando soprava, a
chuva entrou num regime de bátegas não muito fortes e por fim lá cheguei a
Castro Dozon, depois de ter esbichado 37 kms, duros e molhados, em cinco horas
e quarenta e cinco minutos!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDBoXhuKhU67lUWuZc_KP3TfDwA6TRTjA6OW1hX6rO0UqPT2_EhcdUr4eqbZASBKk4Tw20QcL4cLk9gbIgDV7N5zR8bOYBJ_QAwjVJMVYmYpHKcEWAalzmz3_Yay1Npon6i0rY-YXZVZX8/s1600/DSC_0104.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDBoXhuKhU67lUWuZc_KP3TfDwA6TRTjA6OW1hX6rO0UqPT2_EhcdUr4eqbZASBKk4Tw20QcL4cLk9gbIgDV7N5zR8bOYBJ_QAwjVJMVYmYpHKcEWAalzmz3_Yay1Npon6i0rY-YXZVZX8/s1600/DSC_0104.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"> </a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Naquele instante não chovia, mas o céu estava com
nuvens muito carregadas. Fiz uma pausa de duas horas e meia, tempo suficiente
para comer, tentar secar a roupa e descansar um pouco. Dozon é uma localidade
pequena, pelo que depois de carimbada a credencial no albergue e de ter tirado
a foto da praxe, fui ao único café que havia na localidade - o Café Bar Anton.
A cozinha estava prestes a fechar, mas a menina ainda me arranjou uma sopa
quente e um esparguete com carne. Curiosamente, não estava com muita fome, pois
as barras e os geles energéticos que fui ingerindo ao longo da etapa tinham-me
saciado. Assim, estava mais interessado em secar a roupa, pelo que me fechei na
casa de banho e naqueles secadores de mãos fui secando pacientemente as peças
de roupa que estavam bastante húmidas. Entretanto recomeçou a chover e a hora
de eu abalar aproximava-se! Resguardei conforme pude as peças de roupa já quase
secas em sacos de plástico dentro da mochila e fiz-me ao caminho com uma chuva
miudinha. Eram cinco da tarde e eu estimava que precisaria de umas quatro horas
para engolir os 27 kms que faltavam até Silleda, ou seja, se tudo corresse bem
chegaria com a noite a cair. Grande parte do trajecto alternava entre o asfalto
com caminhos rurais, num constante sobe e desce. No asfalto, e com chuva a cair
com mais intensidade, imprimi um ritmo mais forte, como querendo fugir dela!
Mas, nos caminhos onde as pedras milenares gastas pela passagem dos peregrinos
estavam escorregadias, teria de ter cuidados redobrados e abrandar
drasticamente o ritmo. <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDBoXhuKhU67lUWuZc_KP3TfDwA6TRTjA6OW1hX6rO0UqPT2_EhcdUr4eqbZASBKk4Tw20QcL4cLk9gbIgDV7N5zR8bOYBJ_QAwjVJMVYmYpHKcEWAalzmz3_Yay1Npon6i0rY-YXZVZX8/s1600/DSC_0104.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDBoXhuKhU67lUWuZc_KP3TfDwA6TRTjA6OW1hX6rO0UqPT2_EhcdUr4eqbZASBKk4Tw20QcL4cLk9gbIgDV7N5zR8bOYBJ_QAwjVJMVYmYpHKcEWAalzmz3_Yay1Npon6i0rY-YXZVZX8/s320/DSC_0104.JPG" width="320" /></a>Com 15 kms e uma hora e cinquenta de corrida entrei no
albergue de Lalin, aonde estavam dois jovens polacos que ali iam pernoitar. Ficaram
atónitos a olhar para mim quando eu lhes disse que vinha de Orense e estava
determinado a dentro de duas horas estar em Silleda. Carimbei a credencial,
abasteci-me de água, os polacos desejaram-me – Bom Camino! – e eu abalei para
os derradeiros 12 kms que me faltavam para completar esta longa jornada! A
paisagem por estas bandas era maravilhosa, mas o cinzento do dia retirava-lhe o
brilho. Ao passar em Taboada, e depois de atravessar a ponte romana sobre o rio
Deza, </span><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">tive que dominar com mestria a calçada romana que se apresentava muito
escorregadia, para evitar deslizes! Assim, fui saltando de pedra em pedra, procurando
sempre firmar os pés nas mais secas. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;">A pequena Diana voltou à minha cabeça,
imaginando-o também saltar graciosamente de pedra em pedra, como uma borboleta
de nenúfar em nenúfar.</i></b> Finalmente, estava em Silleda, após três horas e
quarenta e cinco minutos e 27 kms. A jornada rendeu 65 kms em nove horas e
meia. Um adolescente que passava com a mãe tirou-me a fotografia do costume e
indicou-me que havia ali uma albergaria na rua do lado. Entrei na Albergaria
Marill, a senhora que me atendeu perguntou-me de onde eu tinha partido, ao que
lhe respondi que vinha de Orense!<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">- Bien, vai a guardar la bici, que luego te doy la
clave de una habitácion e te preparo algo para comer!!<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">- Mas eu não vim de bici, vim a pé!<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">- Por Dios! No me lo creeo…<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">- Bem, vim a pé, mas a correr quando podia e a
caminhar nos sítios em que as subidas eram muito acentuadas - tentei explicar.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Entretanto, reparei que estavam três cilcistas a comer, pararam para escutar este diálogo e revelar um certo ar de espanto!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><strong>-</strong> Mira, yo ya me quedo por aqui a muchos
años, pêro ninguno habia llegado a pie, desde Orense hasta Silleda!<o:p></o:p></span></div>
<br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Como tinha as roupas bastante húmidas a senhora emprestou-me uma camisola, tomei um banho e depois de jantar, aterrei na cama, mas antes de adormecer ainda fiz as seguintes contas: 5 dias - 287,5 kms! Estou a escassos 40 kms da catedral!</span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">D.A.Y.S.I. - seguramente estarei lá amanhã!</span><br />
<div style="text-align: justify;">
<br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><strong>Sábado, 25 de Agosto.</strong> </span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Descansei bem e não precisei de acordar muito cedo. Fisicamente sentia-me quase como se estivesse a começar esta peregrinação e com a imponência da catedral no horizonte, estava muito moralizado! Tinha delineado correr umas três horas de manhã e outras três </span><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">horas de tarde e isto era mais que suficiente para cumprir os 42 kms que me separavam da Santiago. Assim, tomei o pequeno-almoço muito calmamente e pouco passava das nove horas da manhã estava preparado para a jornada final. O sol brilhava, foi rompendo as nuvens como querendo iluminar o meu dia de glória! Saindo de Silleda até Bandeira o caminho segue por campos ladeados de riachos. Corria alegremente, cheguei até a assobiar respondendo ao canto dos pássaros. Depois, entrei numa estrada em asfalto com uma descida muito acentuada de 5 kms, pouco antes de chegar a Ponte Ulla, local onde inicialmente estava pensado fazer uma pausa para o almoço. Junto à igreja de Santa Maria Madaglena, tinha uma padaria na qual entrei. Com 21 km em apenas duas horas e cinquenta, perguntei à senhora que estava a servir, se em Outeiro, a próxima localidade, existia algum sitio onde se pudesse comer. A senhora disse-me que sim. Pedi-lhe para me carimbar a credencial e comprei-lhe um croissant. Resolvi prolongar a etapa em mais 4 kms, até Outeiro. Segui pelo caminho, a correr lentamente enquanto dava umas mordidas no croissant! <strong><em>Voltei a lembrar-me da pequena Diana e a imaginar que ela devia gostar de croissants!!!</em></strong> Sem quase dar conta, cheguei a Outeiro e ao albergue, com</span> <span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">25 kms e cerca de
três horas e meia a dar à perna. </span><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiL9ucLtIknHgRg7Qw1bKk5fpqD1QyAhBjWbAYHZeCMJkhHnvuRvpBj1Mo2HfgyodHoL2Pq5Ozn13mCFv9JZDX5Kj5dlv08G471t6t24MEwLeEyfVLnW5KToyVluNEp_m3XPRwj9cEAvgyB/s1600/DSC_0117.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><img border="0" height="217" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiL9ucLtIknHgRg7Qw1bKk5fpqD1QyAhBjWbAYHZeCMJkhHnvuRvpBj1Mo2HfgyodHoL2Pq5Ozn13mCFv9JZDX5Kj5dlv08G471t6t24MEwLeEyfVLnW5KToyVluNEp_m3XPRwj9cEAvgyB/s320/DSC_0117.JPG" width="320" /></span></a><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">A dona Maria, hospitaleira do albergue,
recebeu-me lindamente, preparou-me um delicioso esparguete à bolonhesa, ao qual
eu reguei com uma <i style="mso-bidi-font-style: normal;">estrella</i> <i style="mso-bidi-font-style: normal;">galicia</i> fresquinha! Depois do repasto
estive por ali à conversa com uns ciclistas que entretanto chegaram e com o
Walter um sociólogo austríaco aposentado, que há mais de 30 dias que caminhava
pela Via da Prata e que falava português fluentemente. Perguntei-lhe como
aprendeu a falar português, ele rematou com um lapidar: Aprendi, aprendendo!</span><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">
</span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><o:p></o:p><br />
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Hay 17 kms a la catedral, 15 kms para
llegar a Santiago!</i> Garantiu a dona
Maria que já tinha feito esse caminho a pé diversas vezes. Escutando o que ela
dizia acerca do percurso pareceu-me razoável que demoraria entre duas horas e
quinze e duas horas e meia a chegar lá. Assim, pelas cinco horas ia lançar-me
para a etapa final. Estava já preparado para partir quando o marido da Dona
Maria disse que ia ligar para a <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Guardia
Civil</i> pois estava um tipo sentado junto à entrada do albergue, com um aspecto duvidoso e que há mais de
uma hora obervava as bicicletas, para ver se podia dia roubar alguma coisa! Sinceramente,
eu nem me tinha apercebido do caso. Entretanto o tipo, que também estava de
bicicleta, pirou-se pelo caminho! Aconselharam-me a esperar um pouco! Mas, estava na hora de partir e eu disse que não
tinha medo, já tinha feito 320 kms sozinho por montes e vales e agora às portas
de Santiago não ia esmorecer! O marido da dona Maria disse que ia de carro uns
3 kms até uma povoação e depois voltava para trás para ver se conseguia saber
aonde o tipo estava, podendo então partir em segurança. Eu disse-lhe que não era
preciso, mas ele insistiu e também tive que prometer à dona Maria que assim que
chegasse a uma localidade de nome A Susana, que era a uns 7 kms dali, que lhe
ligava! Após estas peripécias lá meti as pernas ao caminho. Corria a
bom ritmo, pelo que volvidos 2 kms, o marido da dona Maria que entretanto regressava de carro, disse que o rapaz tinha
desaparecido pela estrada nacional. O ritmo foi aumentando gradualmente, bem mais
forte que nos dos dias anteriores. A ânsia de estar próximo do final, liberta a mente, solta o corpo e as pernas ficam mais ligeiras. Alcancei a localidade A Susana e olhei
para o meu cronómetro que marcava 42 minutos, abrandei o ritmo, mas sem parar,
liguei à senhora do albergue:<o:p></o:p><br />
<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Dona Maria, já
estou em A Susana!<o:p></o:p><br />
<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><i style="mso-bidi-font-style: normal;">Graças a Dios! Pero tu volar, José! <o:p></o:p></i><br />
Passados mais alguns minutos por entre o arvoredo vislumbro
a ponta das torres da catedral! A partir daí a emoção toma conta de mim e vou
subindo e descendo o caminho sem dificuldades, os olhos iam na ponta das
sapatilhas, porque no cérebro passavam fotogramas do caminho a um ritmo
alucinante. Chego à cidade e com a fralda da Casa da Criança esvoaçar na mão,
num último fôlego antes de entrar no centro histórico enfrento a subida empinada
da rua de Castrón Douro e as lágrimas começam a escorrer-me pela face.
Finalmente, entro no Obradoiro, dou uma volta completa à praça, subo as escadas
da catedral por um lado e desço pelo outro e…paro! Sou invadido por um estranho
sentimento: frustração e satisfação! Por um lado a tristeza de ter terminado,
por outro a alegria de ter cumprido a missão com êxito! Lanço um olhar sobre a praça e pela
multidão que por ali se movimenta. Vejo uma criança a correr para os pais! <b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;">Com
os olhos em água esbocei um sorriso e tive a visão que</i></b> <b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;">a
pequena Diana corria na minha direcção, que a abracei e lhe sussurrei ao
ouvido: <o:p></o:p></i></b><br />
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;">Tu
és a menina mais bonita do mundo!</i></b></span>
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjspl96kgaaOvS00ON_F21GYO7WU7NZeHQGzifp97NU1FJrVW5pMEn1Ts1o1ma3yCflEWT-KKsKWnTWDTUIrUVWWkMOcwKoltxrsX5sYq0R4n-danuPqZSBkpxZCAi_1r6x-8fNF_OLrFlN/s1600/DSC_0125.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="295" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjspl96kgaaOvS00ON_F21GYO7WU7NZeHQGzifp97NU1FJrVW5pMEn1Ts1o1ma3yCflEWT-KKsKWnTWDTUIrUVWWkMOcwKoltxrsX5sYq0R4n-danuPqZSBkpxZCAi_1r6x-8fNF_OLrFlN/s400/DSC_0125.JPG" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">A dona Maria não me tinha enganado, foram 17,1 kms corridos em uma hora e cinquenta e seis minutos. Pedi a uns portugueses para me tirar umas fotos e à medida que lhes ia explicando que corri desde Guimarães até Santiago, 330 kms em 6 dias - por uma causa, começaram a espalhar a notícia pelo grupo e a tecerem-me rasgados elogios! Dirigi-me à Oficina do peregrino para receber a Compostela e retirei-me para o Hospedaria San Martin Pinario – Seminario Mayor aonde ia pernoitar. Estava muito leve, calmo e com uma enorme paz interior! Depois do duche fui ao Monolo na praça Cervantes comer um caldo galego, uma massa com frutos do mar e a tradicional tarte de santiago. Bebi duas canhas e regressei à hospedaria. Deitado sobre a cama, adormeci a imaginar esta longa-metragem, que julgava ter acabado por aqui, mas afinal não…</span><br />
<br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><strong>Domingo, 26 de Agosto.</strong></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2SgPfFKFzUpssD5tMKfj9xGV7-nzIsKT707l7OFYmzgn8IfSim7WlrS6cORpI86WD7IST7ItqHZwElOj_GVruB3id35DKCUlBB8zsYrk33cY03x-gRwHe4R48HesGqdEqt2svJ1oU-UO8/s1600/DSC_0167.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2SgPfFKFzUpssD5tMKfj9xGV7-nzIsKT707l7OFYmzgn8IfSim7WlrS6cORpI86WD7IST7ItqHZwElOj_GVruB3id35DKCUlBB8zsYrk33cY03x-gRwHe4R48HesGqdEqt2svJ1oU-UO8/s320/DSC_0167.JPG" width="320" /></a><span style="font-size: 12pt;">
</span><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Levantei-me às nove horas e depois de um excelente pequeno-almoço na hospedaria, vim caminhar para as ruas e praças das imediações da catedral. Além de aproveitar o belo dia de sol, fazia também um bocadinho descompressão muscular. Apesar de não ser um católico de muito prática, gosto de assistir à missa do peregrino ao meio-dia. No final da eucaristia ia haver a cerimónia do botafumeiro, portanto fui cedo para a catedral e coloquei-me na primeira fila da nave lateral do altar maior, que segundo informações, era o melhor lugar para assistir ao movimento pendular do grande incensário a espalhar o perfume. Permaneci ali sentado em silêncio. Ora observava a beleza arquitectónica da catedral ou a constante chegada de peregrinos, em larga maioria jovens que davam um colorido e criavam uma atmosfera muito positiva no interior do templo. Enquanto decorria a missa, pensei no quanto eu gostava de ter a assinatura do sacerdote que celebrava a eucarística, na fralda da Casa da Criança, que orgulhosamente levava comigo! No altar, em redor do eclesiástico principal estavam mais de uma dúzia de padres de diversos países, entre os quais um português, que eu fixei aquando da liturgia proferida por ele em língua portuguesa. Terminada a missa e a bonita cerimónia do botafumeiro, vi todos os sacerdotes a entrar para a sacristia, que por mera casualidade era a dois passos de onde eu me encontrava. Dirigi-me para a porta e esperei que o padre português saísse. Interpelei-o acerca da possibilidade de o sacerdote principal poder assinar a fralda. Simpaticamente, disse-me que não tinha confiança com ele e que veio também como peregrino, que celebrou a missa porque é um dever de conduta sacerdotal. Enquanto eu mantinha este pequeno diálogo, um senhor com idade de respeito, escutou a conversa perguntou-me de onde eu era.<br />Sou de Guimarães!</span> <span style="font-size: 12pt;"></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Lá perto tem um santo que sou muito devoto!<br /> Qual é o santo?<br />É o S. Torcato! <br /></span><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Este senhor era o mesmo que na hora do ofertório pedia com um saco e ostentava o traje compostelano grená. O senhor Adriano chegou a Santiago há 30 anos, </span><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">proveniente de</span><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"> </span><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Matosinhos e ajudava nas tarefas religiosas da catedral desde essa data.</span><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgC-D3gb0cTZu7-Zlw2c2QXP_OUqZ4hF9DfV-WhvRu4YnADONxOuAx_jlJ90ugIhGTyQWi1JrRRRhbv40LRHYwbCPFfc-i2b4MRJB6yIaaSmkviinlXgNPULMsLMVL82jKfWnF7xuz91xKq/s1600/DSC_0183.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><img border="0" height="233" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgC-D3gb0cTZu7-Zlw2c2QXP_OUqZ4hF9DfV-WhvRu4YnADONxOuAx_jlJ90ugIhGTyQWi1JrRRRhbv40LRHYwbCPFfc-i2b4MRJB6yIaaSmkviinlXgNPULMsLMVL82jKfWnF7xuz91xKq/s320/DSC_0183.JPG" width="320" /></span></a><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"> Disponibilizou-se
para me ajudar a obter a assinatura do sacerdote - Dom José Maria. Mandou-me entrar para o
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">hall</i> da sacristia e passados alguns
minutos eu já tinha a almejada assinatura. Assim, através desta alma
boa, o Deão, responsável máximo da Catedral de Santiago de Compostela, assinou a
fralda por cima do logotipo da Casa da Criança de </span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Guimarães. Quando estava preparado para me despedir do senhor Adriano, ele perguntou-me: <br />Já foi dar um abraço a Santiago?<br />Ainda não senhor Adriano!A fila é enorme e eu tenho de apanhar transporte para casa!</span><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Espere aqui um bocadinho. Disse calmamente.<br />Entrou na sacristia e saiu com a indumentária vestida, agarrou-me pela mão e encaminhou-me por uma cancela que abriu com uma chave. <strong><em>Naquele momento pela mão do ancião, senti-me como se fosse a pequena Diana pela mão de um pai que provavelmente nunca teve</em></strong> - subi um pequeno lanço de escadas e em poucos segundos estava junto do apóstolo Tiago para lhe dar um profundo abraço. Despedi-me e agradeci ao senhor Adriano esta enorme graça que teve comigo. Ele apenas disse:<br /> Se puder, passe em S. Torcato e peça ao santo pelo Adriano!<br /> Curiosa atitude! Um homem, que praticamente vive numa catedral de grande devoção, pede-me para ser seu mensageiro e ir S. Torcato rogar que o santo o ajude! Obviamente, que já cumpri este pedido!</span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><br />Obrigado à corrida por ter moldado na minha personalidade um carácter muito mais humanista!<br /> <br /> Obrigado às crianças da Casas da Criança de Guimarães por me terem motivado a realizar esta aventura!<br /> <br /> <strong><em>Obrigado à pequena Diana, minha fiel companheira nesta maravilhosa viagem que jamais esquecerei!</em></strong></span><span style="font-size: 12pt;"></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><br />“D.A.Y.S.I. (Dios Ayuda Y Santiago Intercede)”<br /><br /> “Não existe um caminho para a felicidade. A felicidade é o caminho."</span><span style="font-size: 12pt;"></span></div>
<span style="font-size: 12pt;"> </span><span style="font-size: 12pt;"></span><br />
<span style="font-size: 12pt;">
</span><span style="font-size: 12pt;"></span><br />
<span style="font-size: 12pt;"></span><br />
<span style="font-size: 12pt;"></span><br />
<span style="font-size: 12pt;"></span><br />
<span style="font-size: 12pt;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsKnPJwf_Tj62cd85WJzStIWCFKRPVj6A5Sg9mv26kzgm2StW1p9HsezVHHrpqVzxY447GHsJNXpL-2VEDN1PNCQb4a1aZ4ismcdhc8hLqW14t0MMtTmrei6H6qPPJ9sljEXvsFDNbn6us/s1600/DSC_0194.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="270" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsKnPJwf_Tj62cd85WJzStIWCFKRPVj6A5Sg9mv26kzgm2StW1p9HsezVHHrpqVzxY447GHsJNXpL-2VEDN1PNCQb4a1aZ4ismcdhc8hLqW14t0MMtTmrei6H6qPPJ9sljEXvsFDNbn6us/s400/DSC_0194.JPG" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: left;">
<br /></div>
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: left;">
<strong><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">NOTAS:</span></strong></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">- A pequena Diana existe, no entanto o seu nome é fictício;<br /> - Neste momento a campanha de angariação de fundos vai em 1.219,9 €;<br /> - Quem quiser ajudar a Casa da Criança de Guimarães pode fazê-lo através do NIB 0035 0363 00099924330 94;<br /> - A viagem custou 270,0 € e eu doei à Casa da Criança 329,9 €. </span><br />
<br />
<span style="font-size: 12pt;"> </span><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt 36pt; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: center; text-indent: -18pt;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"> </span><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">José Capela<br />Josephum Capela </span><span style="font-size: 12pt;"></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt 36pt; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18pt;">
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt 36pt; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: center; text-indent: -18pt;">
</div>
</div>
José Capelahttp://www.blogger.com/profile/11921934988240038629noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-2209367498765510577.post-81047091859181378392011-08-24T12:39:00.002+01:002011-08-31T14:22:34.509+01:00Caminhos de Santiago.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;" unselectable="on"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLmQG1QEPER6GjN8PhWbZ6t0TgkVgJ033aH2e553JjJGp0yxXPoD8btQKCGCKxV9Iwc_24crDT8f5zJph0ciVa30HqrU5z2FhxfiPpE0zCEpWAjWOT470Yfmli8sBY_CZ86J2cmxNdZRvb/s1600/caminhoSantiagoSetas01.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLmQG1QEPER6GjN8PhWbZ6t0TgkVgJ033aH2e553JjJGp0yxXPoD8btQKCGCKxV9Iwc_24crDT8f5zJph0ciVa30HqrU5z2FhxfiPpE0zCEpWAjWOT470Yfmli8sBY_CZ86J2cmxNdZRvb/s400/caminhoSantiagoSetas01.jpg" width="273" /></a></div> <b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: Calibri;"> <span style="font-size: large;"> A DAR À PERNA DAS TAIPAS A SANTIAGO<o:p></o:p></span></span></b><br />
<br />
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="font-family: "Times New Roman"; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;"> </span></span><span style="font-family: Wingdings;">v</span><span style="font-family: "Times New Roman"; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;"></span> <span style="font-family: Calibri;">A RAZÃO DO CAMINHO</span></b><br />
<br />
<div style="text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: Calibri;"><o:p></o:p></span></b><span style="font-family: Calibri;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;">" Peregrinar é um acto de Fé. É um Caminho e como tal pressupõe um itinerário, mas não se esgota nele. Tem que se lhe associar uma intenção e um objectivo, que alimentam a motivação e despertam a busca interior, promovendo assim o enriquecimento espiritual e cultural</i>.”<o:p></o:p></span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Calibri;">Na corrida necessitamos de ter objectivos claros e motivações fortes. Assim, creio que aliar a corrida à peregrinação é um acto harmonioso!<o:p></o:p></span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Wingdings; mso-bidi-font-family: Wingdings; mso-fareast-font-family: Wingdings;"><span style="mso-list: Ignore;">v<span style="font-family: "Times New Roman"; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;"> </span></span></span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: Calibri;">O MEU CAMINHO<o:p></o:p></span></b></div><div style="text-align: center;"><br />
<span style="font-family: Calibri;"><strong>CALDAS DAS TAIPAS – SANTIAGO DE COMPOSTELA</strong></span><br />
<span style="font-family: Calibri;"><strong> 4 DIAS - 8 ETAPAS - 202 KMS</strong></span></div><br />
<span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font-family: "Times New Roman"; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;"> </span></span></span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: Calibri;">DIA 1, 16 de Agosto</span></b><br />
<br />
<span style="font-family: Calibri;">Manhã:<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: Calibri;">1ª. ETAPA: CALDAS DAS TAIPAS – PORTELA DAS CABRAS……….30,4 Kms<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: Calibri;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Tarde:<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: Calibri;">2ª. ETAPA: PORTELA DAS CABRAS – PONTE DE LIMA………………17,2 kms</span><br />
<br />
<span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font-family: "Times New Roman"; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;"> </span></span></span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: Calibri;">DIA 2, 17 de Agosto</span></b><br />
<br />
<span style="font-family: Calibri;">Manhã:<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: Calibri;">3ª. ETAPA: PONTE DE LIMA – FONTOURA……………………………….25,8 kms<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: Calibri;">Tarde:<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: Calibri;">4ª. ETAPA: FONTOURA – VALENÇA……………………………………………9,0 Kms</span><br />
<br />
<span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font-family: "Times New Roman"; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;"> </span></span></span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: Calibri;">DIA 3, 18 de Agosto</span></b><br />
<br />
<span style="font-family: Calibri;">Manhã:<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: Calibri;">5ª. ETAPA: VALENÇA – REDONDELA……………………………….……….33,6 Kms<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: Calibri;">Tarde:<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: Calibri;">6ª. ETAPA: REDONDELA – PONTEVEDRA………………………………….19,9 Kms</span><br />
<br />
<span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font-family: "Times New Roman"; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;"> </span></span></span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: Calibri;">DIA 4, 19 de Agosto</span></b><br />
<br />
<span style="font-family: Calibri;">Manhã<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">:<o:p></o:p></b></span><br />
<span style="font-family: Calibri;">7ª. ETAPA: PONTEVEDRA – PADRON………………………………….……39,9 kms<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: Calibri;">Tarde:<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: Calibri;">8ª. ETAPA: PADRON – SANTIAGO DE COMPOSTELA………………..26,4 kms<o:p></o:p></span><br />
<br />
<br />
<o:p><span style="font-family: Calibri;"> </span></o:p><o:p><span style="font-family: Calibri;"> </span></o:p><span style="font-family: Wingdings; mso-bidi-font-family: Wingdings; mso-fareast-font-family: Wingdings;"><span style="mso-list: Ignore;">v<span style="font-family: "Times New Roman"; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;"> </span></span></span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: Calibri;">A LENDA</span></b><br />
<div style="text-align: justify;"><br />
<span style="font-family: Calibri;">Depois da crucificação de Jesus, o apóstolo Tiago pregou o evangelho na Galiza e quando regressou a Jerusalém foi decapitado pelo rei Herodes, os seus restos mortais foram levados de volta à Galiza numa barca de pedra, numa viagem que durou 7 dias. Segundo diz ainda a lenda, um camponês guiado pelas estrelas encontrou num grande campo a sepultura do apóstolo. <o:p></o:p></span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-family: Wingdings; mso-bidi-font-family: Wingdings; mso-fareast-font-family: Wingdings;"><span style="mso-list: Ignore;">v<span style="font-family: "Times New Roman"; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;"> </span></span></span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: Calibri;">COMPOSTELA</span></b><br />
<br />
<span style="font-family: Calibri;">O nome Compostela deriva de campo de estrelas (Campus Stellae).<o:p></o:p></span><br />
<br />
<br />
<span style="font-family: Wingdings; mso-bidi-font-family: Wingdings; mso-fareast-font-family: Wingdings;"><span style="mso-list: Ignore;">v<span style="font-family: "Times New Roman"; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;"> </span></span></span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: Calibri;">PAISAGENS QUE NÃO SE ESQUECEM</span></b><br />
<br />
<span style="font-family: Calibri;">-<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"> </b>Os caminhos entre vinhas e milheirais no Alto Minho;<o:p></o:p></span><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Calibri;">- A subida da serra da Labruja por um trilho quase impraticável devido às pedras;<o:p></o:p></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Calibri;">- A vista das muralhas de Valença sobre o rio Minho ao amanhecer;<o:p></o:p></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Calibri;">- A descida depois de Redondela e a panorâmica que se tem da ria de Vigo;</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Calibri;">- A identidade entre o Minho e a Galiza no percurso entre Pontevedra e Caldas dos Reis;<o:p></o:p></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Calibri;">- A primeira visão que se tem das torres da catedral no cimo de Agro dos Monteiros.<o:p></o:p></span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-family: Wingdings; mso-bidi-font-family: Wingdings; mso-fareast-font-family: Wingdings;"><span style="mso-list: Ignore;">v<span style="font-family: "Times New Roman"; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;"> </span></span></span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: Calibri;">LOCAIS HISTÓRICOS QUE ME MARCARAM<o:p></o:p></span></b><br />
<div style="text-align: justify;"><br />
<span style="font-family: Calibri;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">- Serra da Labruja</b> – A cruz dos franceses (ou cruz dos mortos), onde a população fez uma emboscada aos retardatários do exército de Napoleão, nas invasões francesas;<o:p></o:p></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Calibri;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">-</b><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Ponte Sampaio </b>– Local onde se travaram as grandes batalhas das invasões francesas;<o:p></o:p></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Calibri;"><strong>-</strong> <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Padrón – </b>Na igreja de Padrón está a pedra onde supostamente teria atracado a barca que transportava o corpo do apóstolo Tiago.<o:p></o:p></span></div><br />
<span style="font-family: Wingdings; mso-bidi-font-family: Wingdings; mso-fareast-font-family: Wingdings;"><span style="mso-list: Ignore;">v<span style="font-family: "Times New Roman"; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;"> </span></span></span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: Calibri;">A MINHA REFLEXÃO<o:p></o:p></span></b><br />
<div style="text-align: justify;"><br />
<span style="font-family: Calibri;">O Caminho de Santiago é um percurso que nos leva para além da distância percorrida. As setas e as conchas que indicam o caminho ficam gravadas em nós para que nunca percamos o sentido da vida! </span><br />
<br />
</div><div style="text-align: justify;"><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiV8Ij1cTGN4q7ggULBmYCOXh1be776Sbd5p0S23Poy93-9BpnhS_KfwRnSvhbTq9vylttlS7d636u_p01s7HX0jEXlPorjlubflcoIKFBO13Y_CAIBgGT3jri5cYSTD0UlpcxLS5st5RbQ/s1600/JoseCapelaPortaCatedral.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;" unselectable="on"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiV8Ij1cTGN4q7ggULBmYCOXh1be776Sbd5p0S23Poy93-9BpnhS_KfwRnSvhbTq9vylttlS7d636u_p01s7HX0jEXlPorjlubflcoIKFBO13Y_CAIBgGT3jri5cYSTD0UlpcxLS5st5RbQ/s200/JoseCapelaPortaCatedral.jpg" width="158" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Click para aumentar</td></tr>
</tbody></table><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhl1jqwoO6HF48XNCGgZp4eCzd23jVTLdPstrBtWOgOoV_W4rsPZg6Z0CvY9MID7PV-INC8M32FfOgAUV8m9M7pDOzEfAAQlnj3rYhNR7y_rpbCohdaD_PNWyxuvNA0Qgubnyd8z1cvOPtO/s1600/Compostela1.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhl1jqwoO6HF48XNCGgZp4eCzd23jVTLdPstrBtWOgOoV_W4rsPZg6Z0CvY9MID7PV-INC8M32FfOgAUV8m9M7pDOzEfAAQlnj3rYhNR7y_rpbCohdaD_PNWyxuvNA0Qgubnyd8z1cvOPtO/s200/Compostela1.jpg" width="159" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Click para aumentar</td></tr>
</tbody></table> </div><div style="text-align: justify;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhl1jqwoO6HF48XNCGgZp4eCzd23jVTLdPstrBtWOgOoV_W4rsPZg6Z0CvY9MID7PV-INC8M32FfOgAUV8m9M7pDOzEfAAQlnj3rYhNR7y_rpbCohdaD_PNWyxuvNA0Qgubnyd8z1cvOPtO/s1600/Compostela1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"></a></div><div style="text-align: justify;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhl1jqwoO6HF48XNCGgZp4eCzd23jVTLdPstrBtWOgOoV_W4rsPZg6Z0CvY9MID7PV-INC8M32FfOgAUV8m9M7pDOzEfAAQlnj3rYhNR7y_rpbCohdaD_PNWyxuvNA0Qgubnyd8z1cvOPtO/s1600/Compostela1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"></a></div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhl1jqwoO6HF48XNCGgZp4eCzd23jVTLdPstrBtWOgOoV_W4rsPZg6Z0CvY9MID7PV-INC8M32FfOgAUV8m9M7pDOzEfAAQlnj3rYhNR7y_rpbCohdaD_PNWyxuvNA0Qgubnyd8z1cvOPtO/s1600/Compostela1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"></a><br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhl1jqwoO6HF48XNCGgZp4eCzd23jVTLdPstrBtWOgOoV_W4rsPZg6Z0CvY9MID7PV-INC8M32FfOgAUV8m9M7pDOzEfAAQlnj3rYhNR7y_rpbCohdaD_PNWyxuvNA0Qgubnyd8z1cvOPtO/s1600/Compostela1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"></a><br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhl1jqwoO6HF48XNCGgZp4eCzd23jVTLdPstrBtWOgOoV_W4rsPZg6Z0CvY9MID7PV-INC8M32FfOgAUV8m9M7pDOzEfAAQlnj3rYhNR7y_rpbCohdaD_PNWyxuvNA0Qgubnyd8z1cvOPtO/s1600/Compostela1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"></a><br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhl1jqwoO6HF48XNCGgZp4eCzd23jVTLdPstrBtWOgOoV_W4rsPZg6Z0CvY9MID7PV-INC8M32FfOgAUV8m9M7pDOzEfAAQlnj3rYhNR7y_rpbCohdaD_PNWyxuvNA0Qgubnyd8z1cvOPtO/s1600/Compostela1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><div style="text-align: left;" unselectable="on"></div></a><br />
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<div style="text-align: center;"><span style="font-family: Calibri;">José Capela<o:p></o:p></span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: Calibri;">Josephum Capela<o:p></o:p></span></div><span style="font-size: x-small;"> </span><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"> </span><span style="font-family: Calibri;"><strong> </strong> </span>José Capelahttp://www.blogger.com/profile/11921934988240038629noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-2209367498765510577.post-3188168224619647732011-02-02T21:27:00.002+00:002011-02-02T21:45:03.469+00:00Viana fica no coração e nas pernas.<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3kHiXFQDxuumidkA6MciB-eLYq9AGnRrbIwa6ThhdDitut5hRBvvnfOU0c7TASvwzO98R-s7-nUKmD-aNuyk1vuhyphenhyphenuBiRSqkRWyTyWP2joDjQtP3A2GTxZZijJaR58Kl-ieLhN-vRzZlx/s1600/Viana+no+...jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; DISPLAY: block; HEIGHT: 326px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5569211332609825666" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3kHiXFQDxuumidkA6MciB-eLYq9AGnRrbIwa6ThhdDitut5hRBvvnfOU0c7TASvwzO98R-s7-nUKmD-aNuyk1vuhyphenhyphenuBiRSqkRWyTyWP2joDjQtP3A2GTxZZijJaR58Kl-ieLhN-vRzZlx/s400/Viana+no+...jpg" /></a> <div align="justify">Aguardava com alguma expectativa a MEIA-MARATONA MANUELA MACHADO que decorreu em Viana do Castelo, no passado domingo. Esta prova marcava o meu regresso à competição, após a lesão muscular que me obrigou a parar três semanas em Novembro e a recomeçar os treinos com muita moderação.</div><div align="justify"></div><br /><div align="justify">Conforme escrevi no último post, mais importante que o tempo que iria alcançar nesta prova, era o modo como me iria sentir muscularmente no desenrolar e no final da corrida. O tempo final de 1h24m23s ficou dentro do que tinha definido e as pernas não se ressentiram, foram muito regulares, rolando sempre no intervalo de 3m50s-4m10s/km, dependendo da oscilação do terreno e do vento que se fazia sentir em determinadas zonas do percurso.</div><div align="justify"></div><br /><div align="justify">Fiquei bastante satisfeito com a minha prestação e muito animado para imprimir mais ritmo e carga nos treinos, de modo a atingir a forma que tive num passado recente.</div><br /><div align="justify"></div><div align="justify">Por último, não podia deixar de dar os parabéns à Manuela Machado, que em meia dúzia de anos transformou esta meia-maratona numa das melhores de Portugal e uma organização irrepreensível, que cativa cada vez mais atletas do pelotão a aderir ao evento. A arte que teve para promover a corrida na Galiza é também de aplaudir, pois foram mais de 500 os atletas galegos que estiveram em Viana. Numa época de crise, em que muitos municípios retiram apoios às corridas, quer-me parecer que estamos perante um exemplo que conseguiu conjugar com êxito a parte social e a actividade física, à parte económica. O movimento gerado pelas centenas de atletas e seus familiares no comércio local, em particular na restauração e hotelaria, é um estímulo que os empresários certamente agradecem.</div><div align="justify"></div><br /><div align="justify">Além de ficar nas pernas, Viana fica no coração!</div>José Capelahttp://www.blogger.com/profile/11921934988240038629noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-2209367498765510577.post-77167524419321770452011-01-26T21:56:00.007+00:002011-01-27T11:24:12.535+00:00A perna já não engana, a minha 60ª Meia vai ser em Viana.<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkTCNHm-ppVZziPiRruAZWjGHuTEU1HAlQVbrqA5Zuh8evQn3D5MmptfApVize8aCnQ8Qy_xIVd_MZlD6Flzhj0yj2lqvvrGMXVXMXkNgsYWhDPf9V_ePwz5FVGQOe91suXoDT-QivDuJs/s1600/MMViana2011.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5566622164820285554" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 406px; CURSOR: hand; HEIGHT: 389px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkTCNHm-ppVZziPiRruAZWjGHuTEU1HAlQVbrqA5Zuh8evQn3D5MmptfApVize8aCnQ8Qy_xIVd_MZlD6Flzhj0yj2lqvvrGMXVXMXkNgsYWhDPf9V_ePwz5FVGQOe91suXoDT-QivDuJs/s400/MMViana2011.jpg" border="0" /></a> <div align="justify">Nas últimas palavras que por aqui escrevi, referi-me ao desafio que tinha pela frente - a recuperação. Confesso que não é nada fácil, porque recomeçar a treinar exige muita paciência devido aos baixos ritmos que são necessários e nós não estamos habituados a esse andamento. Quando se está em forma a motivação para treinar é sempre muito grande e o esforço é muito menor, pois até os treinos mais exigentes parecem simples!</div><div align="justify"></div><br /><div align="justify">Assim, no próximo sábado, faz precisamente 2 meses que recomecei os treinos após a lesão. Nas três semanas seguintes fui rolando a ritmos bastante moderados, fazia um dia de descanso e reservava outro para ir à piscina nadar calmamente. Após este tempo, resolvi efectuar um plano de 5 semanas de preparação para a XXIII MEIA MARATONA MANUELA MACHADO que este domingo se realiza em Viana do Castelo.</div><br /><div align="justify"></div><div align="justify">O plano de preparação assentava, em traços gerais, no seguinte:</div><div align="justify">- Segunda-Feira, relaxamento na piscina;</div><div align="justify">- Terça-Feira, fartlek, 6 minutos rápidos, 3 minutos lentos;</div><div align="justify">- Quarta-Feira, corrida contínua de 15 kms a ritmo moderado;</div><div align="justify">- Quinta-Feira, treino intervalado, séries de 400 metros;</div><div align="justify">- Sexta-Feira, corrida de recuperação de 8 kms a ritmo lento;</div><div align="justify">- Sábado, treino de ritmo, 10 a 15 kms, ao ritmo da competição;</div><div align="justify">- Domingo, corrida contínua de 22 kms a ritmo moderado.</div><br /><div align="justify"></div><div align="justify">Já estou com saudades de uma prova e de sentir a adrenalina a subir no momento que precede o tiro da largada e os atletas quase se acotovelam na linha da partida!</div><div align="justify"></div><br /><div align="justify">Viana do Castelo é um bonita cidade e é sempre com prazer que corro lá. Esta vai ser a minha 7ª participação na 'meia da Manela' como é carinhosamente tratada pelos atletas do pelotão e a 60ª desde que me lancei no mundo das corridas em Março de 2002.</div><br /><div align="justify"></div><div align="justify">O objectivo para esta corrida, por força das circunstâncias, vai ser mais modesto!</div><div align="justify">Assim, vou tentar concluir a prova entre 1h23m-1h24m!</div><br /><div align="justify"></div><div align="justify">Domingo as pernas terão a palavra!</div>José Capelahttp://www.blogger.com/profile/11921934988240038629noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2209367498765510577.post-56892514128500575562010-11-30T16:36:00.005+00:002010-11-30T23:39:42.203+00:00Lesão, recuperação e motivação.<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7XBvqYvDcqVnpVC9_a4ca1znBadCw7RgdAR64HZKksOGhyj6RYFpO6-WTfEJvmCB-NzR9UIcDwPJVsHq9QG0Hh1mqwrINScELrrlNgsh6MQGyOhWcRtt1Me7AUjel7blzFI43azT8LPTf/s1600/CapelaMaratonaPorto2010-Recortada.JPG"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; DISPLAY: block; HEIGHT: 315px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5545388447548779938" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7XBvqYvDcqVnpVC9_a4ca1znBadCw7RgdAR64HZKksOGhyj6RYFpO6-WTfEJvmCB-NzR9UIcDwPJVsHq9QG0Hh1mqwrINScELrrlNgsh6MQGyOhWcRtt1Me7AUjel7blzFI43azT8LPTf/s400/CapelaMaratonaPorto2010-Recortada.JPG" /></a> <div align="justify">Terminei a Maratona do Porto de cabeça baixa, no entanto valeu a pena o sofrimento para poder fazer aquele gesto que vêem na fotografia - sete edições, sete participações.</div><br /><div align="justify"></div><div align="justify">Na semana seguinte, e para saber em concreto a dimensão da lesão sofrida, fui fazer uma ecografia à face posterior da coxa direita.</div><br /><div align="justify"></div><div align="justify">O resultado do exame revelou o seguinte:</div><div align="justify">-Na extremidade superior, com posicionamento muscular superficial visualizou-se um pequeno foco de distensão/ruptura, infra-centimétrica, com ligeira contracção e desorganização fibrilar, envolvendo aponevrose no contorno superior que lhe é adjacente. Possui dimensãoes de 10,mm no eixo sagital, 2/3,mm no eixo antero-posterior.</div><div align="justify">Resumo: Lesão focal por distensão/ruptura, superficial, peri-centimétrica na extremidade postero-superior da coxa do lado direito.</div><br /><div align="justify"></div><div align="justify">Fiquei visivelmente satisfeito por verificar que não era nenhuma lesão grave, cujas causas foram a sobrecarga e esforço muscular. Nestes casos o tratamento mais aconselhado é o descanso, para dar tempo a que o processo de regeneração muscular decorra com naturalidade. Foi o que fiz. Na semana passada submeti-me a uma sessão de fisioterapia e a uma massagem tranversal, para garantir maior solidez na estrutura muscular afectada, de forma a poder retomar os treinos.</div><br /><div align="justify"></div><div align="justify">Assim, ontem regressei aos treinos! Corri trinta minutos a trote e depois fiz mais 20 de alongamentos que, nesta fase, são mais importantes que a corrida. Hoje repeti a dose e nestes próximos dias o programa irá ser mais ou menos idêntico, tendo sempre em mente que o essencial é - ritmos bastante suaves e muitos alongamentos.</div><br /><div align="justify"></div><div align="justify">Em oito anos de dedicação às corridas, pela primeira vez, tenho de lidar com esta situação. Ao longo destes tempos fui criando hábitos e rotinas de vida que me permitissem treinar, logo nas horas do treino, ficar privado - mesmo sendo inverno e eu ter de acordar cedo para o fazer - confesso que não foi nada fácil!</div><br /><div align="justify"></div><div align="justify">Agora o desafio que tenho é recuperar! A motivação é tentar adquirir a forma que tive em meados deste ano, traduzida em excelentes resultados que me encheram de satisfação.</div><div align="justify"></div><br /><div align="justify">Haja...paciência para as pernas!</div>José Capelahttp://www.blogger.com/profile/11921934988240038629noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-2209367498765510577.post-36247078238664664282010-11-10T10:36:00.008+00:002010-11-10T14:31:55.738+00:007ª Maratona do Porto: A teimosia de continuar na história!<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMX5ktM_tITRVE2RQm15SE527EHnWg_28QJ04qA05OhAh5QqqKyiEqpvTJU8KEtmFLgx6Nok0K1xUr85sS8czs78MqYZLhb0HFRJ06-cNrQ9Z01By0N4b8caDRuUfqbadVPVoqoZS84ql6/s1600/17Porto_maratona_logo7%25C2%25AAedicao.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; DISPLAY: block; HEIGHT: 247px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5537888358152917394" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMX5ktM_tITRVE2RQm15SE527EHnWg_28QJ04qA05OhAh5QqqKyiEqpvTJU8KEtmFLgx6Nok0K1xUr85sS8czs78MqYZLhb0HFRJ06-cNrQ9Z01By0N4b8caDRuUfqbadVPVoqoZS84ql6/s400/17Porto_maratona_logo7%25C2%25AAedicao.jpg" /></a> <div align="justify">Por manifesta falta de tempo e disposição para escrever, tenho andado distante da blogosfera. Assim, não dou notícias desde o verão, não fiz a habitual crónica da Meia-Maratona SporZone e não escrevi qualquer palavra acerca da preparação da maratona.</div><div align="justify"></div><br /><div align="justify">Estive quase para continuar em silêncio, mas depois de ler alguns <em>posts</em> colocados por companheiros de corrida, senti que deveria dizer alguma coisa.</div><br /><div align="justify"></div><div align="justify">Faço parte da história (de sucesso) da Maratona do Porto, digo-o com muito orgulho! Estive nas anteriores edições e, claro, queria a todo o custo participar (e concluir) na sétima. E foi o querer continuar totalista que me moveu, porque fosse outra maratona em Portugal, ou mesmo no estrangeiro, teria desistido de participar.</div><br /><div align="justify"></div><div align="justify">No final do mês de Agosto, num habitual treino, sofri uma lesão muscular na face posterior da coxa direita, ou seja a uma semana de começar o meu habitual plano de 9 semanas de preparação para os 42,195 kms. No meu historial de corrida, as lesões que sofrera até à data não passavam de pequenas mazelas, que eram debeladas em pouco tempo e com relativa facilidade. Pensei que com esta sucederia o mesmo.</div><div align="justify">Primeiro engano!</div><br /><div align="justify"></div><div align="justify">Descansei uns dias e comecei os treinos para a maratona com alguma moderação durante as duas primeiras semanas. Na terceira aumentei um bocadinho a intensidade, mas nada de especial, comparado com a preparação das anteriores maratonas e ressenti-me uma vez mais. Uns dias de descanso, fisioterapia, massagens e regresso novamente aos treinos, obviamente com cargas menores e muitas cautelas. Entretanto chegou o dia da Meia-Maratona SportZone e seria o teste ideal para avaliar o estado das minhas pernas, ou no caso concreto, da coxa direita. Fiz um tempo de 1h23m53s, embora tenha sentido ainda um ligeiro desconforto na zona afectada da lesão, parecia-me que estava a ficar recuperado. Na semana seguinte, fiz os treinos dentro dos tempos estipulados, incluindo séries de 800 metros e um longo de 26 kms e, pela primeira vez desde o início da preparação específica para a maratona, treinei sem limitações e com boas sensações.</div><div align="justify">Segundo engano!</div><br /><div align="justify"></div><div align="justify">Volvidos dois dias, num treino de baixa intensidade e de recuperação, uma 'pontada' na famigerada coxa direita veio recordar-me que afinal a lesão ainda morava lá. Novamente uns dias de descanso, piscina, fisioterapia e massagens e recomecei a treinar. Estavamos a três semanas da maratona e as dúvidas que tinha em poder ter algum sucesso na prova começavam a passar quase a certezas, mas como sou um tipo teimoso e que gosta de correr riscos, não desisti e estar na linha da partida e claro fazê-la!</div><div align="justify"></div><br /><div align="justify">A partir deste momento, o desafio, com uma dose de loucura, passou a ser - Será que resisto? Conseguirei concluir a prova?</div><div align="justify"></div><br /><div align="justify">Assim, quando no passado domingo soou o tiro da partida, larguei consciente que a minha corrida seria uma incógnita e que o risco de ser forçado a abandonar era demasiado grande! Mesmo com estas permissas nada animadoras, o objectivo era fazer um tempo a rondar as 2h55m-2h59m59s, porque além de teimoso, também sou pouco modesto!</div><div align="justify"></div><br /><div align="justify">Até à passagem da meia-maratona fui confortávelmente a um ritmo +/- 4m10s/km, registando um tempo de 1h26m57s. Aos 24 um ligeiro aviso coxa, deu-me sinal para abrandar e que as dificuldades iriam começar. Atravessei a ponte D. Luís e tentei seguir a um ritmo dentro dos 4m25s-4m30s/km que, a conseguir manter, daria para fechar com um tempo no limiar das 3 horas. Lá fui seguindo, não muito confortável nesta cadência. Fui apanhado pelo Mark Velhote, no entanto ainda consegui colar-me a ele uns kms mais à frente e já na companhia deste aos 33 kms, contabilizando um tempo de 2h17m58s, a minha coxa direita resolveu provar-me que iria ter de abrandar ainda mais para continuar! Fui reduzindo então o ritmo, primeiro para 5m/km, depois para 6m/km, depois para 7m/km, depois para 8 km, e cheguei à meta devagar muito devagarinho, gastando 64 minutos para correr 9 kms, concluindo a minha sétima maratona do Porto em 3h21m44s!</div><div align="justify"></div><br /><div align="justify">Gostava de referir que, apesar de toda esta epopeia, não cheguei ao fim cansado! Sentia-me como se tivesse feito um treino longo. Apenas sentia um desconforto na coxa direita que me impedia de correr, mas caminhava normalmente e sem qualquer esforço!</div><div align="justify"></div><br /><div align="justify">Não gosto de desistir, não faz o meu género e queria fazer parte da história da Maratona do Porto, contribuindo para que registasse mais atletas chegados à meta nas maratonas corridas em Portugal. Mais tarde vim a saber que este <em>record</em> foi alcançado - Foi a minha pequena vitória!</div><div align="justify"></div><br /><div align="justify">Em jeito de balanço, durante as 9 semanas específicas do treino, mesmo tendo sido forçado a vários dias de descanso e a ritmos mais moderados, contabilizei nesse período 800 kms - com este volume de treino a probabilidade de debelar por completo a lesão e obter êxito na maratona era muito reduzida! Não aconselhava ninguém a correr uma maratona nestas condições, no entanto uma coisa é dar conselhos aos outros, outra coisa é quando somos nós!</div><div align="justify"></div><br /><div align="justify">Desta vez não soltei o queniano que tenho dentro de mim, soltei o soldado Pheidippides, que 2500 anos depois também merece ser recordado!</div><div align="justify"></div><br /><div align="justify">Agora, só espero que a minha teimosia não tenha agravado o quadro clínico da lesão.</div><br /><div align="justify"></div><div align="justify">Brevemente saberei, enquanto não souber vou permanecer quietinho!</div><div align="justify"></div><br /><div align="justify">Abraço, a todos!</div><div align="justify"></div>José Capelahttp://www.blogger.com/profile/11921934988240038629noreply@blogger.com12tag:blogger.com,1999:blog-2209367498765510577.post-20500235814990665542010-07-08T22:01:00.017+01:002010-07-09T10:39:49.068+01:0022º Grande Prémio de S. Pedro<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiM8lm8q6YVxCLh1GeoUvmkmzra_K59ZmKBLI5cconfOQ3Tv7tYMUNcjcNCev5D0uS54MMRTrDFPLZV8__s9khZJjH6wGGmnj835pbVYA0QYoJh2X38RWadr7RP11ps2uuUrg_O1S4qh6Lk/s1600/Blogspedro2010.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5491649681206180514" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 401px; CURSOR: hand; HEIGHT: 97px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiM8lm8q6YVxCLh1GeoUvmkmzra_K59ZmKBLI5cconfOQ3Tv7tYMUNcjcNCev5D0uS54MMRTrDFPLZV8__s9khZJjH6wGGmnj835pbVYA0QYoJh2X38RWadr7RP11ps2uuUrg_O1S4qh6Lk/s400/Blogspedro2010.jpg" border="0" /></a> <div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div><span style="font-size:130%;">CITAÇÃO:</span></div><div>"O S. Pedro encerra as festas e as corridas...até Outubro!"<br /><br /></div><div><span style="font-size:130%;">CURIOSIDADE:</span></div><div align="justify">A Póvoa de Varzim é uma terra de pescadores, logo o Santo padroeiro da cidade só podia ser o S. Pedro. Tradicionalmente, a festa é rija por aquelas bandas e a realização do Grande Prémio de Atletismo assinala encerramento das efemérides.</div><div></div><div><span style="font-size:130%;"><br /></span></div><div><span style="font-size:130%;"></span></div><div><span style="font-size:130%;">ARQUIVO:</span></div><div>Este ano disputava-se a 22ª edição e desde 2003 que participo nesta corrida com resultados bastantes interessantes.</div><div>2003 - 38m06s</div><div>2004 - 37m35s</div><div>2005 - 37m23s</div><div>2006 - 36m46s</div><div>2007 - 36m26s</div><div>2008 - 36m09s</div><div>2009 - 36m01s</div><div><br /><span style="font-size:130%;">RESENHA:</span></div><div align="justify">A corrida começou às 11h15m, pelo que já estava um bocadinho quente para a prática da modalidade. A acrescer a isto, em algumas zonas do percurso, ainda o característico vento que costuma sentir-se na Póvoa, a atrapalhar a vida dos atletas. Conforme tinha escrito na última crónica, as pernas estavavam a registar uma ligeira melhoria relativamente às primeiras corridas de Junho e tinha em mente desde o início impor um ritmo que nunca escedesse os 3m40s/km. Nos primeiros 3 kms rolei dentro desse tempo, no entanto, nos 2 kms seguintes sofri uma pequena quebra devido à presença do vento e ao esforço suplementar que este exige. À passagem dos 5 kms contabilizei o tempo de 18m07s, tentei manter essa cadência para a segunda metade da corrida, não foi possível, apesar de a perda não ter sido muito grande, corri este parcial em 18m24s. Finalizei um ciclo de muitas corridas, pelo que fiquei bastante agradado com a resposta das pernas!<br /><br /></div><div><span style="font-size:130%;">ARITMÉTICA:</span></div><div align="justify">Concluí os 10 kms da corrida com o tempo final de 36m31s, tendo obtido o 85º lugar na classificação geral, entre os 614 atletas que terminaram a prova e um 15º lugar em M45 entre 89 atletas deste escalão.</div><br /><div align="justify"></div><div><span style="font-size:130%;">O MELHOR:</span></div><div align="justify">O excelente nível competitivo da corrida e a presença dos melhores atletas nacionais.<br /><br /></div><div align="justify"><span style="font-size:130%;">O PIOR:</span></div><div align="justify">Apesar de ser por um motivo nobre que todos compreendem - a realização de corridas para os escalões mais jovens - o horário da prova é um bocadinho tardio, agravado ainda pelo facto de estarmos em pleno verão.</div><br /><div align="justify"></div><div align="justify"><span style="font-size:130%;">RETRATO:</span></div><div align="justify"></div><div><span style="font-size:130%;"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5491648677467185842" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 267px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgMtJBUlRvXTsy-r_ui-71g-iKZ3c1V0ZBj9W96cjwuU9-RRmcp0giSEFKuG6tlEYh_yDsf1WBBhctYyCSlMC-QoYQL_98MAtA36o3tgDbF_dmk6yM_YPZT_rmyRQn3UknzA4NSY9w6mEFx/s400/Blogspedro2010image.jpg" border="0" /></span></div>José Capelahttp://www.blogger.com/profile/11921934988240038629noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-2209367498765510577.post-5410796278776011822010-06-22T21:27:00.004+01:002010-06-22T22:13:18.559+01:0011ª Corrida das Festas da Cidade do Porto<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhbryhEFKfG1ggq_3rH5BqQQA_62puB9b7JGwqQLcn9cdKPPgyrQ4mR4n7wsWLIILPzM_iLdi6G3C33z7FxWvrb7vxWs-JVi_wRbm3r9l1kGXbJjCb1Ezej0v-pOtdLPj8iSX5bHMKzhTqB/s1600/BlogSjoao2010Titulo.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 397px; DISPLAY: block; HEIGHT: 123px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5485707759172315858" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhbryhEFKfG1ggq_3rH5BqQQA_62puB9b7JGwqQLcn9cdKPPgyrQ4mR4n7wsWLIILPzM_iLdi6G3C33z7FxWvrb7vxWs-JVi_wRbm3r9l1kGXbJjCb1Ezej0v-pOtdLPj8iSX5bHMKzhTqB/s400/BlogSjoao2010Titulo.jpg" /></a> <div><div><span style="font-size:130%;">CITAÇÃO:</span></div><div>"O Porto chama por ti!"</div><br /><div></div><div><span style="font-size:130%;">CURIOSIDADE:</span></div><div align="justify">A 16 de Junho de 2002, um grupo de 10 atletas do parque das Taipas inscreveu-se para a Corrida das Festas da Cidade do Porto com o nome - NAT-Núcleo de Atletismo das Taipas. Assim, nasceu um clube de atletas do pelotão, que foi gradualmente crescendo e cujo principal objectivo é incentivar as pessoas a adoptarem a corrida como exercício físico, de forma a terem um estilo de vida mais saudável.</div><div align="justify"></div><br /><div align="justify"><span style="font-size:130%;">ARQUIVO:</span></div><div align="justify">Este ano disputava-se a 11ª edição, desde 2002 sem qualquer interrupção que alinhei em todas, registando os seguintes tempos:</div><div align="justify">2002 - 1h00m32s</div><div align="justify">2003 - 1h00m30s</div><div align="justify">2004 - 57m50s</div><div align="justify">2005 - 56m34s</div><div align="justify">2006 - 55m26s</div><div align="justify">2007 - 56m25s</div><div align="justify">2008 - 55m45s</div><div align="justify">2009 - 54m31s</div><br /><div align="justify"></div><div align="justify"><span style="font-size:130%;">RESENHA:</span></div><div align="justify">Estava um belo dia de sol e uma temperatura a rondar os 18 graus, não fosse o vento, as condições eram óptimas para correr. Fiz um aquecimento calmamente e como tinha dorsal VIP nem me preocupei com o lugar de saída, o que é um certo privilégio. Como já referi, não me sinto em condições de poder dar o meu melhor no entanto para fazer um teste iria tentar correr cada parcial de 5 kms em 18m20s e, caso não houvesse quebras, daria um tempo final de 55 minutos, ainda longe do tempo do ano anterior.</div><div align="justify">O arranque foi dado sem problemas, primeiro km dentro da média pretendida e ia eu estrada fora a galgar os kms, dobrando a placa dos 5 kms com o tempo de 18m32s, comprometendo desde logo o objectivo inicial. Resolvi imprimir um pouco mais de força para ver se atingia o ritmo desejado, nas senti que ainda não reúno condições para tal.</div><div align="justify">Assim, o objectivo passou a ser o de chegar ao final no melhor ritmo possível e deste modo os segundos parciais de 5 kms foram corridos em 18m56s e os últimos já a lutar contra o vento de frente, em 19m26s, não foi nada de excepcional, contudo em termos físicos registei uma ligeira melhoria relativamente às corridas anteriores.</div><div align="justify"></div><br /><div align="justify"><span style="font-size:130%;">ARITMÉTICA:</span></div><div align="justify">Fechei a corrida com o tempo final de 56m54s, o que se saldou por 72º lugar na classificação geral, entre os 1,597 atletas que terminaram a prova e um 5º lugar em M45 entre os 238 atletas deste escalão.</div><br /><div align="justify"></div><div align="justify"><span style="font-size:130%;">O MELHOR:</span></div><div align="justify">Definitivamente as corridas da <em>Runporto </em>são as melhores que se fazem em Portugal. Tanto os atletas de elite como os do pelotão são unânimes em classificar a organização com cinco estrelas. A corrida está na moda e cada vez tem mais pessoas a aderirem e a <em>Runporto </em>muito contribui para que assim seja. Parabéns!</div><br /><div align="justify"></div><div align="justify"><span style="font-size:130%;">O PIOR:</span></div><div align="justify">Sinceramente, não consigo detectar nada de negativo! Era injusto apontar um defeito...</div><br /><div align="justify"></div><div align="justify"><span style="font-size:130%;">RETRATO:<br /><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; DISPLAY: block; HEIGHT: 257px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5485706864076775682" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpnR5bLTacszY87-qbrTfPFqYKD1CDUyV2oQh_MURPU5Anca1e3KTPC8Hbx17V-_3TgNujXoprUXrzvy6caloabMTsAJYE7zfx05QBYzbYu_AaI6Cc_BAfqEDRVGxzs_C8WYfWzrMd9sOz/s400/BlogSjoao2010DSC04709-Rec.jpg" /></span></div><div align="justify"><span style="font-size:130%;"></span></div><div align="justify"></div></div>José Capelahttp://www.blogger.com/profile/11921934988240038629noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-2209367498765510577.post-75168493136458380782010-06-15T11:31:00.008+01:002010-06-15T12:09:43.957+01:005ª Corrida das Caldas das Taipas<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1CB-jCeDv-klsYQfYrTmdpax-sSklASeYI2Q09-B31IrrNIYAok5wljseKtU0aUudulOTfTu8Ehj3lcoHVJJKlW1IBXSf0DwmPz0M8evHCUjp0TcBmptkxWFRMEWfaLjQZtEF1cpaKh9d/s1600/taipasbanner2010.gif"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; DISPLAY: block; HEIGHT: 250px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5482955218770327538" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1CB-jCeDv-klsYQfYrTmdpax-sSklASeYI2Q09-B31IrrNIYAok5wljseKtU0aUudulOTfTu8Ehj3lcoHVJJKlW1IBXSf0DwmPz0M8evHCUjp0TcBmptkxWFRMEWfaLjQZtEF1cpaKh9d/s400/taipasbanner2010.gif" /></a> <div><div><div><span style="font-size:130%;"></span></div><div><span style="font-size:130%;"></span></div><div><span style="font-size:130%;">CITAÇÃO:</span></div><div><em>"A terra onde a lua fala..." - </em>Ferreira de Castro</div><br /><div></div><div><span style="font-size:130%;">CURIOSIDADE:</span></div><div align="justify">Numa terra onde muitos eventos não passam das primeiras edições, a Corrida das Caldas das Taipas foi-se afirmando ao longo dos anos e, apesar de se realizar num mês em que o calendário de provas tem uma enorme oferta, tem conseguido manter-se. Para que isto seja possível muito contribui o NAT-Núcleo de Atletismo das Taipas, que fez alinhar à partida 41 atletas e que, durante o ano, nas corridas em que o clube participa, vai deixando o nome da vila inscrito no mundo da corrida!</div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify"><span style="font-size:130%;">ARQUIVO:</span></div><div align="justify">Este ano disputava-se a 5ª edição e eu tinha participado, obviamente, nas anteriores, resgistando os seguintes tempos:</div><div align="justify">2006 - 36m17s (9,6 km)</div><div align="justify">2007 - 35m20s (9,6 Km)</div><div align="justify">2008 - 36m57s (9,9 km)</div><div align="justify">2009 - 36m04s (9,9 km)</div><br /><div align="justify"></div><div align="justify"><span style="font-size:130%;">RESENHA:</span></div><div align="justify">Não me encontro num momento apurado de forma, a época já vai longa e o natural desgaste provocado pelas inúmeras corridas em que 'dei no osso' naturalmente apareceu, pelo que estar ao nível do ano anterior era difícil, no entanto ia tentar.</div><div align="justify">O percurso composto por três voltas não é fácil e, para atingir um tempo a rondar os 36 minutos, teria de percorrer cada volta em cerca de 12 minutos. Na primeira ainda cumpri esse tempo - 11m53s - mas na segunda não consegui manter essa cadência e o tempo baixou para 12m48s, por fim na última estabilizei no ritmo anterior e contabilizei 12m43s.</div><br /><div align="justify"></div><div align="justify"><span style="font-size:130%;">ARITMÉTICA:</span></div><div align="justify">Registei um tempo final de 37m24s para cobrir a distância de 9,9 km, cujo saldo se cifrou num 35º lugar na classificação entre os 155 atletas que terminaram a prova.</div><div align="justify"></div><br /><div align="justify"><span style="font-size:130%;">O MELHOR:</span></div><div align="justify">Um número significativo de público e o entusiasmo gerado na zona de partida e chegada!</div><div align="justify"></div><br /><div align="justify"><span style="font-size:130%;">O PIOR:</span></div><div align="justify">O percurso composto por 3 voltas iguais torna-se demasiado monótono para os atletas. O menor número de atletas relativamente ao ano anterior, facto que deve à coincidência de à mesma hora, estar a ser disputado o Campeonato Regional de Estrada em Vila Nova de Famalicão.</div><div align="justify"></div><br /><div align="justify"><span style="font-size:130%;">RETRATO:<img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 353px; DISPLAY: block; HEIGHT: 400px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5482953207740294018" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-WatmtuU6Jn2ezfYgVWaD51TDl1yt0JmKgoVLbjy3fxxZhu5SOYwYxU4BTbt4dMC87okPdZhH9mAvWmbGqpQGmlvCU9W-7Grn8jl2yzzsi4R8gbw216FaBu6YdmkapJ4VVphEQcqLeE_i/s400/BlogTaipas2010_rec.JPG" /></span></div></div></div>José Capelahttp://www.blogger.com/profile/11921934988240038629noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2209367498765510577.post-7890793053750465132010-06-01T21:42:00.014+01:002010-06-01T22:28:57.916+01:00XI Famalicão - Joane<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9lRoqBDeFD4csdo5Z-gMnwXm9q8q5-fw3ZJATf1wkPQ1sH8odYWVjEUO0DLAgcO3vJYsB9pKsjlo3p5y_iw7Ln0C5N_MXOZfvgDTJB_JDiiB_WpnwyzGN56G4c9EtlQOwXvi-P2cz3Ung/s1600/BlogJoaneTitulo2010.png"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; DISPLAY: block; HEIGHT: 128px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5477917094970057906" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9lRoqBDeFD4csdo5Z-gMnwXm9q8q5-fw3ZJATf1wkPQ1sH8odYWVjEUO0DLAgcO3vJYsB9pKsjlo3p5y_iw7Ln0C5N_MXOZfvgDTJB_JDiiB_WpnwyzGN56G4c9EtlQOwXvi-P2cz3Ung/s400/BlogJoaneTitulo2010.png" /></a> <div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div><span style="font-size:130%;">CITAÇÃO:</span></div><div align="justify"><em>"Promover o desenvolvimento da comunidade, articulando diferentes áreas de actuação, numa lógica de promoção integral na população, através da cultura, saúde, ambiente, desporto, educação e solidariedade social."</em></div><div>Retirado do <a href="http://www.atc.pt/">site do ATC</a> - Missão</div><br /><div></div><div><span style="font-size:130%;">CURIOSIDADE:</span></div><div align="justify">A corrida Famalicão - Joane vai já na sua 11º edição. A organização como sempre (e muito bem) esteve a cargo do ATC - Associação Teatro Construção. A história desta associação é notável. Na génese da sua criação esteve o gosto pelo teatro de um grupo de jovens nos anos 70 e com o decorrer do tempo alargou a sua actuação a actividades de cariz social. Hoje é uma importante I.P.S.S. do distrito, que oferece à população de Joane uma vasta gama de serviços sociais, culturais e desportivos de excelente qualidade, desde a infância à terceira idade, sem esquecer a juventude.</div><div align="justify">A instituição soube transpor os ideais expressos na missão... as palavras saíram do papel e tornaram-se realidade!<br /><br /></div><div align="justify"></div><div><span style="font-size:130%;"></span></div><div><span style="font-size:130%;"></span></div><div><span style="font-size:130%;">ARQUIVO:</span></div><div align="justify">Ia ser a 6ª. vez que participava nesta corrida que ao longo dos anos sofreu algumas alterações no percurso e também nas distâncias.</div><div align="justify">Assim,</div><div align="justify">2002 - (1o,8 km) - 41m15s</div><div align="justify">2003 - (10,8 km) - 41m28s</div><div align="justify">2004 - (15 km) - 59m46s</div><div align="justify">2006 - (11,8 km) - 52m24s</div><div align="justify">2009 - (11,8 km) - 43m05s</div><br /><div align="justify"></div><div><span style="font-size:130%;">RESENHA:</span></div><div align="justify">Após a ressaca da seca que marcou a Meia-Maratona do Douro e um período de grande azáfama na minha actividade profissional, o que além de me retirar tempo para me dedicar ao treino como deveria, roubou-me algumas horas de sono, essenciais para uma boa recuperação muscular. Assim, apresentei-me para esta corrida com objectivos modestos e sem grandes preocupações de tempo - a intenção era chegar ao final sem estar muito fatigado. Fiz a totalidade da corrida na companhia do meu amigo Manuel Mendes, desta vez sem entrarmos em competição, seguimos estrada fora, num ritmo forte mas longe do que recentemente fizemos e obviamente no que a breve prazo poderemos repetir!<br /><br /></div><div align="justify"><span style="font-size:130%;"></span></div><div align="justify"><span style="font-size:130%;">ARITMÉTICA:</span></div><div align="justify">Cortei a a linha de chegada com o tempo de 45m04s para os 11,8 km do percurso que se saldou num 33º lugar na geral, entre os 401 atletas que concluíram a prova.<br /><br /></div><div align="justify"></div><div><span style="font-size:130%;"></span></div><div><span style="font-size:130%;"></span></div><div><span style="font-size:130%;">O MELHOR:</span></div><div align="justify">A corrida começou às 10h15m e já se sentia algum calor, todavia a organização dispôs para os atletas 3 pontos de abastecimento ao longo do trajecto, que recordo foi de 11,8 kms. Seria bastante interessante que outras organizações aprendessem como se deve proceder aos abastecimentos nas corridas.</div><br /><div align="justify"></div><div><span style="font-size:130%;">O PIOR:</span></div><div align="justify">Este ano a corrida não teve a aderência de atletas de outros tempos! Sinceramente fiquei admirado e não me parece que a redução do valor dos prémios monetários nos lugares da classificação geral seja seja o principal motivo da ausência dos atletas do pelotão. Talvez o elevado número de provas existente nos meses de Maio e Junho explique alguma coisa.<br /><br /></div><div align="justify"></div><div><span style="font-size:130%;"></span></div><div><span style="font-size:130%;">RETRATO:<img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; DISPLAY: block; HEIGHT: 266px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5477916078415381058" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEioRvCiGhmwXEDBETSU447Xal7AbJxaBVwq-s5Y4MFyY2U5XJZxxf2fxG20nV0D4Y-oBnoKltvUtCXGzMCFZ3lPOMsA1hO4SAJbJuqzonycKALCdmxMkC-QWfFI7mdf9pyz_grnsau6keW3/s400/BlogFotoFamalicaoJoane2010.jpg" /></span></div>José Capelahttp://www.blogger.com/profile/11921934988240038629noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2209367498765510577.post-91607366497690992762010-05-25T22:01:00.012+01:002010-05-26T10:29:07.978+01:005ª Meia-Maratona do Douro Vinhateiro<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLiTFVDCrj6CsCDoj-cOw7h7oayTKeRLw8n9MreRJ74IjOCMBPNzkmonidJ3qkY7Lbj4huWDQTgA4HKu92pbnNSy_0bZvcGEX0_2yXSRq1excXoKApnneBnPDJjHfFu3S0hhEFX3UO3XJk/s1600/BlogDouro2010banner.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 403px; DISPLAY: block; HEIGHT: 143px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5475329406737563826" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLiTFVDCrj6CsCDoj-cOw7h7oayTKeRLw8n9MreRJ74IjOCMBPNzkmonidJ3qkY7Lbj4huWDQTgA4HKu92pbnNSy_0bZvcGEX0_2yXSRq1excXoKApnneBnPDJjHfFu3S0hhEFX3UO3XJk/s400/BlogDouro2010banner.jpg" /></a> <div><div align="justify"><span style="font-size:130%;">CITAÇÃO:</span></div><div align="justify">"A mais bela corrida do mundo!" (...e a pior organização do planeta!)</div><br /><div align="justify"></div><div align="justify"><span style="font-size:130%;">CURIOSIDADE:</span></div><div align="justify">5ª MEIA MARATONA DO DOURO VINHATEIRO - Regulamento</div><div align="justify"><em>"17. Os abastecimentos serão assegurados pela organização em cada 5 kms, sendo que os bombeiros farão refrigeração com chuveiros caso seja necessário."</em></div><br /><div align="justify"><em></em></div><div align="justify">No site da prova, <a href="http://www.meiamaratonadouro.com/">http://www.meiamaratonadouro.com/</a>, retirei a seguinte notícia aquando da apresentação oficial no dia 6 de Maio de 2010.</div><div align="justify"><em>"A EDP 5ª Meia Maratona do Douro Vinhateiro será disputada ao longo do Rio Douro, num percurso totalmente plano, acessível a todos, que liga o Pinhão e o Peso da Régua, numa das mais belas estradas do Mundo. Diferencia-se por ser o único evento a nível mundial que oferece a todos os participantes, para além de água e bebidas energéticas, Vinho do Porto nos abastecimentos de cinco em cinco quilómetros."</em></div><br /><div align="justify"><em></em></div><div align="justify"><span style="font-size:130%;">ARQUIVO:</span></div><div align="justify">Este ano disputava-se a 5ª edição e eu tinha participado no ano anterior, tendo registado o tempo de 1h19m26s.</div><div align="justify"></div><br /><div align="justify"><span style="font-size:130%;">RESENHA:</span></div><div align="justify">Em 8 anos que levo de dedicação à modalidade, como atleta do pelotão e com dezenas de meias-maratonas nas pernas, não julagava ser possível assistir a tamanha desorganização. A negligência foi tão grave que falhou no que de mais elementar deve existir numa corrida - a segurança e os abastecimentos aos atletas. Estava muito calor, seguramente uns 30 graus, mas isto não serve de desculpa para o crasso erro cometido!</div><div align="justify">A corrida não ia dar para grandes aventuras, pelo que parti com ambições de fazer um tempo dentro da 1h20m-1h22m. Primeiros kms corridos dentro da normalidade e ao ritmo desejado, mas desde logo se sentiu que a tarefa não ia ser fácil! No primeiro abastecimento, pouco antes dos 5 kms, ia inserido num grupo de uma dúzia de atletas e aqui foi dado o primeiro sinal que as coisas não iam correr bem. Dosi adolescentes entregaram água com muita dificuldade aos atletas, uma vez que a maioria das garrafas ainda estavam nas 'paletes' de plástico! Aos 5 kms registei o tempo de 19m20s, o calor aumentava e o objectivo inicial começava a ficar comprometido. Por volta dos 8 kms novo abastecimento muito mal assinalado e com pouco água disponível, no entanto ainda tive direito a uma garrafinha, embora estivesse como caldo, mas não deixava de ser água.</div><div align="justify">O meu ritmo começou a cair e passei os 10 kms com 39m40s, imaginando que haveria um abastecimento por esta altura, ou um pouco mais à frente, mas nada! Continuei a abrandar o ritmo até junto à barragem e nem sombras de abastecimentos - um fotógrafo, um militar da G.N.R e um operador de imagem da R.T.P. era o que por ali existia. Reduzi ainda mais o ritmo, correr com aquele calor e sem ter oportunidade de me refrescar seria sinónimo de sofrimento. Gosto de competir mas com condições para tal. Já não fazia grandes contas ao tempo final que iria registar, deixei-me deslizar admirando a imensidão do Douro e a pensar na ironia de estar a correr junto a um rio e a sentir a falta de água!</div><div align="justify">Quando dobrei os 15 kms com o meu cronómetro a assinalar 1h0015s e ao constatar que também aqui não havia abastecimento, desliguei-me por completo da corrida! Passaram atletas por mim, passei também por alguns que deixaram de correr e passaram a caminhar e todos vociferavam palavrões e impropérios contra a organização. Pouco antes de chegar à ponte, cerca dos 17 kms, havia vestígios da existência de um abastecimento, mas já não sobrava nada, apenas garrafas vazias espalhadas pelo chão!</div><div align="justify">A sorte é que a partir daqui tinha gente a asistir ou que ainda ia na caminhada, que começaram a auxiliar os atletas dando-lhes água conforme tinham e podiam, pois era tanta a procura para tão escassa oferta. Um amigo que participava na caminhada deu-me dois goles de uma pequena garrafa, disse-lhe para guardar o restante para os que vinham mais atrás, pois comecei a ter a percepção do drama que estava a acontecer aos atletas mais lentos. Fui até à meta, bem devagar, o menos desconfortável possível, concluindo assim esta triste corrida.</div><div align="justify">Em poucos minutos, comecei a sentir a revolta de todos os atletas contra a organização devido à falta de água a partir dos 8 kms de corrida, que crescia à media que iam chegando. O que se passou a seguir foi demasiado mau para ser verdade, atletas exaustos e desidratados a insultar a organização e estes a procederem como se fosse normal! Inacreditável!</div><div align="justify">Retirei-me e depois constatei que fiz bem, porque as cenas seguintes foram extremamente degradantes e desprestigiantes para a modalidade!</div><div align="justify"></div><br /><div align="justify"><span style="font-size:130%;">ARITMÉTICA:</span></div><div align="justify">O tempo final que fiz - 1h28m45s - pouco importa!</div><div align="justify">Gosto muito de corrida e também da região do Douro. Criei um enorme entusiasmo em volta desta 'meia' e o meu clube aderiu em massa ao evento. Estivemos representados na corrida com 35 atletas, uns mais rápidos, outros mais lentos e ainda contamos com 25 pessoas na caminhada, pelo que registei os seus relatos e todos foram unãnimes em afirmar a incompetência e o crime da falta de água durante a corrida.</div><div align="justify">Eu e mais alguns ainda tivemos direito a água até aos 8 kms, a maior parte só no primeiro abastecimento e ainda houve dois atletas que nem neste ponto conseguiram o precioso líquido. Recordo que pagamos de inscrição 14 € por cada atleta da 'meia' e 4 € por cada um que fez a caminhada.</div><div align="justify"></div><br /><div align="justify"><span style="font-size:130%;">O MELHOR:</span></div><div align="justify">O auxílio prestado pelos moradores e participantes da caminhada aos atletas!</div><br /><div align="justify"></div><div align="justify"><span style="font-size:130%;">O PIOR:</span></div><div align="justify">A organização - Do mais incompetente e negligente durante a corrida, colocando em perigo a saúde e a vida de muitos atletas!</div><div align="justify">Não satisfeita, mais tarde, não tendo a humildade de reconhecer os erros e tentando branquear tudo o que se passou, demonstrou pouca seriedade e profissionalismo!</div><div align="justify">Penso poder afirmar em nome de todos os membros do meu clube - enquanto a prova estiver entregue à empresa que organizou o evento, jamais voltaremos a correr ou a caminhar na Régua.</div><br /><div align="justify"></div><div align="justify"><span style="font-size:130%;">RETRATO:<img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; DISPLAY: block; HEIGHT: 300px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5475328621505971426" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh12WTyd2X6X79Q7xdqrYCPfXkRxYEvuOsoW7cMGTYJZDMhJXdA4l_L1VQOu7azMY-eEP4NtcAPkZX1LD57CYZoRsYTiMdRkR8QUIC-bYWJPD6FJf2q4JosugE9ujfiQrYajFBTheMft05m/s400/BlogDouro2010Final.jpg" /></span></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div></div>José Capelahttp://www.blogger.com/profile/11921934988240038629noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-2209367498765510577.post-3619925408242755692010-05-17T21:47:00.009+01:002010-05-18T10:33:45.784+01:004º Grande Prémio da Marginal<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGHO9wF25GXQosKj2etyqxvTkNtZLDdjGZkpoMQs2jLWQxXk-l-XCPOjKiCK68cqwp8cafWpvCycCmAY3d1r6AT-FWrE0Pu9vrD9N7Le7y8f6XtI8UaJu5lxmQRfplw6ME_T2aPXuMK8nB/s1600/banner_siteMarginal2010.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; DISPLAY: block; HEIGHT: 175px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5472351311302672850" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGHO9wF25GXQosKj2etyqxvTkNtZLDdjGZkpoMQs2jLWQxXk-l-XCPOjKiCK68cqwp8cafWpvCycCmAY3d1r6AT-FWrE0Pu9vrD9N7Le7y8f6XtI8UaJu5lxmQRfplw6ME_T2aPXuMK8nB/s400/banner_siteMarginal2010.jpg" /></a> <div><div><span style="font-size:130%;">CITAÇÃO:</span></div><div>"Isto é uma corrida de solidariedade!"</div><br /><div><span style="font-size:85%;"></span></div><div><span style="font-size:130%;">CURIOSIDADE:</span></div><div align="justify">O Grande Prémio da Marginal é uma corrida disputada entre as margens da Póvoa de Varzim e Vila do Conde, alternando anualmente a partida e chegada em cada uma das cidades. O evento, que além da prova de atletismo, conta ainda com uma caminhada e, este ano, foi também introduzido um passeio de bicicleta, para reunir o maior número de pessoas, afim de angariar fundos com as respectivas inscrições para a Associação Portuguesa de Paramiloidose. A paramiloidose é mais conhecida por doença dos "pezinhos", devido aos primeiros sintomas serem um constante formigueiro nos pés e aliado a uma perda de sensibilidade ao frio e calor. Esta doença é hereditária, crónica e progressiva e tem uma enorme incidência nas populações de Vila do Conde e da Póvoa de Varzim.</div><br /><div align="justify"></div><div align="justify"><span style="font-size:130%;">ARQUIVO:</span></div><div align="justify">Este ano disputava-se a 4ª edição e eu tinha participado nas duas primeiras.</div><div align="justify">Assim, </div><div align="justify">2007 - 36m38s</div><div align="justify">2008 - 35m51s</div><br /><div align="justify"></div><div align="justify"><span style="font-size:130%;">RESENHA:</span></div><div align="justify">As corridas de 10 kms não são as minhas favoritas. Gosto de distâncias maiores, pois dão-me mais gozo por não acabarem tão depressa! Atendendo ao meu momento actual de forma e à rapidez do percurso, tinha como objectivo fazer a prova pelos 36 minutos, dividindo em 18 minutos cada 5 kms. Infelizmente, não esteve tanta gente como em anteriores edições pelo que a partida foi feita sem qualquer problema. Este ano a partida e chegada eram na Póvoa, logo os primeiros 5 kms em direcção a Vila do Conde foram corridas com a preciosa ajuda do vento a favor, tendo contabilizado no retorno o tempo de 17m48s. Obviamente, no regresso com o vento contra e o natural desgaste da corrida não foi possível manter o mesmo ritmo e os segundos 5 kms sofreram uma quebra registando um tempo de 18m16s.</div><br /><div align="justify"></div><div align="justify"><span style="font-size:130%;">ARITMÉTICA:</span></div><div align="justify">Completei a corrida com o tempo final de 36m04s, sendo o 13º classificado na geral entre os 436 atletas que terminaram a prova; no escalão M45, quedei-me apenas pelo 5º lugar entre os 75 participantes. Os veteranos estiveram em grande! Destaco também a participação do meu clube, N.A.TAIPAS, com 33 atletas, que obteve o 2º lugar colectivamente entre as 35 equipas inscritas.</div><br /><div align="justify"></div><div align="justify"><span style="font-size:130%;">O MELHOR:</span></div><div align="justify">O magnífico percurso onde se desenrola a corrida, sempre com o mar ali ao lado!</div><br /><div align="justify"></div><div align="justify"><span style="font-size:130%;">O PIOR:</span></div><div align="justify">A fraca adesão dos atletas do pelotão. Pela causa, esta corrida merecia um número muito mais elevado de participantes. Talvez se a organização seguisse o exemplo de algumas corridas com fins idênticos que se realizam no Porto, de associar uma marca desportiva ao evento conseguisse atrair mais atletas e consequentemente mais fundos para tão nobre causa.</div><div align="justify"></div><br /><div align="justify"><span style="font-size:130%;">RETRATO:</span></div><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; DISPLAY: block; HEIGHT: 300px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5472350748435255474" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtMbr1ebci2ff_-2yp-CVcl2aFKEMYURlAhy_m_ypZWfBB0jA-xbO5lVJf2DnKOEaGEGOHOdyHFnJ9-7QtRggAbQQ9uo614abmTkCk2j8n_47RUoD2Eqekn0t_B98r4l4lv8MZKvD4mw-r/s400/DSC04491.JPG" /> <div align="justify"></div><div align="justify"></div></div>José Capelahttp://www.blogger.com/profile/11921934988240038629noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2209367498765510577.post-3710914943332194932010-05-10T21:40:00.021+01:002010-05-11T12:40:35.572+01:00XXVI Meia-Maratona de Cortegaça<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg4WRtSwr-DWZ6InDJE_f26_QP5fJlvCRenz1gIourWXUrEmH0ayxaQqOC_1iO3OMJrz180EbbSPuG96qcOr4b_1m0HhYvDHS8LBxAgr75r7uGuHLh5w-ZeKxSw-xeXu3qHTtMXc5r5tdbY/s1600/PraiaCort...jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; DISPLAY: block; HEIGHT: 167px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5469750313678957170" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg4WRtSwr-DWZ6InDJE_f26_QP5fJlvCRenz1gIourWXUrEmH0ayxaQqOC_1iO3OMJrz180EbbSPuG96qcOr4b_1m0HhYvDHS8LBxAgr75r7uGuHLh5w-ZeKxSw-xeXu3qHTtMXc5r5tdbY/s400/PraiaCort...jpg" /></a> <span style="font-size:130%;"><strong>CITAÇÃO:</strong></span><br />"Entre o mar e a floresta"<br /><br /><span style="font-size:130%;"><strong>CURIOSIDADE:</strong></span><br /><div align="justify">Não fosse a meia-maratona ali disputada, talvez eu nunca fosse visitar a vila de Cortegaça!</div><div align="justify">Tem uma bonita praia, frequentada por surfistas, devido às características das suas ondas. Se não padecesse do vento que fustiga as praias do norte, seria perfeita!</div><div align="justify">Ao largo da praia uma mata verdejante de pinheiros, além de valorizar a paisagem, dão um aroma ao ar que dá prazer respirar!</div><br /><div align="justify"></div><div align="justify"><span style="font-size:130%;"><strong>ARQUIVO:</strong></span></div><div align="justify">Desde os primeiros passos nas meias-maratonas, esta fez quase sempre parte do meu calendário de corrida.</div><div align="justify">Assim,</div><div align="justify">2002 - 1h25m40s</div><div align="justify">2003 - 1h26m08s</div><div align="justify">2004 - 1h23m55s</div><div align="justify">2005 - 1h20m20s</div><div align="justify">2007 - 1h20m49s</div><div align="justify">2008 - 1h19m21s</div><div align="justify"></div><br /><div align="justify"><span style="font-size:130%;"><strong>RESENHA:</strong></span></div><div align="justify">Quatro semanas após a Maratona de Roterdão e sem esquecer que a partir de agora e até ao dia 4 de Julho, todos os domingos, irei apresentar-me em corridas de distâncias que variam entre os 10 kms e a meia-maratona, estava decidido em não puxar muito pelas pernas. O objectivo era tentar manter um ritmo de 3m45s/km de modo a concluir dentro da 1h19m. Assim, tudo correu dentro do previsto, com cada parcial de 5 kms a serem corridos entre os 18m20s e os 18m40s. Nem o meu amigo Manuel Mendes, que a partir dos 12 kms acelerou, me conseguiu fazer alterar o objectivo. A procissão das corridas ainda vai no adro e as pernas querem que esta autêntica via sacra seja feita em crescendo e com prazer e nunca um calvário!</div><br /><div align="justify"></div><div align="justify"><strong><span style="font-size:130%;">ARITMÉTICA:</span></strong></div><div align="justify">Completei a 57ª meia-maratona da minha carreira com o tempo final de 1h18m55s, cujo saldo foi o 56º lugar entre os 575 atletas que terminaram a prova ; no escalão M45, quedei-me pelo 10º posto, entre 111 participantes.</div><br /><div align="justify"></div><div align="justify"><strong><span style="font-size:130%;">O MELHOR:</span></strong></div><div align="justify">A maior parte do percurso desenrola-se numa estrada no interior da mata, em muitos kms apenas a batida dos pés no alcatrão quebravam o silêncio.</div><br /><div align="justify"></div><div align="justify"><strong><span style="font-size:130%;">O PIOR: </span></strong></div><div align="justify">É de lamentar a morte de um atleta de 40 anos - à família e amigos os meus mais sinceros pêsames.</div><div align="justify"></div><br /><div align="justify"><strong><span style="font-size:130%;">RETRATO:</span></strong></div><div align="justify"></div><div align="justify"><span style="font-size:130%;"></div></span><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 401px; DISPLAY: block; HEIGHT: 282px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5469751088081946690" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj3ly76ybkxPK5WLkBi0SohBS9Dw6UeeeSPh2mp2mTRNJEsp60eDqV-KGyrl_iCISRmzLoxB3sES23WIgJSsOWwhr9gyCpIPdNKEiSEIAVgTvnT97mwx02daaEc-H1KbcAXtIwwM5MGC7gq/s400/DSC04424-Rec.jpg" /> </div>José Capelahttp://www.blogger.com/profile/11921934988240038629noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2209367498765510577.post-66857116996736431832010-04-19T22:35:00.018+01:002010-04-20T10:14:57.425+01:00Maratona de Roterdão: "A criar vencedores há 30 anos!"<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiG0J1zdjr_LfIGrTGOoeAomMYHsxoSNdLogwALbBeAGMzYKMtHgX4jGMyqdwaljUGzJ2wUdH0UMiSIuorHkWOvBru6wUK5RCCqwX3QlwrR2Ujtc7kzanRA5HwYp_N5QzhsKCiXD_bl58fM/s1600/Datum-digid.gif"><img style="WIDTH: 181px; HEIGHT: 249px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5461977716287307138" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiG0J1zdjr_LfIGrTGOoeAomMYHsxoSNdLogwALbBeAGMzYKMtHgX4jGMyqdwaljUGzJ2wUdH0UMiSIuorHkWOvBru6wUK5RCCqwX3QlwrR2Ujtc7kzanRA5HwYp_N5QzhsKCiXD_bl58fM/s400/Datum-digid.gif" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiOtVP8LpaG5XOjn7KmtvZ5_GSaT717sU5T_qCAD927v-dqdRlTJpNk_khSv9TK3q9fkCgtAVlLOe_ZAx7ETM92L-qH65dE5WOBDCWDsi7WALTquEPnAZcJ9g_eM5gJdJhsreAyn-04kJSZ/s1600/FMR_30_home.jpg"><img style="WIDTH: 189px; HEIGHT: 249px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5461977807150093474" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiOtVP8LpaG5XOjn7KmtvZ5_GSaT717sU5T_qCAD927v-dqdRlTJpNk_khSv9TK3q9fkCgtAVlLOe_ZAx7ETM92L-qH65dE5WOBDCWDsi7WALTquEPnAZcJ9g_eM5gJdJhsreAyn-04kJSZ/s400/FMR_30_home.jpg" /></a><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhz4fBOs9tBWN_R1fDfn1u_kyQWdO3B-nRX2rG7GzO-kCicYKuWYb64efsRBn-b93ALnrKO930GBM86tEJSW-SOrKrRz2pHDQp_v19II_uo5SQourxfVqkm2rl7uiEbm-dzh94IWOpI3j40/s1600/FMR_wimpel_home%5B1%5D.jpg"><img style="WIDTH: 381px; HEIGHT: 66px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5461978037818481074" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhz4fBOs9tBWN_R1fDfn1u_kyQWdO3B-nRX2rG7GzO-kCicYKuWYb64efsRBn-b93ALnrKO930GBM86tEJSW-SOrKrRz2pHDQp_v19II_uo5SQourxfVqkm2rl7uiEbm-dzh94IWOpI3j40/s400/FMR_wimpel_home%5B1%5D.jpg" /></a><br /><br /><div><div><div><div><div><div align="justify">Finalmente, o post!</div><br /><div align="justify">Após a maratona permaneci no país das tulipas mais uns dias a gozar umas mini-férias! Por pouco ia ter que prolongá-las, mas por umas escassas horas consegui escapar à nuvem de cinzas que está a provocar o caos no espaço aéreo da Europa e regressei a Portugal.</div><br /><div align="justify"></div><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 240px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5461974506626258370" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8XANHle_Bc241iR_lAudNlKys6_tuOgo0thckLQJYuHxbTPSbP8mziY6UzhistCOvCapGO0jTUs9BEdKIrp0CTt6BK5hUWv92G-J4ac_x8X20aRv9lXcfedhmN9CiD4Xf3VQauzLcuBKw/s320/DSC04047.JPG" /> <div align="justify"></div><div align="justify">Pela terceira vez corri a Maratona de Roterdão. Em 2005 numa manhã de chuva ali completei a minha 2ª maratona, repleta de êxito. Voltei em 2007, com mais duas nas pernas e com aspirações a fazer um bom tempo, contudo uma onde de calor que invadiu a Holanda por aqueles dias, a minha falta de experiência e a teimosia em não redefinir os objectivos atendendo às circunstâncias climatéricas, ditaram a minha pior prestação em maratonas e uma corrida em que terminei com grande sacrifício e desilusão!</div><div align="justify"></div><br /><div align="justify">Apesar de tudo tinha prometido voltar! Como este ano a Fortis Marathon Rotterdam comemorava os 30 anos achei que era a ocasião apropriada para marcar novamente presença. Tenho família e amigos na Holanda que, além de me estimar muito, apreciam os atletas que correm uma maratona. Todos foram excepcionais no apoio que me deram nos vários pontos do percurso. Ouvi mais vezes "Força...go José!" durante esta corrida do que em todas as provas que já fiz em Portugal.</div><br /><div align="justify"></div><div align="justify">A manhã estava fria e cinzenta e pior que isso, ventosa! Depois de tomar um café expresso comecei o meu aquecimento 40 minutos antes do início da corrida. Estava mesmo bastante frio pelo que o melhor era movimentar-me para aquecer! Quando faltavam 15 minutos para o tiro de partida dirigi-me para o lugar que me era destinado e deixei-me ficar no meio da multidão para ver se me protegia melhor do vento frio que teimava em não amainar.</div><br /><div align="justify"></div><div align="justify">Como escrevi por aqui, tinha fixado o objectivo de chegar nas 2h45m. Talvez por influência da minha última prestação naquele mesmo lugar, achei que não deveria modificar muito o objectivo, mas introduzir algumas condições. Assim, a primeira era tentar seguir num grupo a um ritmo na ordem dos 3m55s/km até sensivelmente a meio, tentando deste modo evitar o desgaste acrescido que correr com vento provoca quando seguimos sozinhos. Depois reavaliava a situação, a forma como me sentia e redefinia a abordagem para a segunda parte da corrida, sem nunca esquecer que numa maratona o decisivo é o que se vai passar a seguir aos 30 kms.</div><br /><div align="justify"></div><div align="justify">No tapete de controlo da meia-maratona registei o tempo de 1h22m49s. Agradou-me, uma vez que me deixei ir na cauda de um grupo gerindo sem qualquer problema o esforço até então dispendido. No entanto, por volta do 23º km o grupo começou a baixar ligeiramente o ritmo, era justo ser eu a ir para a frente puxar e assim pensei, assim o fiz! Comandando o pelotão de uma dúzia de atletas, tentei abanar um bocadinho a corrida para ver se o ritmo não esmorecia, aumentei a cadência, mas o grupo não foi na minha onda pelo que ganhei uma distância de uns 20 metros e fiquei sozinho. Neste momento teria de tomar uma decisão - ou me faria estrada fora entregue a mim ou desacelerava e integrava novamente o grupo. Uma rajada forte de vento que se fez sentir naquele preciso momento tomou a decisão por mim, ainda não era a hora de avançar, voltei ao grupo, só que desta vez não fui para a retaguarda, fiquei na linha da frente.</div><br /><div align="justify"></div><div align="justify">Mais uns kms e o grupo começou a decompor-se, na passagem do 28º km seguia na roda de apenas três atletas. Um deles fez-me sinal para tomar a dianteira de forma a dar-lhe alguma proteção do vento. Não recusei a proposta e cheguei-me à frente e comecei a impor um ritmo de modo que não baixasse dos 4m00s/Km. Assim, nos 10 kms finais estava sozinho, no entanto sentia-me bem e ia procurar manter aquele ritmo até final. Dobrei imensos atletas que iam em perda. Este facto aliado aos imensos aplausos com que ia sendo brindado e que cresciam à medida que me aproximava da meta, foram um excelente incentivo para que as pernas continuassem leves e soltas. </div><br /><div align="justify"></div><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 375px; DISPLAY: block; HEIGHT: 363px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5461979407992677250" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAFvQTV7O43WzbQfD8595FBif4HoYHUuwR3IU-NN61XQu7uac6wN0B7eVEdlzGVfzBbjl_m3isi7CMgZ18clr49ERWOZLRdOJZVReNE2RPxFSOxXpSBGTUOQrvQ8wwBdRhvyS3_sDQauPD/s400/IMG_0755-rec.jpg" /> <div align="justify">Sem grande esforço, sem o desgaste sentido em outras maratonas, no dia 11 de Abril concluí pela 11ª vez a prova rainha do atletismo. O tempo final foi de 2h47m11s e a sensação que podia ter feito melhor! No entanto fiquei bastante feliz e parafraseando um companheiro das corridas "Melhores, são os que melhoram!" - O meu record na distância melhorou 36 segundos!</div><div align="justify"></div><br /><div align="justify">Estando bem preparado, a maratona é um passeio de 30 kms, uma prova de 12 kms e por fim uma série de 195 metros!</div><br /><div align="justify"></div><div align="justify">Como devem calcular tenho enorme simpatia por esta maratona. A partida dada por um tiro de canhão, o numeroso público ao longo de todo o percurso, em particular na ponte Erasmus e na recta da meta, a afectividade e a simpatia que a família e os amigos me brindam durante a corrida, são motivos mais que suficientes para que, num futuro próximo, regresse mais uma vez.</div><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiy9h0NrzZsQlG3NdMalHoryCZxDJ-buFB_qX13pFlmfE0v1yEBn_8LhEVOWOo-iDF5zEymV7wX2mFtqUT6WV7IDO08lHh8iqPmqzrVmefTnbP_yPSVjWxy1OIebQ9mgXxy63xvZQMV5WCv/s1600/FMR_2010_Event_08-Canhao.jpg"><img style="WIDTH: 193px; HEIGHT: 147px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5461975539709408610" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiy9h0NrzZsQlG3NdMalHoryCZxDJ-buFB_qX13pFlmfE0v1yEBn_8LhEVOWOo-iDF5zEymV7wX2mFtqUT6WV7IDO08lHh8iqPmqzrVmefTnbP_yPSVjWxy1OIebQ9mgXxy63xvZQMV5WCv/s400/FMR_2010_Event_08-Canhao.jpg" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGwwWgDO0GcKVO8_RP_rfLtAoCpnJqWm_RQfb79LsNcszbTk09Pg0huKAG7XF3fjmfQzzeHMKAKL-lxNtJUuMfOAn3akjLf24WSWSnNQFqjn5228OMDkw4oJsjMqx7OdIVM29jxI9IqFn3/s1600/FMR_2010_Event_27-Meta.jpg"><img style="WIDTH: 198px; HEIGHT: 147px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5461975682159565074" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGwwWgDO0GcKVO8_RP_rfLtAoCpnJqWm_RQfb79LsNcszbTk09Pg0huKAG7XF3fjmfQzzeHMKAKL-lxNtJUuMfOAn3akjLf24WSWSnNQFqjn5228OMDkw4oJsjMqx7OdIVM29jxI9IqFn3/s400/FMR_2010_Event_27-Meta.jpg" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwQOuQSpBCeYoVHwR7vG0-kBxgk79GKo7oAqgaVLWssIEntniVFstRfShzQif803BKICBfJSIfuz3lEgdSKO49xJMhyphenhyphenAt7VuTBbxY_kprzyGDNewdiyNJUVp6KwhRz94dUhV_D4qX1r_41/s1600/P1060447.JPG"><img style="WIDTH: 400px; HEIGHT: 300px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5461976997033238978" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwQOuQSpBCeYoVHwR7vG0-kBxgk79GKo7oAqgaVLWssIEntniVFstRfShzQif803BKICBfJSIfuz3lEgdSKO49xJMhyphenhyphenAt7VuTBbxY_kprzyGDNewdiyNJUVp6KwhRz94dUhV_D4qX1r_41/s400/P1060447.JPG" /></a><br /><div align="justify"></div><div align="justify">Está prometido!</div><div align="justify">Haja pernas!!!</div></div></div></div></div></div>José Capelahttp://www.blogger.com/profile/11921934988240038629noreply@blogger.com15tag:blogger.com,1999:blog-2209367498765510577.post-19537938759461402462010-03-23T21:27:00.014+00:002010-03-23T22:05:37.177+00:00A peregrinação no caminho para Roterdão.<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcZtp9zKydn57Nb27TZuH7q8mC2qK14EZ2AR4SRGakv80wobZ-JgJYVjdHVL6yAgiINZJBa4B6emBKt9SAXNAzF3s7n-QFoNAETrnVcQjI-opF-MeSDA4uKWnUKKChWVmHG_Ifa6xHGAXA/s1600-h/20MMM2010Logo.bmp"><img style="WIDTH: 186px; HEIGHT: 239px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5451950866611270162" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcZtp9zKydn57Nb27TZuH7q8mC2qK14EZ2AR4SRGakv80wobZ-JgJYVjdHVL6yAgiINZJBa4B6emBKt9SAXNAzF3s7n-QFoNAETrnVcQjI-opF-MeSDA4uKWnUKKChWVmHG_Ifa6xHGAXA/s320/20MMM2010Logo.bmp" /></a> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggBLk3PwvsoJkBUh4my5zzblVldyj7AGw7sw8wJgn_kwKAasOk2O6V16x6EXmTJUxMuTf8TpvBpcVWFCbjOjHrIIvSiU9Ds7CtnJGhHKQXjl2Z52GqsTBkRr2SjRluiQKORnRcjoeFzNg4/s1600-h/MaratonaRoterdao.gif"><img style="WIDTH: 192px; HEIGHT: 239px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5451950956356197682" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggBLk3PwvsoJkBUh4my5zzblVldyj7AGw7sw8wJgn_kwKAasOk2O6V16x6EXmTJUxMuTf8TpvBpcVWFCbjOjHrIIvSiU9Ds7CtnJGhHKQXjl2Z52GqsTBkRr2SjRluiQKORnRcjoeFzNg4/s320/MaratonaRoterdao.gif" /></a><br /><div align="justify">A Meia-Maratona de Lisboa fez 20 anos! A 'meia' da ponte como é carinhosamente tratada pelos atletas do pelotão, através do mediatismo adquirido ao longo dos anos e da magia da travessia do rio Tejo sobre a majestosa Ponte 25 de Abril, é das coisas que qualquer corredor tem mesmo de experimentar, pelo menos uma vez na vida! Assim, ao longo dos anos foi crescendo, até chegar à bonita soma de 35 mil participantes! O tabuleiro da ponte repleto de pessoas como se estivesse coberto por um manto colorido e o olhar sereno do Cristo-Rei com os braços abertos sobre a multidão - é algo místico que tornou este evento uma verdadeira peregrinação, onde o atleta mistura o profano - a festa, com o sagrado - a corrida!</div><div align="justify"></div><br /><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 213px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5451951167574675410" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvkJdB0F3tyBvDxJGT9KZZK8XLw5Zar35IYynBJxW7UYKn_BWMHxaSczeA9zJsHVxQSnHwCi448m1Z4fjdTtdNI4gejCZxwVjQoTimU0znhT9HvpFh3BqxeoodZ1o7jBtK7GtEityoEWoj/s320/PonteTabuleiroCR.jpg" /> <div align="justify"></div><div align="justify"><em>"Todos parecem transportar algo maior que eles enquanto correm, assim concentrados na estrada, sempre muito magros e fortes, lembrando as figuras de Giacometti, íntegras, verdadeiras até ao osso. Corredores de fundo: que feliz a expressão, como que sugerindo uma qualidade interior, algo escavado em nós, que vai dentro de nós. Mulheres e homens correndo porque sim, porque sim, porque sim, tanta gente com eles.</em></div><br /><div align="justify"><em>Têm isso de bom as maratonas (ou as meias ou minis, não importa) pôr uns juntos com os outros, e todos a correr os lugares comuns. Não numa pista de tartan igual a mil mas uma cidade concreta como não há outra; subir aquele alto que a ponte tem a certa altura e logo a seguir descê-lo, aproveitando o balanço, e depois correr num quase milagre mesmo por cima da água e chegar à cidade inventada ao pé do rio.</em></div><br /><div align="justify"><em>Correr, correr muito, até o corpo correr sozinho, até sermos só alguém que segue o seu próprio corpo, ao longe, a assobiar para o ar como os detectives nos filmes, com cuidado para não sermos notados, não vá o corpo virar-se e surpreender-nos ali, assim soltos, tão desasados e abstractos; e finalmente, mesmo que não se tenha feito um bom tempo, mesmo que seja o último classificado, passar a meta com os braços no ar e um sorriso na cara, só porque sim, um sorriso de fundo, só porque sim"</em></div><br /><div align="justify"><em></em></div><div align="justify"><em>(Excertos do Livro: "Meia Maratona de Lisboa - Quinze Anos")</em></div><br /><div align="justify"></div><div align="justify">Também eu aqui comecei, pelo que hoje, depois de já ter corridas 55 meias-maratonas não deixo nunca de recordar a sensação que tive quando a concluí pela primeira vez!</div><br /><div align="justify"></div><div align="justify">Apenas 15 dias após o meu record na distância na Póvoa de Varzim e a 3 semanas da maratona, optei por fazer desta prova um teste, planeando desde logo um tempo intermédio entre o meu melhor e o que pretendo passar à meia-maratona em Roterdão, ou seja 1h22m.</div><div align="justify"></div><br /><div align="justify">Assim, concluí a prova com o tempo final de 1h19m30s, muito longe de acabar esgotado e correndo sempre dentro de um ritmo perfeitamente controlado. Fiquei satisfeito com as pernas!</div><br /><div align="justify"></div><div align="justify">Espero que a peregrinação seja um bom presságio para Roterdão.</div><br /><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 184px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5451951446808605570" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikJQtoYamqpLXajh6j_4JxQ_8JttZ4UL1gUanOr6OFevov9UcFMZxayqtJNbiG_uLTXShg4RNV4Q_VCuZ5JI9eIS50OmBuVXeeyQo342cHy0W7OKqqk_ZxrsjgvAAXxhzDnHJNpl-soyTc/s320/moinho-de-vento-e-tulipas-na-holanda.jpg" /> <div align="justify"></div><div align="justify">O treino continua, a fé é inabalável!</div>José Capelahttp://www.blogger.com/profile/11921934988240038629noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-2209367498765510577.post-38448574052890889782010-03-09T21:15:00.008+00:002010-03-14T00:03:55.258+00:00Até o cego (do Maio) viu!<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgl4cKc-CCpmxQKZCiyj7Qq04E6ni0kX2-tiVzhjNhterCF1yphJrpAG1zF3S80JZAr71ck4i5bfm6-ealhZpHK388xSaVNGXybTPFnafcCEsATL4Uszw_qnNRvx7mjs0ICUwhth9BzMguB/s1600-h/cegomaiologo.gif"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 395px; DISPLAY: block; HEIGHT: 155px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5446752562789664690" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgl4cKc-CCpmxQKZCiyj7Qq04E6ni0kX2-tiVzhjNhterCF1yphJrpAG1zF3S80JZAr71ck4i5bfm6-ealhZpHK388xSaVNGXybTPFnafcCEsATL4Uszw_qnNRvx7mjs0ICUwhth9BzMguB/s400/cegomaiologo.gif" /></a> <div><div><div><div><div><div><div align="justify">Ao longo dos anos que conto de corrida, participo sempre com muito agrado nas provas que se realizam na Póvoa de Varzim, aliás como por aqui já escrevi, esta cidade remete-me para recordações muito felizes dos tempos da infância. Assim, gosto de me apresentar na Póvoa em condições de lutar pelos melhores tempos. Os records aqui obtidos dão razão à minha aposta, os percursos são praticamente planos, desenrolando-se em grandes rectas e com passagens por um ambiente urbano, convidativo para o público brindar os atletas com aplausos e ânimo. Se a meteorologia der uma ajuda estão reunidos todos os ingredientes para que os tempos finais sejam sempre bons.</div><br /><div align="justify"></div><div align="justify">Como todos sabem, o mau tempo e a chuva tem dado poucas tréguas neste inverno. Apesar das previsões serem animadoras, a manhã deste domingo na Póvoa estava muito chuvosa. No entanto, os aguaceiros não foram suficientes para desmobilizar os cerca de 800 atletas que marcaram presença. Gostaria ainda de salientar a excelente organização a cargo do município, que montou a logística da corrida junto ao local de partida, no Pavilhão do Desportivo da Póvoa, disponibilizando ainda balneários para os atletas se equiparem e no fim, se assim o desejarem, tomarem o respectivo duche.</div><br /><div align="justify"></div><div align="justify">Em plena fase de preparação para a Maratona de Roterdão, com treinos intensos e muitos kms nas pernas, esta 'meia' iria servir para avaliar o estado de forma, mas com a tentaiva de bater o record pessoal da distância em mente! Tenho consciência que a minha margem de progressão já não é muito grande, deste modo os objectivos que traço para as corridas são realistas, alcançáveis, mas exigentes. A estratégia para o record era rodar em média a 3m39s/km e cada parcial de 5 km em 18m15s.</div><br /><div align="justify"></div><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 381px; DISPLAY: block; HEIGHT: 281px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5446748419277052802" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgpupNin9rjBU2nDXTj0LSqLAjSy96vUaP4WqEukxcXEPJCfxd2zj5nClnFjm2AuP-0nxxATZc9Z2pg3tf6DGDgPi5Q5ZniMxZQGuzLz-pzXgTNRiQV6MTYdTeqWPsj63DFitL3lpiN_69i/s400/PartidaImagem+063.jpg" /> <div align="justify"></div><div align="justify">Partida dada debaixo de chuva miudinha, mas sem o indesejado vento. Primeiro e segundos kms corridos abaixo do programado e desde logo um grupo de uma dezena de atletas constituído. Eu e o meu amigo Manuel Mendes, que no passado travamos uma interessante luta, com a vitória a pender para o meu lado por escassos 18 segundos, seguiamos juntos e na <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2UF93Uehda8aGd1ToBUqwhQXKm0hdgsjoDFd98yItI18vOES4N_aQbDrU7ZblSUf6QYudv9LcAsCnkLtleTPb1cz9_4dwVwNZ5isgAO9H7pfrJpAHdnMehnL8SrU6SgMZFuZdGAWaOcQ8/s1600-h/GrupoImagem+081.jpg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 244px; FLOAT: left; HEIGHT: 214px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5446748958173298354" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2UF93Uehda8aGd1ToBUqwhQXKm0hdgsjoDFd98yItI18vOES4N_aQbDrU7ZblSUf6QYudv9LcAsCnkLtleTPb1cz9_4dwVwNZ5isgAO9H7pfrJpAHdnMehnL8SrU6SgMZFuZdGAWaOcQ8/s320/GrupoImagem+081.jpg" /></a>dianteira deste pelotão. Num ritmo a rondar os 3m35s/km fomos galgando os kms e no encalço de um outro grupo que seguia 300 metros à nossa frente, onde rumavam duas atletas femininas, que como é hábito levam sempre muitos corredores na boleia do seu andamento.</div><br /><div align="justify"></div><div align="justify">Os 5 kms foram dobrados com o tempo de 18m05s e parecia que estávamos a encurtar a distância do grupo da frente. Quando pisamos o tapete de controlo de chip em Santo André, aos 9 kms, era notório que a distância efectivamente tinha diminuido, aliás alguns atletas desse grupo começaram a descolar e nós a ultrapassa-los. O nosso ritmo não sofria grandes alterações e na passagem dos 10 kms o nosso tempo era de 36m15s.</div><div align="justify"></div><br /><div align="justify">Entretanto o nosso grupo já se desmembrara, passou a trio, composto por mim, pelo Manuel Mendes e por um atleta da Galiza. Estrada fora, com grande espírito de <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNy8Q3PX-9fNCBS7llEjm_KLpnxGIkr-cq8uUbK8ElxR3W_KVa40e2OCL6T3Kik6H9LAeRMWjeq3RdiDGU_uWlndKIhyEiCXQptk0M7W_-_YTSWDpFVzMq2RfaBSBj4qf9uMuckmkggs6q/s1600-h/TrioImagem+107.jpg"><img style="MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 227px; FLOAT: right; HEIGHT: 300px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5446749426978947522" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNy8Q3PX-9fNCBS7llEjm_KLpnxGIkr-cq8uUbK8ElxR3W_KVa40e2OCL6T3Kik6H9LAeRMWjeq3RdiDGU_uWlndKIhyEiCXQptk0M7W_-_YTSWDpFVzMq2RfaBSBj4qf9uMuckmkggs6q/s320/TrioImagem+107.jpg" /></a>entreajuda fomos ultrapassando um a um os atletas que entretanto iam em perda. Por volta dos 13 kms, cheguei a pensar que o Manuel e o galego iriam fugir-me, o ritmo continuava forte e as pernas parece que queriam vacilar. Relaxei um bocadinho, ingeri o gel que levava, retemperei forças e os 3 metros que me separavam do duo não eram suficientes para me fazer esmorecer. Aos 15 km o meu cronómetro registou 54m32s.</div><br /><div align="justify"></div><div align="justify">Por volta dos 16 kms já estava novamente colado ao duo. No entanto o galego forçou o ritmo e ganhou-nos uns 5 metros. A <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJspDaP_YL408dAD44bzr2i0ibWYCmltjyrT1ZUTy7qrEXudnC3c4nLk7nYVqFCJbLfQikPXdEhKFhqv3zWx8DOwYFSRFcHZQNVy0HlwbNMZTBy-fPyvWy7M72Ja2bmp9CZKVvdZ0pHKFU/s1600-h/CegodoMaio2010-Recortado.jpg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 208px; FLOAT: left; HEIGHT: 148px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5446749852802734354" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJspDaP_YL408dAD44bzr2i0ibWYCmltjyrT1ZUTy7qrEXudnC3c4nLk7nYVqFCJbLfQikPXdEhKFhqv3zWx8DOwYFSRFcHZQNVy0HlwbNMZTBy-fPyvWy7M72Ja2bmp9CZKVvdZ0pHKFU/s200/CegodoMaio2010-Recortado.jpg" /></a>corrida estava boa e muito animada! Eu e o Manuel aceleramos para caçar o 'nuestro hermano' e o ritmo obviamente não baixava! Junto ao Casino, na placa dos 20 kms o espanhol já estava alcançado e o relógio marcava 1h12m52s. Uns metros mais à frente o Cego do Maio na sua pose característica parecia que avistava o meu record! Eu também sentia que iria conseguir! Já em pleno Passeio Alegre e com a meta à vista o ritmo era elevado, na ordem dos 3m30s/km, o duelo com o meu amigo Manuel estava ao rubro, ele que tantas vezes ameaçou que me ganharia ia u<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhjFL7ANLBCR-DFm5bhnkQlDy5z-3nlKP1XyHFrZniWtGsfemw_55U9TiJBS6eYWiUDciHd6rwoEh62QGaPE8GYlEkY8lrdpPlCylZ4Swzcc6YU3CHaNW5_eP9ZsIiaTpdPy4hleMXGcu8X/s1600-h/RectaFinal.jpg"><img style="MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 184px; FLOAT: right; HEIGHT: 208px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5446750512039222050" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhjFL7ANLBCR-DFm5bhnkQlDy5z-3nlKP1XyHFrZniWtGsfemw_55U9TiJBS6eYWiUDciHd6rwoEh62QGaPE8GYlEkY8lrdpPlCylZ4Swzcc6YU3CHaNW5_eP9ZsIiaTpdPy4hleMXGcu8X/s200/RectaFinal.jpg" /></a>m metro à minha frente! Ainda lhe disse que desta vez ele venceria, parecia-me mais forte e eu já ia muito próximo do limite. Nos derradeiros metros galvanizado pelos incentivos de muitos amigos que assistiam à corrida, num último fôlego e sprint, alcancei o Manuel mesmo em cima de linha de meta! O último km foi corrido em 3m25s! O tempo final, 1h16m43s! Um excelente record numa corrida disputadíssima!</div><br /><div align="justify"></div><div align="justify">Este ano talvez o Manuel merecesse ganhar, no entanto apesar de alguém ter dito que eu cheguei uma pontinha à frente, o tempo registado no chip de ambos revelava um empate! Os caprichos da tecnologia assim o ditaram, agora eu e o Manuel que saudavelmente gostamos de competir, no próximo ano voltaremos ao mesmo palco para desempatar. Por mim, fica desde já marcado!<br /><br /></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 281px; DISPLAY: block; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5446751236671558898" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgbF1Y756zAj5rrxwHHfLbFuyK0oUT-6nPN-sOO7Nn4puSRC96IAyZKULnTwoH53g_xvPhPQ_KKwTI7gVTHnL-wqQMmaSKy2UXGLorlvt8nukl6fC-7uoTJQ48DzAmronGzlguioRuMk4rU/s320/CapManImagem+147.jpg" /> <div align="justify"></div><div align="justify">Com Roterdão no horizonte do cronómetro o treino continua, mas daqui a 15 dias estarei em Lisboa para a peregrinação da ponte!</div><div align="justify"></div><br /><div align="justify">Haja pernas!</div></div></div></div></div></div></div>José Capelahttp://www.blogger.com/profile/11921934988240038629noreply@blogger.com11tag:blogger.com,1999:blog-2209367498765510577.post-42997696800208263872010-02-17T21:52:00.016+00:002010-02-18T11:09:15.900+00:00Ver Braga por um canudo!<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPBMRpM3zyKZ9lw1cg_POJjTpkIn0p89uJSb8nnVwAZx2e43g6aXlhIpUKoKnNcelDG-FkQYd3l4zEDZlsoI0Nxsi4i1Wr7Q1xePLBEpOQlhYLlfROuWccUeYc8vMJqOQfnt0DVOgRWlbt/s1600-h/CorridaCidadeBraga.gif"><img style="WIDTH: 197px; HEIGHT: 202px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5439340026608745634" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPBMRpM3zyKZ9lw1cg_POJjTpkIn0p89uJSb8nnVwAZx2e43g6aXlhIpUKoKnNcelDG-FkQYd3l4zEDZlsoI0Nxsi4i1Wr7Q1xePLBEpOQlhYLlfROuWccUeYc8vMJqOQfnt0DVOgRWlbt/s400/CorridaCidadeBraga.gif" /></a> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvoA6UHsxdocSa7ITk7ReBYOIOoLbC9-3PeYOJeVdJKYTRfT3Rm-ZcFl32UIZ9Wlqxo1HPFi-9FrLl-kXELfPdo1nO6CCLy-eIAHgWXU1klSkixGILzuYkSZJHffO6y-dsFIqAqLa39Vl6/s1600-h/BragaporcanudoRecortada.jpg"><img style="WIDTH: 190px; HEIGHT: 202px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5439340189620739090" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvoA6UHsxdocSa7ITk7ReBYOIOoLbC9-3PeYOJeVdJKYTRfT3Rm-ZcFl32UIZ9Wlqxo1HPFi-9FrLl-kXELfPdo1nO6CCLy-eIAHgWXU1klSkixGILzuYkSZJHffO6y-dsFIqAqLa39Vl6/s400/BragaporcanudoRecortada.jpg" /></a><br /><div align="justify">Braga é sinónimo de muitos pergaminhos no atletismo. As equipas femininas do S.C. Braga, exemplarmente orientadas há mais de 30 anos por Sameiro Araújo, arrecadaram imensos títulos a nível nacional e internacional, fazendo, no passado emergir grandes atletas como Albertina Machado e Manuela Machado e recentemente Jéssica Augusto e Dulce Félix.</div><br /><div align="justify"></div><div align="justify">Estes motivos são mais que suficientes para que a cidade tivesse uma corrida como forma de homenagear todo este trabalho desenvolvido. A Câmara Municipal fez bem em meter mãos à obra e organizar o evento, cujo cartaz era composto por uma corrida de 10 kms e uma caminhada de 5 kms, realizadas num percurso sinuoso, de duas voltas para a corrida e uma para a caminhada, nas avenidas do coração da cidade.</div><br /><div align="justify"></div><div align="justify">Os atletas aderiram ao evento em número razoável, assim cerca de 500 atletas alinharam à partida na corrida principal e outros tantos para a caminhada. A inexistência de prémios monetários retirou nível e competitividade à prova, mas também permitiu que os atletas do pelotão pudessem brilhar mais.</div><br /><div align="justify"></div><div align="justify">No final, responsáveis autárquicos afirmaram que o município pretende dar continuidade ao evento, facto registado com agrado por quem gosta da modalidade. No entanto, parece-me que ainda há muito trabalho a fazer para que a corrida cresça e ganhe a simpatia dos atletas do pelotão. Assim, para que eu não tenha de recordar a expressão "Ver Braga por um canudo!", utilizada pelo meu pai para se referir a algo que desejava, mas que não conseguia ou corria bem, vou citar alguns aspectos negativos e que no futuro gostava de ver resolvidos:</div><br /><div align="justify"></div><div align="justify">-É lamentável anunciar uma corrida de 10 kms e depois de a corrida terminar chegar-se à conclusão que não tinha mais de 9.100 mtos;</div><div align="justify">-A não existência de placas a assinalar os kms é uma clara falha primária de organização;</div><div align="justify">-Correr numa faixa de rodagem e os automóveis circularem noutra, além de ser desagradável não me parece muito seguro; aliás; em matéria de segurança, o comportamento dos polícias que orientavam o trânsito foi ridículo, permitindo que condutores menos civilizados pusessem em causa a integridade física dos atletas;</div><div align="justify">-A caminhada atrapalhou na segunda volta os atletas da corrida principal, uma vez que acabava por deixar pouco espaço livre na estrada, obrigando-os a alguns zigue-zagues.</div><br /><div align="justify"></div><div align="justify">Obviamente, também teve aspectos positivos, nomeadamente as inscrições e os resultados na internet, o levantamento dos dorsais de forma fluida e os abastecimentos de água em abundância.</div><br /><div align="justify"></div><div align="justify">A minha corrida, não teve grande história. Nesta altura da época não simpatizo muito com corridas desta distância pelo que as encaro sempre como forma de ganhar ritmo para as meias-maratonas e maratona que vou correr na primavera. A ideia era concluir os 10 kms entre 36-37 minutos, rolando a um ritmo da ordem dos 3m40s/km. Como já referi a distância ficou aquém dos kms anunciados e o meu tempo final quedou-se pelos 32m19s a uma média de 3m33s/km para cobrir os 9.100 metros que o meu GPS assinalou, sendo 13º classificado entre os 416 que terminaram a prova e o primeiro classificado no escalão M45!</div><br /><div align="justify"></div><div align="justify">Apesar de nos últimos tempos ter que treinar com temperaturas negativas ou muito próximas dos zero graus, as pernas continuam activas, sem direito a hibernar.</div><br /><div align="justify"></div><div align="justify">Quem quer colher na primavera, não pode deixar de semear no inverno!</div><div align="justify"></div><div align="justify"></div>José Capelahttp://www.blogger.com/profile/11921934988240038629noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-2209367498765510577.post-43204883909108412252010-01-25T21:50:00.014+00:002010-01-25T22:50:14.812+00:00Meia-Maratona Manuela Machado: Bom prenúncio para 2010!<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2usI4CnvIOCWvawhAOx9IakRqgRq_FmsBhA-cvBsetretD7wFwawIynaVvg1kOAsd1pv6HBdnn3sPD7wVdBY8QiqiZOTtywDKtuk1Xi-31ri_HbQHekpvLeC3ZO68xc3Mu7a2McoXE4d9/s1600-h/BlogViana2010Logotipo%5B1%5D.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 395px; DISPLAY: block; HEIGHT: 101px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5430808891861110610" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2usI4CnvIOCWvawhAOx9IakRqgRq_FmsBhA-cvBsetretD7wFwawIynaVvg1kOAsd1pv6HBdnn3sPD7wVdBY8QiqiZOTtywDKtuk1Xi-31ri_HbQHekpvLeC3ZO68xc3Mu7a2McoXE4d9/s400/BlogViana2010Logotipo%5B1%5D.jpg" /></a> <div><div><div><div align="justify">A Meia-Maratona Manuela Machado vai na sua 12ª edição e é legítimo afirmar que é já uma das melhores que se realiza em Portugal. A organização foi melhorando ao longo dos anos, atingindo agora agora um nível a rondar a perfeição. A mudança do local da part<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2uge76dwOf8kNP3Uo5nkLEbrFuVon4BL6B0FX24K6BrVlqADrkNw4K6FQcD0y1vgnoFoFxyzyUP8l4LGeyvrXwd9my6Z7MlL68iXwufYokrEIYi4DhNfuIn15_6VaDEqY0qL8SX6_S_57/s1600-h/ManuelaMachado.jpg"><img style="MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 157px; FLOAT: right; HEIGHT: 178px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5430807579414108114" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2uge76dwOf8kNP3Uo5nkLEbrFuVon4BL6B0FX24K6BrVlqADrkNw4K6FQcD0y1vgnoFoFxyzyUP8l4LGeyvrXwd9my6Z7MlL68iXwufYokrEIYi4DhNfuIn15_6VaDEqY0qL8SX6_S_57/s400/ManuelaMachado.jpg" /></a>ida foi excelente ideia e tornou-a mais fluída, os kms estavam devidamente marcados ao longo do percurso, havia abastecimentos a cada 5 kms e no final o habitual saco do prémio de presença era bastante recheado. A Manuela Machado foi uma grande atleta, esta prova que ostenta e bem o seu nome, merece em jeito de homenagem mais do que justa, ter uma grandeza condizente com a sua brilhante carreira.</div><br /><div align="justify"></div><div align="justify">O ano começou chuvoso e até agora os dias enxutos tinham sido uma raridade. Assim, o céu azul e o sol resplandecente em Viana do Castelo na manhã deste domingo deram mais brilho à já bonita cidade e também à corrida. Os atletas de pelotão aderiram em número record ao evento, pelo que estavam reunidas todas as condições para uma bela jornada desportiva.</div><br /><div align="justify"></div><div align="justify">Na parte que me toca, esta iria ser a primeira corrida do ano e se as condições climatéricas não fossem muito adversas, como aliás veio a acontecer, o objectivo era finalizar dentro da 1h18m. Apesar de me sentir bem, não acreditava estar num nível de forma que pudesse atacar o meu record pessoal.</div><br /><div align="justify"></div><div align="justify">Depois da Manuela Machado, humilde e simpaticamente ter agradecido a presença de todos, foi dado o tiro de partida. Saída sem problemas, primeiro km como habitualmente <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhD7a44HIgZBmbx5_NFK0iQM-HNZzdR8Lh-JhO2IPAqPpzrTKu8frkZddJ7TqTP65hrGOUVdtJmB-mj3xbtt6R_er_hMdzUn9bc3EM0a8KHJyHBhJjtCWfAVKGxQgtrdmhN6VjwUB7RFXPf/s1600-h/DSC03657-Partida.jpg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 246px; FLOAT: left; HEIGHT: 187px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5430807896871682818" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhD7a44HIgZBmbx5_NFK0iQM-HNZzdR8Lh-JhO2IPAqPpzrTKu8frkZddJ7TqTP65hrGOUVdtJmB-mj3xbtt6R_er_hMdzUn9bc3EM0a8KHJyHBhJjtCWfAVKGxQgtrdmhN6VjwUB7RFXPf/s320/DSC03657-Partida.jpg" /></a>mais rápido -3m30s - de modo a evitar atropelos e ficar com a estrada livre para poder entrar o mais rapidamente possível no ritmo desejado, 3m40s-3m42s/km. Obviamente que as oscilações do percurso acabam por alterar um bocadinho estes pressupostos, mas é importante manter a cadência para que o perdido quando se sobe seja compensado depois quando se desce. A experiência ensinou-me que quando se consegue manter um ritmo regular, o resultado final acaba sempre por ser bom!</div><br /><div align="justify"></div><div align="justify">Assim, </div><br /><div align="justify"></div><div align="justify">- aos 5 kms, passei com um tempo de 18m10s, 3m38s/Km, fruto do ímpeto inicial, da necessidade de ajustamento ao ritmo pretendido e de o terreno ser praticamente plano;</div><br /><div align="justify"></div><div align="justify">- aos 10 kms, o meu cronómetro assinalou 36m50s, ou seja 18m40s no segundo parcial de 5 kms, a uma média de 3m44s/km, justificada pela elevação do terreno e algum vento contra;</div><div align="justify"></div><br /><div align="justify">- aos 15 kms, o marcador electrónico anunciava 54m45s, com um parcial de 5 kms feitos em 17m55s, à média de 3m35s/km, desta vez foi a benção do desnível do terreno e uma brisa pelas costas a reflectir-se no andamento;</div><br /><div align="justify"></div><div align="justify">- aos 20 kms, quando já não há muitas contas a fazer e onde o veredicto da corrida está quase ditado, o meu tempo era de 1h13m25s, contabilizando no último parcial de 5 kms, 18m40s à média de 3m44s/km, influenciada pelo sobe e desce do percurso e claro, pelo natural desgaste da corrida;</div><br /><div align="justify"></div><div align="justify">- o último km é aquele em que já nem sei se vou a correr, a voar, a penar ou a delirar! Quando avisto o pórtico final esqueço-me que o percurso sobe ligeiramente e que o piso é de um desconfortável empedrado. O meu olhar fixa apenas o cronómetro electrónico onde os impiedosos números amarelos constantemente se alteram. Entro numa cavalgada de êxtase até à meta, numa luta absurda entre mim e o tempo, em que este me conseguiu vencer por uma ínfima fracção!</div><br /><div align="justify"></div><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; DISPLAY: block; HEIGHT: 348px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5430808225097265330" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwukJRLoh3qMCQl6dZ4N6ptqAHr1O8mxWITMuZ5d0RznBTkMPaPldX4a2HbxST-GG8OGPlQxrj_VdSvjo7OG023AOppUI8Dz3IYBD5q5ELepwYg9GLsY6tmgMA-yana0g_m2DmsPSRiQIe/s400/DSC03670-RecCapela-1.jpg" /> <div align="justify"></div><div align="justify">Finalizei, com 1h17m21s, a escassos 11 segundos da minha melhor marca pessoal, no entanto estava feliz pela corrida que fiz! Foi a primeira meia-maratona do ano e as pernas tem razões mais que suficientes para sorrirem! Este resultado constitui um bom prenúncio para me poder lançar na melhoria do meu record na distência no decorrer de 2010!</div><div align="justify"></div><br /><div align="justify">Pernas ao ataque!</div></div></div></div>José Capelahttp://www.blogger.com/profile/11921934988240038629noreply@blogger.com10tag:blogger.com,1999:blog-2209367498765510577.post-50406937507824549152010-01-04T21:58:00.020+00:002010-01-04T23:05:33.284+00:00Das Taipas a Moscovo!<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirg3zLADmhZl4jjd0rRcVPpOK9aSbrk0wQj9n1TgZSJyCdSsIFs-b6xa-OaUbvEL5XNxkVNpe8C6yS9-X2E4fn0UwG4cqM-51LCMlOi2hyphenhyphenZ6KSsYswuqXKjQlMEphdd8-Hj6Db2V1pfAgU/s1600-h/Taipas-Moscovo-AraTrajano.jpg"><img style="WIDTH: 189px; HEIGHT: 258px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5423015067397086466" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirg3zLADmhZl4jjd0rRcVPpOK9aSbrk0wQj9n1TgZSJyCdSsIFs-b6xa-OaUbvEL5XNxkVNpe8C6yS9-X2E4fn0UwG4cqM-51LCMlOi2hyphenhyphenZ6KSsYswuqXKjQlMEphdd8-Hj6Db2V1pfAgU/s320/Taipas-Moscovo-AraTrajano.jpg" /></a> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDq37OuyAOnL0yQzGwXj-sfGA_G1DsrTVdChAMf4Lz7JT8bMJzy6SGsFubIA_qN1D8BNxjPPhrWNe3RyS5dzThWNj3XDQN_Yuw-2rmUb92fLxW6CCvrWf7PrbTFTgJDJpaJ0ylKpmGzkEg/s1600-h/Taipas-Moscovo-kremlin2.jpg"><img style="WIDTH: 195px; HEIGHT: 259px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5423014918848246834" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDq37OuyAOnL0yQzGwXj-sfGA_G1DsrTVdChAMf4Lz7JT8bMJzy6SGsFubIA_qN1D8BNxjPPhrWNe3RyS5dzThWNj3XDQN_Yuw-2rmUb92fLxW6CCvrWf7PrbTFTgJDJpaJ0ylKpmGzkEg/s320/Taipas-Moscovo-kremlin2.jpg" /></a><br /><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimA-M3GN8IfZ9HuyfmeQMOIBEMG7HnDpjQS3xCMVQ-NqXZGHIe503_S2UPqg26AyEoB53yCn6KS1NXaj9nnnJbnGaFOTpk1mOXhTyEOLuztJSK3wNztzdxKUZ8seh4MsSLVC2GwKf8nfjw/s1600-h/Taipas-Moscovo-Mapa.bmp"><img style="WIDTH: 400px; HEIGHT: 204px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5423014693172268850" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimA-M3GN8IfZ9HuyfmeQMOIBEMG7HnDpjQS3xCMVQ-NqXZGHIe503_S2UPqg26AyEoB53yCn6KS1NXaj9nnnJbnGaFOTpk1mOXhTyEOLuztJSK3wNztzdxKUZ8seh4MsSLVC2GwKf8nfjw/s400/Taipas-Moscovo-Mapa.bmp" /></a><br /><br /><div>O título é ambíguo, mas tem um fundo de verdade!<br /><br /></div><div align="justify">Entre 1 de Janeiro e 31 de Dezembro de 2009 corri 4.636 kms! Com estes kms, percorreria a distância das Taipas a Moscovo e ainda sobravam alguns metros para dar umas voltas na Praça Vermelha a observar o Kremlin!</div><div><br /></div><div align="justify"></div><div align="justify">Assim, em jeito de balanço do ano que terminou, através da preciosa ajuda do <a href="http://www.garmin.pt/?p=ProdDetail&ProdId=462">Garmin Forerunner</a> e do programa informático <a href="http://www.zonefivesoftware.com/SportTracks/">SportTracks</a>, vou partilhar com a malta da blogosfera o resumo do meu registo de corrida:</div><ul><li><div align="justify">Kms................................ 4.636</div></li><li><div align="justify">Dias de treino/competição..... 351 (96,11% => 351/365)</div></li><li><div align="justify">Dias de descanso efectivo...... 14</div></li><li><div align="justify">Horas de treino/competição... 340h53m</div></li><li><div align="justify">Calorias gastas.................. 348.134</div></li><li><div align="justify">Variação de peso................ 65,1 Kg<---> 66,8 Kg</div></li><li><div align="justify">17 Competições:</div></li></ul><p align="center">Maratonas (2)</p><p align="center">Meias-Maratonas (8)</p><p align="center">15 kms (2)</p><p align="center">12 Kms (1)</p><p align="center">10 Kms (4)</p><p align="justify">Para cumprir esta odisseia, rompi uma meia dúzia de pares de sapatilhas, escorreu-me muito suor pela face nos dias de calor e apanhei com muita chuva no Inverno. Umas vezes correndo quando o dia estava a nascer, outras com o sol a pôr-se, apreciando estes momentos de rara beleza oferecidos diariamente pela natureza, mas que passam despercebidos à maioria das pessoas!</p><p align="justify">Quem corre por gosto não cansa e o sentimento de glória ao cortar a meta, depois de cumpridos os objectivos, é de enorme satisfação...não há palavras para descrever!</p><p align="justify">Espero que as pernas continuem de boa saúde em 2010 e quem sabe para o ano, por esta altura, estarei aqui a dizer que fui das Taipas ao Cazaquistão!</p><p align="justify"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 401px; DISPLAY: block; HEIGHT: 188px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5423015860322092802" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEior2pWYQPyc5L_lrsk0cgsvjqh62wZ7MQ_dVnGhIlI8drfZoJDjwRsYDHstWLolIn3xxrBmnDkUiTJFebTRv19Jul2JyuzBNQYxRVFNs9LfMD6Anyy17g12VehYoJ7zPlEJWmY5C2HDvqo/s400/Taipas-MoscovoSapatilhas.jpg" /></p></div>José Capelahttp://www.blogger.com/profile/11921934988240038629noreply@blogger.com11tag:blogger.com,1999:blog-2209367498765510577.post-31507050195705181182009-12-29T22:19:00.007+00:002009-12-30T11:13:46.879+00:00S. Silvestre do Porto: A última corrida de 2009.<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCTRgNNpyQR2OFLngPBo3lpiNDa2gNWIHEJqaZClVE7VAUhUttZrjFSjMaUz_Rwhr1LVJ7JuMJWt4_8dBMKNqK0STx4tk0hi48Gy_5E6IMkovyAoj8gZsnPQx2VQ_oQAkQrAM8Mf4hcN2J/s1600-h/VIVA2010SSilvestre.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5420791139109391554" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 85px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCTRgNNpyQR2OFLngPBo3lpiNDa2gNWIHEJqaZClVE7VAUhUttZrjFSjMaUz_Rwhr1LVJ7JuMJWt4_8dBMKNqK0STx4tk0hi48Gy_5E6IMkovyAoj8gZsnPQx2VQ_oQAkQrAM8Mf4hcN2J/s400/VIVA2010SSilvestre.jpg" border="0" /></a> <div><div align="justify">No último domingo do ano realizou-se uma vez mais a S. Silvestre Cidade do Porto, prova que vai na 16ª edição e como já vem sendo hábito teve a excelente organização a cargo da Runporto.</div><div align="justify"></div><br /><div align="justify">A noite estava fria e a chuva, uma vez por outra, até deu alguns sinais durante a prova, mas só no final (pelo menos para mim) é que caiu com muita intensidade. Apesar de o tempo convidar a estar em casa à lareira, foram muitos os que se deslocaram à Invicta para a tradicional corrida de S. Silvestre e, também em número razoável, os portuenses saíram à rua para aplaudir os atletas.</div><div align="justify"></div><br /><div align="justify">As características do percurso, composto por duas voltas com subidas e descidas longas e a distância de 10 kms, não me são muito favoráveis, estou mais vocacionado para terreno plano e distâncias maiores, aliás é nesse sentido que os meus treinos são orientados. Assim, para a última corrida de 2009, o objectivo era finalizar com um tempo idêntico ao do ano anterior, 37m16s.</div><div align="justify"></div><br /><div align="justify">Como tive o privilégio de me atribuírem um dorsal VIP, deu tempo para fazer um óptimo aquecimento e colocar-me numa posição na grelha da partida que me permitiu sair sem problemas. No entanto, o arranque após o tiro da largada, foi de loucos, sem saber muito bem se fui empurrado ou puxado pelos atletas de elite, fiz o primeiro km em 3m16s!</div><div align="justify"></div><br /><div align="justify">Após este autêntico voo, procurei entrar no meu ritmo, mas não foi nada fácil, porque no km seguinte a subida era de respeito e depois de uns escassos metros planos na zona do Marquês, começa-se a descer pela Constituição até aos Aliados, umas vezes ligeiramente, outras acentuadamente, ora em paralelo, ora em alcatrão. Aos 5 kms e com uma volta completada, o meu cronómetro registou 17m55s! A segunda é mais difícil, pois a subida ainda é mais longa, começa na Rua Sá da Bandeira e só termina no Marquês, sem esquecer os 300 metros finais a subir e o natural desgaste que o esforço dispendido iria provocar, a manutenção daquele ritmo não seria de todo possível. Assim aconteceu, nos segundos 5 kms contabilizei mais 1m46s que nos primeiros, concluindo a corrida em 37m36s, cujo saldo foi um honroso 75º lugar na classificação geral, entre os 1.870 atletas que cortaram a meta.</div><div align="justify"></div><br /><div align="justify">Para quem gosta, terminar o ano a correr é sempre um enorme prazer!</div><div align="justify"></div><br /><div align="justify">Haja pernas para 2010!</div><br /><div align="justify"></div><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5420790622106828018" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 262px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4ey8uPixWLktWAF7qUSKnb6T90qCbMCSs-lBRbqC-2Ahqz1ZVebHfXF1RdhZamYmeqUV5-fQVm0BrKPbAQ45L2TPKQRGk2tdTOmANT1ZuV8GWPymHEhpv_p3uc5Gj8Q_Y9PzozlGqHke7/s400/VIVA2010BLOG.jpg" border="0" /></div>José Capelahttp://www.blogger.com/profile/11921934988240038629noreply@blogger.com14tag:blogger.com,1999:blog-2209367498765510577.post-50012964271578730022009-12-22T14:52:00.011+00:002009-12-22T15:36:11.306+00:00Passeio de Natal!<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLpyMtMzPOCM4DIRoLIZl60t_Jsq4yiOU1jN0Saa0rrBJ5b3UeW5I_ZsynyaLoPaHYMfOZXX54DRipIX7buWwgoiN-Yli8-pRGH-1SQGbsSwFbyyRFKEpKjbwLC2xNeOavUhHaexKaq2ju/s1600-h/Blog-BOASFESTAS2009-Titulo.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5418079442960622514" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 300px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLpyMtMzPOCM4DIRoLIZl60t_Jsq4yiOU1jN0Saa0rrBJ5b3UeW5I_ZsynyaLoPaHYMfOZXX54DRipIX7buWwgoiN-Yli8-pRGH-1SQGbsSwFbyyRFKEpKjbwLC2xNeOavUhHaexKaq2ju/s400/Blog-BOASFESTAS2009-Titulo.jpg" border="0" /></a> <div><div><div align="justify">Quando se corre sozinho faz-se terapia, quando se corre em grupo fazem-se amigos!</div><br /><div align="justify"></div><div align="justify">O N.A.Taipas nasceu por vontade de meia dúzia de amigos que corriam cada um por si no Parque de Lazer das Caldas das Taipas, mas que um dia resolveram apresentarem-se numa corrida em grupo e em jeito de brincadeira escolheram o pomposo nome de NAT- Núcleo de Atletismo das Taipas.</div><br /><div align="justify"></div><div align="justify">Apesar de não estar constituído legalmente, não deixa de ser um clube, porque mais importante que ter estatutos e orgãos sociais, é a essência que levou à sua criação - incentivar as pessoas adoptarem uma vida mais saudável através da corrida!<br /><br />Assim, como que anunciando a quadra festiva que se aproxima, o clube na manhã fria do passado domingo promoveu um passeio de Natal. Os atletas compareceram em razoável número, a maioria envergando t-shirts vermelhas e o tradicional gorro do pai natal. Num ritmo bem calmo percorreram as principais ruas da vila, saudando as pessoas e convidando-as a juntarem-se ao grupo, tentando mostrar-lhes que correr não é nenhum sacrífício, antes pelo contrário é um enorme prazer!</div><br /><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5418079214089815218" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 285px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtG095FCeqnZv0Lb_Pa8vnONpEfjhRtQg7GV4WesMhxbu8ah8sKwePrP0AUvDv3fulo_Jc1ljKDwrHoCH8cdABFWfyl8faYVQ06Hc7c1PoJ1480eihlhG6s1SqwjuRioPX9J6sw5YR9yhV/s400/BlogNatal-FotoGrupo-Recortada.jpg" border="0" />Queria também desejar a todo o pessoal da blogosfera um <strong>Feliz Natal</strong> e um <strong>2010</strong> cheio de corridas!<br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5418078259049416834" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 300px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhyfXUPr6YmDmNRDhKq4QS6YwsrnuXQ4E0-bD8aLVh40sotFcNGMnm9McvyhxDu52T4S2Uw5qU9G50RDXFIVX_9iBsa4YTlGKHsa-QGCNDodxg74Wn8dpEGo_rrcDhQf9xJekkST-05ukXf/s400/Blog-BOASFESTAS2009.jpg" border="0" /></div></div><p>Entretanto, haja pernas para a S. Silvestre do Porto!</p></div>José Capelahttp://www.blogger.com/profile/11921934988240038629noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-2209367498765510577.post-82071102428158080402009-12-10T22:00:00.015+00:002009-12-11T12:37:57.268+00:00Correr em Lisboa.<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhl03dSYLU4l4UZG-Z1BDlNdEyqGaQytRH9q-h1E_JcaF9UgU_dvANk4uED7qLjV61l13MbUMWtiSiIQqmSUwIZEWRmk8YcV0a-cIISV1jpE5hKutSDU6EmNlios7mrqnLacWJiUi5hDlMm/s1600-h/Meia-MaratonaLisboaImagemtitulo06122009.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5413740396963370226" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 279px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhl03dSYLU4l4UZG-Z1BDlNdEyqGaQytRH9q-h1E_JcaF9UgU_dvANk4uED7qLjV61l13MbUMWtiSiIQqmSUwIZEWRmk8YcV0a-cIISV1jpE5hKutSDU6EmNlios7mrqnLacWJiUi5hDlMm/s400/Meia-MaratonaLisboaImagemtitulo06122009.jpg" border="0" /></a> <div><div><div align="justify">Inicialmente a minha agenda de corrida não tinha prevista a participação na meia-maratona de Lisboa, prova que fazia parte do programa da Maratona de Lisboa. Contudo, como fui passar o fim-de-semana prolongado à capital e como sou dependente da corrida, não podia deixar de levar as sapatilhas e aproveitar para voltar à competição, precisamente, um mês após a maratona do Porto.</div><br /><div align="justify"></div><div align="justify">Assim, no sábado, logo que cheguei a Lisboa e depois de algumas peripécias dignas de um tipo do norte que não domina as artérias da grande cidade, lá descobri a Fundação Inatel e o Parque 1º de Maio, situado nas imediações da Av. de Roma/Alvalade, para levantar o dorsal. Logo aqui deu para perceber que os estrangeiros a aderir ao evento seriam em número muito superior aos lusitanos e que <em>nuestros hermanos</em> seriam o grosso do pelotão - só a avaliar pelo castelhano que por ali se ouvia. Apesar de ter já anoitecido deu para ver o modesto estádio - algumas bancadas, um relvado e uma pista de atletismo em volta onde começava e terminava a maratona! A 'meia' apenas terminava cá, pois a sua partida era dada na Baixa Pombalina, mais própriamente no Terreiro do Paço.</div><br /><div align="justify"></div><div align="justify">No domingo, bem cedo pelas 8h30m já estava a estacionar o meu carro na Av. de Roma, junto a uma entrada de Metro e a dois passos do Parque 1º de Maio, para facilitar a logística. Deste modo ainda tive tempo de ver a partida da maratona e o ridículo de obrigarem os cerca de 1.200 maratonistas a darem uma volta à pista antes de saírem do estádio! Após esta insólita largada e de ter incentivado alguns companheiros de estrada que entretanto reconheci, equipei-me e apanhei o Metro até ao Rossio.</div><br /><div align="justify"></div><div align="justify">A partida da meia-maratona estava marcada para as 10h30m e ainda faltavam uns 45 minutos, já eu estava a fazer ligeiríssimos trotes de aquecimento. O céu estava cinzento, mas não chovia, a temperatura era agradável, apenas o vento revelava a personalidade, como aliás as previsões da meteorologia vaticinavam. Não tinha objectivos muito precisos para a corrida, mas achava que em condições normais poderia finalizar com um tempo entre 1h18m e 1h19m.</div><br /><div align="justify"></div><div align="justify">Soou a buzina para a partida e como me tinha colocado quase na dianteira do pelotão, não tive qualquer problema em sair e impor o ritmo pretendido a rondar os 3m45s/km. Os primeiros maratonistas tinham passado pouco antes da largada da 'meia' e, pelo que pude averiguar, não foram mais de duas dezenas, o que fez com que logo a seguir ao 1º km, já na Av. 24 de Julho a estrada estivesse inteiramente à minha disposição! Não me fiz rogado, sem companhia fui subtraindo os sucessivos kms à conta final. Até ao retorno dos 5,5 km o vento estava de frente e foi preciso despender algum esforço para manter o ritmo desejado, mas nos kms seguintes o vento até deu uma ajudinha, com o cronómetro a assinalar os tempos de passagem aos 10 km de 37m15s e aos 15 km de 55m55s. A manter este andamento alcançava o tempo final perspectivado. Foi por esta altura que, vindo de trás um atleta que reconheci da blogosfera - o <a href="http://runinlisbon.blogspot.com/">Fernando Carmo</a> - se chegou a mim, aproveitei a oportunidade e ali mesmo me apresentei trocando com ele algumas palavras. Em boa hora ele apareceu, porque nos 5 kms finais foi preciso muita força nas pernas e muito moral para não esmorecer naquela verdadeira escalada do Cabo Ruivo até à meta. O ritmo obviamente caiu, houve um km que só consegui fazer em 4m26s! No dia anterior tinha dado uma vista de olhos à alimétrica do percurso e não me pareceu que a inclinação do terreno trouxesse tantas dificuldades. Imagino quanto sofrimento estes kms finais provocaram nos maratonistas! O Fernando estava mais forte, escapou-se de mim à entrada do 20 km e ganhou-me gradualmente alguns metros. Concluir a prova dentro do objectivo era já impossível, mas não deixei de dar o máximo até ao fim, acabando por cortar a meta com o meu cronómetro a registar o tempo de 1h20m30s.</div><br /><div align="justify"></div><div align="justify">Atendendo à fase de abrandamento de treino e às características do terreno - foi seguramente a 'meia' com o percurso mais difícil que corri - o resultado foi excelente, cujo saldo foi um 11º lugar na classificação geral, entre os 1150 atletas que terminaram a corrida e o 2º lugar no escalão M45!<br /><br /><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5413739409027935698" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 267px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiN2j-6PcMz812x4LOgStH-L4I5hD80_0VH53D_bZVVguArhtGZBnx5qMGKh_pQ7sCvkF6tfJt5FuL-CMaL5h0gXC8B69JhrgQ5Z_7Gj8dZb76_RnfTGEf-ITWZmCFY7sykez8sjGSOCC1K/s400/Meia-MaratonaLisboa0612+2009.jpg" border="0" /></div></div></div>José Capelahttp://www.blogger.com/profile/11921934988240038629noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-2209367498765510577.post-29297935265183504742009-11-10T22:14:00.033+00:002009-11-11T10:42:58.856+00:00Maratona do Porto: Passeio, dor e glória!<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhCat_37WZJb9k1XFwcaTVcrJm5wmh-5-JvgIu6dyQDI-DZnixKxTf5yS3pgCLENAgx8-45bp1t5LnoEKIeUZGqKhSwmaCCiUtocE84QoVAO013tO-NRo9BjvOGzLZi7wNItwlOwFEZbqj/s1600-h/maratonadoporto2009_banner%5B1%5D.png"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5402617726675872226" style="WIDTH: 395px; CURSOR: hand; HEIGHT: 144px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhCat_37WZJb9k1XFwcaTVcrJm5wmh-5-JvgIu6dyQDI-DZnixKxTf5yS3pgCLENAgx8-45bp1t5LnoEKIeUZGqKhSwmaCCiUtocE84QoVAO013tO-NRo9BjvOGzLZi7wNItwlOwFEZbqj/s400/maratonadoporto2009_banner%5B1%5D.png" border="0" /></a><br /><div><div><div align="justify">Estamos no Outono e o exemplo dos últimos dias anunciava que a maratona iria ser corrida com um tempo cinzento e com a possibilidade de ocorrência de chuva. Obviamente que estes caprichos da meteorologia não assustam nenhum atleta, desde que a temperatura não seja muito baixa, aliás até podem de algum modo benéficos. No entanto, se falarmos de vento a coisa já ganha outros contornos e todos torcem o nariz - na verdade o vento nunca é muito amigo dos corredores. O percurso onde a corrida se desenrola, todos o sabem, é muito exposto às deslocações do ar, os amigos aqui da blogosfera que habitam na Invicta e arredores deram conta da ventania que na sexta-feira e no sábado fustigou a zona da Foz. As previsões de tempo apontavam que o vento iria ser de noroeste, atingindo os 21 km/h. Os mais entendidos na matéria avisaram que, nestas condições, os atletas iriam ter de enfrentar o "inimigo" entre os 30 e 40 km da corrida.</div><div align="justify"></div><br /><div align="justify">Mas previsões não passam disso mesmo e muitas vezes não se confirmam depois na realidade - foi o que efectivamente aconteceu! No entanto, todo este burburinho em volta do vento, levou-me a redefinir a minha estratégia para a corrida. Sentia-me bem e confiante em baixar a fasquia das 2h50m, mas se rolasse a 4 minutos/km e consequentemente passasse a meia-maratona com cerca de 1h24m, a margem de quebra que tinha para a segunda parte da corrida podia ser levada pelo vento, caso este resolvesse aparecer na altura em que surge a barreira dos 30 kms.</div><div align="justify"></div><br /><div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvXUTIjI17VItbUup0M3nt1DHBmoW_2eji8HnqARXz-lfpIV5qEhoDK1C51PFmPxJw_7qiuTfJtQn9fdiNaU-mIy7mCNlHi0t9DJbreh4Njbe0nzkFdaSvwlMtWlw-ijML9nAia6lH20dU/s1600-h/mdp09_019-re.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5402616975214832242" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 268px; CURSOR: hand; HEIGHT: 188px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvXUTIjI17VItbUup0M3nt1DHBmoW_2eji8HnqARXz-lfpIV5qEhoDK1C51PFmPxJw_7qiuTfJtQn9fdiNaU-mIy7mCNlHi0t9DJbreh4Njbe0nzkFdaSvwlMtWlw-ijML9nAia6lH20dU/s320/mdp09_019-re.jpg" border="0" /></a>O tiro da partida surgiu e o colorido dos atletas foi rompendo entre a manhã cinzenta e a chuva miudinha, no entanto sem ponta de vento! Lá segui com um pequeno grupo, onde me perguntaram a que ritmo iria correr. Informei que iria rolar nos primeiros kms dentro dos 3m50s-3m55s/km aproveitando a inclinação favorável do terreno para amealhar alguns segundos, que poderiam ser preciosos na parte final da corrida, caso o vento quisesse dar um ar da sua desgraça!</div><br /><div align="justify"></div><div align="justify">Relembrei no último <em>post</em> que uma coisa é a teoria, depois a prática pode ditar outro rumo dos acontecimentos. Quando se corre à chuva parece que há uma tendência de correr mais rápido, como se estivéssemos a fugir dela. Assim, integrado num peq<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDb5sBDcnzvP4MoLJlHE_kX1LD45FkbSN5j55Zg1eYPSylFKHaM9btXUOrM-dzTAJUi6KtIciN02TFEbaOMPKKTCfPpDe2cEZ6-Aqfj9AwX5J-L3Mlsc3-aseTEk6hDYPh6qBxGQcAc5Bx/s1600-h/DSCF1256.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5402614664674918274" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 248px; CURSOR: hand; HEIGHT: 188px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDb5sBDcnzvP4MoLJlHE_kX1LD45FkbSN5j55Zg1eYPSylFKHaM9btXUOrM-dzTAJUi6KtIciN02TFEbaOMPKKTCfPpDe2cEZ6-Aqfj9AwX5J-L3Mlsc3-aseTEk6hDYPh6qBxGQcAc5Bx/s320/DSCF1256.JPG" border="0" /></a>ueno grupo desci a avenida da Boavista, passei a Foz, atravessei a ponte D. Luís e passeei-me pelo cais de Gaia, num andamento solto a rondar os 3m55s/km, dobrando a meia-maratona na Afurada com 1h22m30s. O balanço nesta altura era óptimo, sentia-me bem e a margem para alcançar o objectivo era muito animadora. Continuei a engolir os kms nesse ritmo, mas por esta altura já só contava com a companhia da Patrícia, atleta do N.A. Joane. Fomos os dois até aos 28 kms, depois ela começou a quebrar e fiquei sozinho, nada que me apoquentasse ou a que não estivesse habituado. Mantive o bom andamento, nunca excedendo os 4 minutos/km e aos 35 kms sentia que iria fazer um excelente tempo e só uma situação anormal me impediria de tal feito. Mas convém sempre ter em mente que até ao lavar dos cestos é vindima e que a corrida só termina quando cortamos a meta.</div><br /><div align="justify"></div><div align="justify">Depois de ter ultrapassado o paralelo das palmeiras da Foz, a seguir à placa dos 38 kms, senti uma pontada na coxa direita e uma leve dor a instalar-se! Não entrei em pânico, a margem para a obtenção do objectivo era grande e como estava a poucos kms da meta acreditei que era possível gerir esta contrariedade. Abrandei o ritmo para seguir de forma mais confortável, passando a rolar a 4m20s/km. Na avenida Brasil sou dobrado pelo campeoníssimo António Pinto, que percebeu a minha dificuldade e me disse para ir na "roda" dele. Nem tentei, preferi ir na minha e suportando alguma dor cheguei aos 40 kms junto ao Edifício Transparente com o tempo de <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgMIlaAeBUoIi4FgWYLBkxtSM6p1jfACxegZkRXcifuK06mUzKBdgCzBIrXLGx2F85TeRZzalV6wFRwCeEDQqrIZwYN0rF__NoULIs6L-nov4dQ4eVlLLU6JYI85piaPNiUID3cAO2AXurS/s1600-h/P1000884.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5402619317572501042" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 233px; CURSOR: hand; HEIGHT: 265px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgMIlaAeBUoIi4FgWYLBkxtSM6p1jfACxegZkRXcifuK06mUzKBdgCzBIrXLGx2F85TeRZzalV6wFRwCeEDQqrIZwYN0rF__NoULIs6L-nov4dQ4eVlLLU6JYI85piaPNiUID3cAO2AXurS/s320/P1000884.JPG" border="0" /></a>2h38m22s. A garrafa de água que recebi no abastecimento deitei-a na zona da coxa que me doía e como estava fria senti um alívio de imediato. Entretanto, aos 41 kms, o companheiro de muitas corridas, Francisco Novais do Vitória S.C,, ultrapassou-me na subida do Bela Cruz e eu apanhei a boleia e segui no ritmo dele. A meta estava ali à frente dos olhos! A dor tinha desaparecido e num último fôlego corria abaixo dos 4 minutos/km! Movido pelo incentivo dos amigos e do público entrei na recta final em sprint e ao cruzar a meta o cronómetro registou o fantástico tempo de 2h47m47s!</div><br /><div align="justify"></div><div align="justify">Concluí a minha 10ª maratona!</div><div align="justify">O vento não apareceu.</div><div align="justify">O paralelo não é muito amigo das minhas pernas.</div><div align="justify">Perdi na segunda parte da corrida 2m47s.</div><div align="justify">A dor que senti desapareceu e nunca mais deu sinais.</div><div align="justify">O objectivo foi largamente alcançado!</div><div align="justify">O meu record foi melhorado em 4m11s!</div><br /><div align="justify"></div><div align="justify">As últimas palavras são para os meus companheiros do N.A. TAIPAS. Dos 25 inscritos, 23 concluíram a prova, todos com excelentes tempos e cumprindo os objectivos que se tinham proposto. Quando em 2004, também no Porto, me aventurei na maratona juntamente com 6 amigos, estava longe de imaginar que volvidos 5 anos o movimento em torno da maratona atingisse tamanha dimensão.</div><div align="justify">Na classificação geral por equipas, O N.A. TAIPAS foi o primeiro entre as 25 equipas que pontuaram.<br /><br /></div><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5402615344346364642" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 300px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHlBlYvSJ6J8okZT-sxlswUe5grW2nr1A8e6x-vTXXu8GDAgHd8USweeMcTRJUzQdLMvheyBRutGkc_ijGMEYKf1lE321NXZJGCIZfLMidj98hyphenhyphenbgn_bgtY3cjLcGrN4A2f5IWjjYvKyCA/s400/_esta.JPG" border="0" /> <div align="justify"></div><div align="justify">Estamos todos de parabéns!</div><br /><div align="justify"></div><div align="justify">Viva a maratona!</div></div></div>José Capelahttp://www.blogger.com/profile/11921934988240038629noreply@blogger.com10tag:blogger.com,1999:blog-2209367498765510577.post-1502964054061763092009-11-04T14:00:00.005+00:002009-11-04T15:07:28.262+00:00Objectivo 169 minutos e 59 segundos!<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_a035wBv-5z3FnkkUVpShGgC5i-I5Hgh_juK7tqdmpwyDoPmiD8yBYEvd7nnF9LBSdQhZd5fpT9uIH2pKXaw6ysJgegveSAK15D6LXmm-ig02-uglD88GJcY4kn6zlBDRo7yjK1jmFUlR/s1600-h/Objectivo169Tit.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5400262511088443650" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 406px; CURSOR: hand; HEIGHT: 274px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_a035wBv-5z3FnkkUVpShGgC5i-I5Hgh_juK7tqdmpwyDoPmiD8yBYEvd7nnF9LBSdQhZd5fpT9uIH2pKXaw6ysJgegveSAK15D6LXmm-ig02-uglD88GJcY4kn6zlBDRo7yjK1jmFUlR/s400/Objectivo169Tit.jpg" border="0" /></a> <div align="justify"></div><div align="justify">Está aí a Maratona do Porto!<br /><br /></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify">Após 900 kms nas pernas, de treino específico durante as últimas 9 semanas, no próximo domingo vou estar na linha de partida para correr a minha 6ª maratona no Porto, tantas quantas as edições que o evento já conta. Conforme tinha prometido em Abril, aqui no blog, aquando da última maratona que corri em Lisboa, o objectivo para a do Porto seria baixar a fasquia das 2h50m. Assim, é com este tempo na mente que irei abordar a corrida.</div><br /><div align="justify">O treino que fiz correu dentro do planeado e, salvo alguma contrariedade de última hora, posso afirmar com alguma segurança que estou em boa forma. No entanto, cada maratona tem a sua história. Assim aconteceu nas 9 que já corri, obviamente esta não irá fugir à regra. A meteorologia é um dos factores que não podemos controlar - vento, chuva, calor ou humidade podem comprometer os objectivos de qualquer atleta, seja ele de elite ou do pelotão. Se o S. Pedro abençoar as pernas com um tempo ameno e fresco, a empreitada fica dependente da boa ou má estratégia seguida durante a corrida. Sendo certo que, se a abordarmos acima das nossas possibilidades e de quanto efectivamente valemos no momento, iremos pagar a ousadia mais tarde, ou seja, lá para os 30/35 kms e todos os objectivos ficarão definitivamente comprometidos. A maratona não se corre apenas com as pernas, corre-se também com muita cabeça!</div><br /><div align="justify"></div><div align="justify">O percurso da maratona do Porto é enganador, não sendo dos mais difíceis, também não é tão fácil como pode parecer, sobretudo se nos fiarmos apenas nos primeiros 15 kms. Todos os que a correram sabem bem quanto custa correr no famoso paralelo do túnel da Ribeira e junto às palmeiras da Foz, sem esquecer o piso na zona do cais de Gaia que também não é muito macio.</div><div align="justify"></div><p align="justify"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5400261495982657922" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 392px; CURSOR: hand; HEIGHT: 121px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIBHlIDQGMzHf_-AECYmCLYQsDSfgeB1EsJTAnPNGl5KIYEZcSFJn7L8h9oYkFOsinkIk6KoT7Yt3Erg0rJ8J4n-7RHABt8G7lbLIvEYzKJQApDHM0JuCTpDc09CpI8BsPdTL-EK9ocL5R/s400/Objectivo169grafico.png" border="0" />Assim, depois de ponderar todos estes factores, a minha táctica para domingo é muito simples: rolar a 4 minutos/km, passar à meia-maratona com um tempo a rondar a 1h24m, ficando com uma margem de cerca de 1m40s para eventualmente perder na segunda parte da corrida e desta forma baixar os 170 minutos! Mas isto é a teoria, iremos ver como será na prática!</p><p align="justify">Nestes dias que antecedem a prova rainha do atletismo, povoa-me sempre a memória umas palavras que li num jornal acerca da maratona, que já as referi aqui a propósito desta mítica corrida, mas que nunca é demais recordar - <em>"...mais que um acontecimento físico, a maratona é um duelo espiritual, a mais sedutora luta entre o homem e os deuses, em que os deuses são a distância, o tempo a alma..."</em>.</p><p align="justify"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5400261867241363554" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 200px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1B1z5oOSvc7zsEi44d7JBiOc9quh7JQhs6hlzdJzBemUy6mHavs2pPcJwiKJ3CYsdoL5YSW54sgGc7mmbPYcCVlK-XJzh-lr258ubmygZmlg1C-nRvPTLvflrYOVxG5HeNgRx-cdnlFEt/s400/Objectivo169maratona-do-portologo2009.jpg" border="0" /></p><div align="justify"></div><div align="justify">Haja pernas...haja alma!!!</div>José Capelahttp://www.blogger.com/profile/11921934988240038629noreply@blogger.com10tag:blogger.com,1999:blog-2209367498765510577.post-3611522329978363132009-10-21T12:15:00.029+01:002009-10-23T17:41:27.078+01:00Porto de honra, Porto de encontro.<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFKAXt6IL0waSugzS-g0-4JKeFu4MKiP_G8SihhVE7VI57S83qedsplWCeBDx1rnZ8TF_-POg8oZ3wcvr6rnktcfFZpj8QDjpM-90SpzLTDL1zJ73JDXy0zp7L3TlAx5mfWgVgoHi41lBf/s1600-h/ramos-pinto-769083T1.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5395017723466706770" style="WIDTH: 184px; CURSOR: hand; HEIGHT: 200px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFKAXt6IL0waSugzS-g0-4JKeFu4MKiP_G8SihhVE7VI57S83qedsplWCeBDx1rnZ8TF_-POg8oZ3wcvr6rnktcfFZpj8QDjpM-90SpzLTDL1zJ73JDXy0zp7L3TlAx5mfWgVgoHi41lBf/s200/ramos-pinto-769083T1.jpg" border="0" /></a> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhz9EkonLcVu6ZERzEBltyPLEA4mQL0rpC1oSJB9bxjCohBrkre-l0IjE01BqGrrv2wSPbPHOpjE1A-4CdWIbndMaYsb50x51HJwC8nbwYdqAjs-PnII3QTPZLI9tlyBY1xmfjdHNLTxk_X/s1600-h/MeetingT2.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5395017835806753394" style="WIDTH: 205px; CURSOR: hand; HEIGHT: 200px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhz9EkonLcVu6ZERzEBltyPLEA4mQL0rpC1oSJB9bxjCohBrkre-l0IjE01BqGrrv2wSPbPHOpjE1A-4CdWIbndMaYsb50x51HJwC8nbwYdqAjs-PnII3QTPZLI9tlyBY1xmfjdHNLTxk_X/s200/MeetingT2.JPG" border="0" /></a><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiErrG4xUhjjBJZzzId9cr3Ab-Qc9dhjIUZtk2vA_xpFIYoGFYrdPAkA8cWeOUN9VtYgRByWUV0AN80A1_k6e_7xqlJ60jemz6pYaXziQRwifcC9vvR7AdIyohaBxKbBf5Q_BF0ZKOiINOx/s1600-h/banner_rpT3.gif"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5395018042927833666" style="WIDTH: 403px; CURSOR: hand; HEIGHT: 81px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiErrG4xUhjjBJZzzId9cr3Ab-Qc9dhjIUZtk2vA_xpFIYoGFYrdPAkA8cWeOUN9VtYgRByWUV0AN80A1_k6e_7xqlJ60jemz6pYaXziQRwifcC9vvR7AdIyohaBxKbBf5Q_BF0ZKOiINOx/s320/banner_rpT3.gif" border="0" /></a><br /><div><div><div><div align="justify">No passado domingo nas margens do Douro, e no palco de grande parte do percurso da Maratona do Porto do próximo dia 8 de Novembro, realizou-<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_VAGTvyFHha-e_eX_6CRM2SMyahJG2AB1c_qswYs3Wh7fFRpwOz4TrtXWDnuUNNNcSlwkZCQKfC-6lkw3q4OfYxYLVQvgxD6kK8Ha8R16orEBTS6EPsdK9exn6e03znb67rlEZm2FUj9o/s1600-h/gebreselassie002(1).jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5395015924055548962" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 143px; CURSOR: hand; HEIGHT: 200px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_VAGTvyFHha-e_eX_6CRM2SMyahJG2AB1c_qswYs3Wh7fFRpwOz4TrtXWDnuUNNNcSlwkZCQKfC-6lkw3q4OfYxYLVQvgxD6kK8Ha8R16orEBTS6EPsdK9exn6e03znb67rlEZm2FUj9o/s200/gebreselassie002(1).jpg" border="0" /></a>se a Meia-Maratona SportZone. Para a 3ª edição desta corrida a organização, e na linha dos anos anteriores, contratou uma verdadeira legião de estrelas africanas, onde se destacava o recordista mundial da maratona e talvez o melhor altleta de fundo de todos os tempos, o campeoníssimo Haile Grebrselassie!</div><div align="justify">O Haile não deixou ficar os créditos por pernas alheias e venceu a corrida com o fantástico tempo de 1h04s, apesar do vento que se fez sentir.</div><br /><div align="justify"></div><div align="justify">Cheguei cedo ao local da partida e como a prova só começou meia hora mais tarde devido à transmissão televisiva, deu para cumprimentar e conversar com amigos, julgava até que ir<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTKNrZIMnTAv4WXOXMfc1csMt_KDGjFZiSHSWzwjZtmbi-GT-X7Pdskvr1UmrQ-pDki1gYcaguMC5k_uZWbS4EKpvnodLFkOOQKKgNp2mgjGt_Hr3C0oGTTosJi8X8Jb5tF3W2o7Mt8zka/s1600-h/Bracosnoarpartida.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5395016184992965714" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 200px; CURSOR: hand; HEIGHT: 116px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTKNrZIMnTAv4WXOXMfc1csMt_KDGjFZiSHSWzwjZtmbi-GT-X7Pdskvr1UmrQ-pDki1gYcaguMC5k_uZWbS4EKpvnodLFkOOQKKgNp2mgjGt_Hr3C0oGTTosJi8X8Jb5tF3W2o7Mt8zka/s200/Bracosnoarpartida.jpg" border="0" /></a>ia fazer um aquecimento adequado, mas como estava uma multidão, fiz apenas o aquecimento possível para estar em boa posição na largada. Deste modo, fiquei com a elite um palmo à frente dos meus olhos!</div><br /><div align="justify"></div><div align="justify">A pessoa escolhida para dar a partida foi Jorge Nuno Pinto da Costa. Todos lhe reconhecem a contundente ironia das suas intervenções, mas desta vez ele apurou ainda mais o seu sarcasmo - na semana em que os dragões decidiram extinguir o atletismo do clube, o presidente do F.C. do Porto dava o tiro de partida numa corrida!</div><br /><div align="justify"></div><div align="justify">Como escrevi por aqui, esta 'meia' era para dar o máximo. Para alcançar um tempo a rondar o meu <em>record </em>na distância teria de correr a um ritmo de 3m40s/km, ou seja 18m15s cada 5 km. Foi com este pressuposto que iniciei a corrida.</div><br /><div align="justify"></div><div align="justify">Assim, os primeiros 5 km foram dobrados com 17m59s, aos 10 km com 36m22s, aos 15 km com 54m48s e os 20 km com 1h13m04s, finalizando a prova com 1h17m16s, a escassos 6 segundos do meu <em>record</em> pessoal!</div><br /><div align="justify"></div><div align="justify">Fiquei um boacadinho desapontado, mas rapidamente me passou, afinal de contas obtive um resultado muito honroso, terminando na <a href="http://www.runporto.com/resultados/mmsportzone09/classindgeral.pdf">classificação geral</a> em 72º lugar, entre os 1415 atletas que concluíram a prova e no meu escalão fui 4º classificado.</div><div align="justify"></div><br /><div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiK6VAk4cfYd2B-iB-ONG9Qozh7Ph3zli3__PDCT0OLU-frSQiCj4GKNyy-eAqphebKqFqYXCcDyDYU5IC_mIsy5UM8N8YyaQblqdDMChtPj5IHgKDqW2N4EE-dRVQfmsGyEDp1_jbxYf-W/s1600-h/Running%2520Legs.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5395016534986494450" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 200px; CURSOR: hand; HEIGHT: 93px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiK6VAk4cfYd2B-iB-ONG9Qozh7Ph3zli3__PDCT0OLU-frSQiCj4GKNyy-eAqphebKqFqYXCcDyDYU5IC_mIsy5UM8N8YyaQblqdDMChtPj5IHgKDqW2N4EE-dRVQfmsGyEDp1_jbxYf-W/s200/Running%2520Legs.jpg" border="0" /></a>Após 6 semanas de treino específico para a maratona e 650 kms nas pernas, o importante foi verificar a forma como obtive este tempo, contornando com alguma facilidade as dificuldades impostas pelo vento, sempre com uma cadência média dentro do planeado, correndo com bastante frescura e acabando a prova sem grande esforço dispendido.</div><br /><div align="justify"></div><div align="justify">Da parte da tarde participei com muito agrado no <em><a href="http://corridas-e-patuscadas.blogspot.com/">II Meeting Blogger</a></em>, onde num restaurante de V.N. de Gaia com excelente vista para o rio Douro, reuniram-se 40 pessoas, entre elas 17 autores de <em>blogs</em>, de vários pontos do país. Quando me lancei na aventura da corrida estava longe de imaginar as pessoas que iria conhecer através deste desporto. Quando decidi escrever sobre corrida e ter um <em>blog</em> nunca me passou pela cabeça os amigos que iria fazer!</div><br /><div align="justify"></div><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5395016861426124130" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 213px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipKSGLySAwfPKqOoUs8iFCrmstmRrqzkHwbnSCiUriLLwSSpcWCFRD0iomIHbOknLo4UYvU5q_ubbgKOK7H6IS_53UfaNKstObh4_O9exKmtJBIxnJ5U3pt3fm6XIrVD_bNf7kesDUI-33/s320/capela_e_ana+meeting.jpg" border="0" /> <div align="justify">Entre as linhas de meta e as linhas da blogosfera vão-se construindo amizades, num feliz encontro entre as pernas e as palavras!</div><br /><div align="justify"></div><div align="justify">Bons treinos...boa escrita!</div></div></div></div>José Capelahttp://www.blogger.com/profile/11921934988240038629noreply@blogger.com10